Aqui poderá consultar a localização das ruas da cidade de Oliveira de Azeméis e também vários pontos de referência do concelho.
Locais existentes referenciados no mapa:
- Carregosa - Ver
O povoamento de Carregosa remonta aos tempos pré-históricos. A existência de uma mamoa referida nas Inquirições de D. Afonso III, prova o povoamento desta terra pelos Celtas. Por aqui terão passado também os romanos, como testemunham os topónimos “villa de Zagães” e vários “casalia” que aquelas Inquisições também documentam. O topónimo Teamonde, que o alemão Joseph Piel inclui nos nomes germanos da toponímia portuguesa, vem comprovar a fixação nesta região dos povos bárbaros que invadiram a Península Ibérica, após a queda do Império Romano do Ocidente, em 476. O documento escrito mais antigo sobre Carregosa é anterior à fundação da Nacionalidade portuguesa e trata-se de uma escritura de doação referida ao livro Preto da Sé de Coimbra e transladada por Alexandre Herculano no Portugaliae Monumenta Histórica. Nesse documento, datado de 922, o rei Ordonho doa ao Bispo Gonçalo e ao Mosteiro de Crestuma bens no lugar de Teamonde. Administrativamente, Carregosa foi do termo da Feira, comarca de Esgueira e depois comarca da Feira. Actualmente, pertence ao Município e comarca de Oliveira de Azeméis, tendo sido elevada a vila em 13 de Julho de 1990. Esta vila, plantada num ameno e fértil vale regado pelo rio Antuã, mantém ainda um vasto património edificado e cultural. Aqui abundam as capelas, os cruzeiros e as quintas. As Capelas de Nossa Senhora da Ribeira, de Nossa Senhora da Guia, de Azagães e de Santo António; as Quintas de Santo António, do Padre Aguiar, da Costeira e da Póvoa e a Casa de Ínsua; os Cruzeiros de Teamonde, de Azagães e da Igreja. Mas o que distingue e credencia esta freguesia é, sem dúvida, o seu original Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, situado no Parque da Quinta da Costeira, o primeiro consagrado a Nossa Senhora de Lourdes, em Portugal. Obra da autoria do Bispo-Conde de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina e de seu irmão, o conselheiro António Maria Correia Bastos Pina, foi inaugurado em Agosto de 1902, tendo os trabalhos de construção sido iniciados em Março de 1898. Com a preocupação de sugestionar longinquamente o santuário pirenaico, esta é uma obra imaginosa e agradável, bem enquadrada no seu meio. A Casa de Ínsua, actualmente casa de campo, merece uma especial referência, dado que é a única unidade de Turismo no Espaço Rural do Município de Oliveira de Azeméis. Esta casa, construída nos princípios do século XVIII teve ampliações posteriores. A Quinta da Póvoa, outra referência histórica e patrimonial desta freguesia, conserva ainda o antigo carácter do portão da Quinta, de meados do século XVIII, sendo este uma obra rara na zona. A. Costa, no seu Dicionário Corográfico, refere, de facto, que aqui existiu "uma excelente fábrica de papel, com motor hidráulico, no lugar da Póvoa". E esclarece que esta fábrica, fundada em 1858, pertencia ao Morgado da Póvoa, produzia anualmente "3 contos de réis de papel", e que obtivera uma menção honrosa na Exposição Industrial Portuense de 1861. A indústria da região baseia-se na metalurgia e é de salientar que nesta terra nasceu a arte de latoaria, que veio mais tarde a expandir-se para Vale de Cambra, Município limítrofe, e Cesar, freguesia vizinha.
