Rua Augusto Barros

Nasceu em Santa Maria da Feira a 25 de Novembro de 1898 e faleceu em Oliveira de Azeméis a 21 de Dezembro de 1969. Iniciou uma longa carreira ligada aos jornais, como tipógrafo, em Santa Maria da Feira, e como chefe da tipografia do “Jornal de Aveiro”, dirigido por Homem Cristo. Aqui terá começado, também, o gosto pela escrita. Enquanto cumpria o serviço militar como sargento – enfermeiro, em Lisboa, foi colaborador do jornal “A Época” (depois “A Voz”). Veio muito cedo para Oliveira de Azeméis para trabalhar no jornal “A Opinião” que dirigiu durante 48 anos. Aí tudo executava, desde o processo de escrita, composição tipográfica manual, até à dobragem e selagem. “A Opinião”, para além da defesa dos ideais do regime em vigor até 1974, marcou ainda um determinado tempo oliveirense através da defesa intransigente e polémica da região e do registo dos seus acontecimentos sociais e políticos. Autodidacta de grande curiosidade intelectual, cultivou amizades muito diversificadas que vão do homem comum a personalidades da sua época e da sua terra como António Luís Gomes (filho) e Ferreira de Castro. O “Correio de Azeméis”, salutar rival nas suas lides jornalísticas locais, durante longos anos, pela pena de José Maria Pinto, fazia-lhe a evocação na altura do seu falecimento: “(. . .) Augusto de Barros, pelo seu saber, pelo seu talento, pela sua cultura geral que era profunda, era, na realidade, um grande mestre. Apreciador de teatro e de música que durante muito tempo cultivou, foi regente do Orfeão Oliveirense e actor amador aqui em Oliveira de Azeméis e na sua terra, Santa Maria da Feira, que ele adorava.

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