Rua do Castelhão

O nosso cemitério começou a construir-se em Junho de 1860 e, no chamado Alto do Castelhão, fizeram erguer precisamente no seu topo, em Janeiro de 1863, uma capela, que ainda hoje existe e que praticamente foi transferida da que estava implantada na antiga Praça dos Vales, hoje o nosso Jardim Público, e com a mesma invocação de Nossa Senhora do Carmo.

Os terrenos pertenciam aos herdeiros do então Capitão – Mor de Milícias de Oliveira de Azeméis, José Lino Pires, ascendente histórico da família oliveirense do mesmo nome.

Ainda, por vezes, as pessoas de idade da nossa cidade dizem, quando se sentem mal de saúde, que já estão em condições de "ir andando para o seio do Castelhão”.

Sou da opinião que este monte (que é alto, visto do lado de Lações) foi assento de um castro neolítico, cerca de 3.000 anos antes de Cristo, pertencente, certamente, ao povo Pésure, que nessa recuada época habitava a nossa região. A comprovar este facto está a tradição, pois significa “altura fortificada”. Não há, desse período pré-histórico, documentos escritos, como é óbvio, mas existem provas lícitas (machados de pedra polida) e o facto comprovado de os romanos, quando ocuparam a nossa região, terem construído a via romana que contornava o dito castro na sua caminhada para o norte. Esta fortaleza seria abastecida, naturalmente, pelo pequeno curso de água que corre na sua base e que se chama a Ribeira.

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