- Cesar - Ver
Cesar situa-se no extremo norte do Município e é uma povoação muito antiga. Assim o atestam documentos anteriores à Nacionalidade, mais concretamente de 1035, nos quais era designada por "Villa Cesari". Nesta data, terá acontecido aqui uma sangrenta batalha, opondo as hostes cristãs do rei de Leão e os mouros. Nesta região viveu o homem em épocas muito remotas. Do período eneolítico, o homem deixou aqui pelo menos três dolmenes e, no período da cultura castreja, provavelmente povos pré-celtas ou celtas, construíram aqui muralhas, de que é testemunho o Castro Calbo, cuja existência é referida em documentos desde o século XI. As Inquirições de D. Afonso III falam-nos também da freguesia de Cesar. Desses tempos medievais é a “honra de Cesar e Gaiate”, a qual continuou nos seus sucessores até Sebastião Lopes Godinho, que se intitulava, em documentos públicos “Senhor da honra de Cesar e Gaiate”. Mais tarde, já no tempo de Sebastião de Carvalho e Melo, avô do Marquês de Pombal, a Quinta de Cesar e todos os vínculos foram vendidos aos senhores do Côvo. Cesar pertenceu à comarca de Esgueira e da Vila da Feira, passando mais tarde para Oliveira de Azeméis, tendo sido elevada a vila em 13 de Julho de 1990. Foi aqui, mais propriamente na Quinta do Outeiro, que nasceu, em 1788, o combatente liberal frei Simão de Vasconcelos, frade monástico do Mosteiro de Alcobaça, que participou activamente nas lutas contra os absolutistas, acabando por ser capturado e fuzilado em Viseu, em 1832. No lugar de Vilarinho nasceu o Dr. José Francisco da Silva Lima, um vulto importante da Medicina, na última metade do século XIX. O seu nome é conhecido em todas as associações científicas do mundo e a sua memória venerada como a de um santo na cidade brasileira da Baía, onde teve uma carreira notável. Esta é também a terra-natal de Pero Lopes, herói e companheiro do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer Quibir, pois aqui viveu e morreu seu pai Sebastião Lopes Godinho, no século XVI, senhor da honra de Cesar e da torre senhorial, então aqui existente. No século XIX, foram muitos os homens de Cesar que emigraram para o Brasil. Já em 1851, um cesarense enviou do Pará uma oferta para a igreja e, em 1898, eram mais de cinquenta os cesarenses radicados no Brasil, sobretudo no Pará, onde até tinham fábricas. Os frutos dessa emigração são ainda hoje visíveis nos casarões com as suas quintas e jardins que se podem ver espalhados pela freguesia: são as chamadas "Casas de Brasileiro". Actualmente, Cesar é um centro industrial por excelência, predominando a indústria do alumínio, moldes e calçado. Merecem uma visita atenta os três dolmenes e os restos de cerâmicas com características neolíticas; o núcleo urbano do Largo da Igreja; as Quintas do Outeiro, da Herdade e do Sr. Amorim; os núcleos rurais de Vilarinho e dos Arcos. A actual igreja de Cesar, com duas torres e uma nave, foi construída no início do século XIX, à custa de um subsídio retirado do imposto do “real da água” da comarca da Feira, havendo inclusive um alvará régio concedido para esse efeito. Quando este templo foi construído, a antiga igreja que se encontrava aproximadamente em frente à porta principal da actual, foi demolida. Este era um templo de pequenas dimensões, construído no século XVII. A primitiva igreja deveria ser das mais antigas da região e situava-se num lugar conhecido por “Lavouras de Baixo”. A freguesia de Cesar é muito visitada nas suas Festas Grandes em honra de S. Pedro, do Mártir S. Sebastião e de Nossa Senhora da Graça, que se realizam no primeiro Domingo de Julho. Estas festas, desde há muitos anos, atraem milhares de forasteiros a Cesar, devido ao prestígio alcançado pela vistosa procissão religiosa, pelos despiques entre bandas de música e, mais recentemente, pela presença de conhecidos artistas populares.
- Fajões - Ver
Fajões é uma pequena e pitoresca freguesia que oferece a todos os que a visitam paisagens deslumbrantes, consideradas das mais belas do Município. O seu povoamento remonta aos tempos da Pré-História. São prova disso, as nove “fossetes” localizadas no monte denominado “Bailouro” e que, na opinião do Dr. Mendes Correia, tinham carácter sagrado e estariam em estreita conexão com a necrolatria pré‑histórica. O achado de uma pedra de polir e de um machado “coup de poing”, no mesmo local, e as antas e mamoas hoje inexistentes mas referenciadas em documentos medievais, fazem remontar o povoamento de Fajões aos tempos neolíticos. Remontam ao tempo dos celtas, atestando a passagem dos romanos por aqui, os topónimos Casal Marinho, Cabo da Aldeia, Quintã e "Villa Fagiones". O documento escrito mais antigo que se conhece sobre esta freguesia é do ano de 1068, tratando-se de uma doação que o presbítero Auderigus faz a seu sobrinho e pupilo “Vermudo”, presbítero dos bens de raíz da “villa Fagiones” e de sua “ecclesia”, igreja já nessa época de invocação de S. Martinho. Um dos lugares mais antigos de Fajões é o de S. Mamede, terra honrada onde nasce o rio Ul. Mercê do seu encantador panorama, o Monte de S. Marcos, com a sua capela, enfeitiça os visitantes. Daí avistam-se algumas povoações que, a crer nas palavras dos locais, são "as sete cidades". Nesta capela, situada no monte com o mesmo nome, festeja-se a Festa em honra de S. Marcos (25 de Abril). Pinho Leal, na obra "Portugal Antigo e Moderno", diz o seguinte: "Quem tem filhos travêssos que os leve alli no dia da festa, se os quizer mansos. Isto diz o povo, e eu tambem digo que, se os rapazes forem por seu pé, quando chegarem á capella hão-de por força ir mansos para duas ou tres horas". Após descer a encosta, consegue avistar-se o velho e algo degradado Aqueduto de S. Mamede, outrora destinado à água de regas da povoação. Merecem destaque também a Capela do Couto, que tem uma inscrição sobre a verga da porta, que diz que a capela foi fundada por um familiar do "Santo Ofício", no ano 1747; a Ermida de Nossa Senhora da Ribeira e a Quinta da Vermiosa.
