Rua Alípio Brandão

Pintor e escultor, nasceu no Lugar do Outeiro, freguesia de Santiago de Riba – Ul a 18 de Agosto de 1902. Cegou em 1958 e faleceu em 04 de Junho de 1965. Aprendeu pintura com os mestres Artur Loureiro e Manuel Rodrigues. Aprendeu talha, sendo o seu mestre António Santeiro, na altura com oficina no Lugar das Tabuaças, Oliveira de Azeméis. Cultivou a escultura em madeira criando um estilo próprio, através do qual granjeou renome não só no nosso país como no estrangeiro. Fez diversas exposições, designadamente em Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Estoril, Cascais, Luanda, Paris Marselha e Florença. Embora a maioria dos seus trabalhos se encontrem na posse de coleccionadores particulares, podemos apreciar obras suas nos Museus de “Arte Contemporânea”, “Soares dos Reis”, “Sociedade Geográfica de Lisboa”, “Abade de Baçal” e nos Museus de Aveiro, Luanda e Nova Iorque.

Esculpiu, em madeira, figuras de notáveis escritores tais como: Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Ramalho Ortigão, Ferreira de Castro, etc., que o evidenciaram como escultor. Foi autor do busto a Domingos Costa, que se encontra no Parque de La – Salette, de um outro a S. Mamede (em pedra), que se encontra na frontaria da Igreja de Madail, do painel de azulejos que se encontra na Estação de Caminho de Ferro de Oliveira de Azeméis, etc. Foi notório o seu trabalho de escultura na “Exposição do Mundo Português”, sob orientação do Capitão Henrique Galvão. Com Leitão de Barros trabalhou na “Nau Portugal” e “Cortejo Histórico em Lisboa”. A 19 de Setembro de 1950, pelo “Instituto de Alta Cultura”, foi-lhe concedida uma bolsa de estudo, visitando França, Itália e Espanha. Foi contratado pelo Ministério do Ultramar para restaurar monumentos nacionais em Angola, para onde partiu em Outubro de 1951. Em Luanda, teve actuação relevante no restauro do tecto da Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Foi, ainda, encarregado pelo Governo de Angola da representação de actividades artísticas de Luanda em Bulawayo, na Rodésia. Regressou a Portugal, doente, em 1956, data a partir da qual cessou a sua actividade artística. Em sua homenagem, Luanda consagrou o seu nome numa das ruas da cidade. E, por maioria de razão, a terra que o viu nascer.

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