Travessa Comendador Seabra da Silva

A circunstância de José de Seabra da Silva ter sido agraciado com a Comenda de S. Miguel de Oliveira de Azeméis, por Decreto de 02/03/1779, e de este Comendador ter contribuído para que D. Maria I tivesse honrado esta Comenda com a mercê de Vila em 1799, cujo alvará ele assina, leva-nos a sugerir seu nome para uma placa numa rua desta cidade.

Realmente trata-se de um notável homem de Estado e de uma conhecida figura de certo peso e relevo na História Nacional, não só pelo seu papel de Ministro de Estado e Adjunto do Marquês de Pombal, em cuja desgraça caiu, mas ainda pelos vexames e perseguições de que, inocentemente, foi alvo, como nos dão a conhecer os factos da sua época e todas as obras e enciclopédias, entre as quais a “Nova Carta Chorográfica de Portugal” do Marquês d’Ávila e Bolama, vol. II, p. p. 387-396.

Nasceu a 3 de Outubro de 1732 em Vilela (Paços de Ferreira) e faleceu a 13 de Março de 1813 na Figueira da Foz, sendo filho de Lucas de Seabra da Silva e de sua mulher D. Josefa de Morais Ferraz. Formou-se em leis pela Universidade de Coimbra com tal classificação que o Marquês de Pombal, que assistiu ao seu exame, logo o nomeou Desembargador da Relação do Porto e depois seu secretário, vindo, depois, a ser Procurador da Coroa, Guarda – Mor da Torre do Tombo, entre outros lugares importantes, não obstante tivesse sido destituído do Governo por duas vezes e desterrado para Angola.

Sabe-se mesmo que cedeu a sua condecoração de Comendador de Oliveira de Azeméis em benefício da terra, não chegando nunca a receber os 2.500 cruzados que ela rendia e deixando-os para obras da Igreja. Cremos, por isso, que merece ser perpetuado o seu nome numa rua da cidade.

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