Travessa Bento Landureza

Bento Ferreira Landureza nasceu em Oliveira de Azeméis, na Rua Direita, em 19 de Setembro de 1882.

Filho de Francisco Aires Ferreira, professor do ensino primário, e de Maria da Conceição Pinheiro, seria baptizado seis dias depois na Matriz de S. Miguel, pelo Abade João José Correia dos Santos, servindo de padrinho o comerciante da Rua de Santo António, Bento Gouveia, de quem recebeu o nome.

Pelo casamento com D. Albertina Ferreira da Silva Guimarães, ligar-se-ia, assim, a uma conhecida figura oliveirense.

Enveredando inicialmente pela carreira comercial, foi no jornalismo regional que Bento Landureza veio a consumir as suas energias e a dar largas ao seu temperamento.

Nascido no dia em que se comemorava o 36º aniversário da aparição da Nossa Senhora da La-Salette, dir-se-á que tal coincidência determinaria o entusiasmo, a generosidade e a dedicação com que integrou a Comissão Patriótica Oliveirense, inesquecível punhado de oliveirenses a quem devemos o Parque de La-Salette, orgulho de todos nós.

Bebendo, desde novo, os ideais republicanos, por eles se bateu com muito empenho, esquecendo-se de si próprio e dos seus.

Fundando o semanário “Correio de Azeméis” em 5 de Outubro de 1922, Bento Landureza transformá-lo-ia numa tribuna de defesa das convicções que abraçara e manteve fidelidade até à morte e dos interesses do nosso concelho, ficando notáveis algumas das campanhas a que nas suas colunas deu corpo.

Durante cerca de trinta anos queimou na fornalha do jornalismo o melhor de si e até do seu património. Só a sua tenacidade e a sua inquebrantável força de vontade poderiam levar de vencida as inúmeras dificuldades que constantemente lhe levantavam, mas perante as quais nunca vergou.

Entregando o facho ao filho Francisco José Landureza, o fundador do “Correio de Azeméis passaria os últimos anos de vida em Angola, junto de familiares. Regressaria a Oliveira de Azeméis pouco antes da sua morte, ocorrida em 21 de Abril de 1962.

Os altos serviços prestados por Bento Landureza a Oliveira de Azeméis e ao concelho tornam a sua memória credora de respeito e da gratidão das gerações que lhe sucederam.

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