Natural da Marinha Grande, veio ainda muito novo para Oliveira de Azeméis para trabalhar na fábrica de vidros do Côvo. Passados muitos anos como operário da fábrica do Côvo, apercebeu-se que a mesma estava na iminência de fechar o que, ao verificar-se, redundaria num enorme prejuízo para os seus operários e agregado familiar, bem como para toda a região. Foi então que em 1897, juntamente com D. António de Castro Lemos, fundava a fábrica de vidros de Bustelo na freguesia de S. Roque, que mais tarde denominaram fábrica “ A Vidreira”, a qual foi extinta pelo “Centro Vidreiro” (hoje, também, já extinto). Por razões que desconheço, deixou a fábrica de Bustelo e veio, em 1902, sem qualquer ajuda, fundar a fábrica “A Boémia” que ainda hoje mantém a mesma denominação e é pertença do “Centro Vidreiro” , firma criada em 1926. Estas duas fábricas, fundadas por Francisco Abreu e Sousa Júnior, contribuíram decisivamente para o progresso económico da região e, também, em grande parte, para a economia nacional. Francisco Abreu e Sousa, pelo impulso que deu à indústria do vidro em Oliveira de Azeméis, e sendo esta indústria uma das mais antigas do norte, merece ser homenageado pelo povo de Oliveira de Azeméis, consagrando o seu nome numa das ruas da cidade.
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