- Loureiro - Ver
Loureiro foi um simples curato de Avanca e como Avanca, por concessão pontifícia a D. Manuel I, foi transformada numa nova comenda da Ordem de Cristo, passou para o novo padroado. Data de 993 a primeira referência histórica a Loureiro, através da venda de uma herdade "na villa de Loureiro, entre a villa de Tonce e Macieira, perto do Castro Recarei, em território portucalense". Contudo, a existência jurídica da paróquia só está documentada a partir de 1220, o que não exclui a hipótese de ela ser muito mais antiga. Vem citada numa lista de terras e propriedades de Mosteiros e Ordens da diocese do Porto nas Terras de Santa Maria e diz: “in freegesia Loureiro habet Templum 1 Casal”, ou seja, “A Ordem dos Templários tem um casal na freguesia de Loureiro”. Entretanto, no “Livro Preto de Grijó”, do século XIII, pode ler-se: “...na aldeia de Loureiro disseram as testemunhas que ouviram dizer a muitos homens novos e vedros (velhos) que a quarta dessa igreja de Loureiro é de El-Rei e que viram pousar Rei Dom Afonso”. Este documento, para além de demonstrar a existência duma sujeição da terra ao poder regalengo, oferece-nos motivos de curiosidade histórica, pelo facto de nele se testemunhar a visita de D. Afonso III à freguesia de Loureiro. Aqui nasceu D. Frei Caetano Brandão, mais precisamente no lugar da Igreja, em 11 de Setembro de 1740, numa casa ainda hoje conservada, para a qual se projecta o futuro museu de Loureiro. Filho do sargento-mor de ordenanças Tomé Pacheco da Cunha e sua mulher D. Maria Josefa da Cruz, este ilustre franciscano e catedrático em Teologia, foi Bispo do Pará, de 1782 a 1789, e depois Arcebispo de Braga, onde faleceu a 15 de Dezembro de 1805, tendo deixado vasta obra de beneficência e desenvolvimento em ambas as cidades. De Loureiro foi também natural o Dr. Albino dos Reis, político, que exerceu elevados cargos na vida pública. Foi Presidente da Câmara Municipal, Governador Civil, Ministro do Interior, Deputado, Presidente do Supremo Tribunal Administrativo, Presidente da Assembleia Nacional e Membro Vitalício do Município de Estado. Loureiro é uma freguesia de antigas tradições, das quais se destacam as feiras da Alumieira, na Páscoa. “Saltar o rego. Todas as Páscoas há encontro marcado em Alumieira, Loureiro, "P'ra ver os burros". Páscoa a Páscoa, ano após ano, à Segunda-feira de tarde o largo torna-se pequeno para tanta gente. Desde que há memória, Saltar o rego constitui a parte profana, popular, no tempo sagrado da Páscoa. Provavelmente, uma herança dos árabes que por cá passaram entre os séculos VIII e X d.C. (...) Várias vezes centenária, existe em Alumieira, Loureiro, uma prática tradicional provavelmente única no País. Saltar o rego é uma expressão bem conhecida, simbolizando as corridas de cavalos e burros realizadas nas segundas-feiras da Páscoa, junto ao Largo de Alumieira. Como é que surgiu? Voltemos aos "Guardadores de memórias", os mais antigos do lugar, que transmitem o que sabem: “Já o meu avô ouvia do dele que na Segunda-feira da Páscoa havia uma grande feira no largo. Nessa feira vendia-se de tudo, desde animais domésticos a alfaias agrícolas. A atravessar o largo da Alumieira existia um rego de água, que servia para o regadio dos campos. Antigamente na região eram criados e vendidos muitos cavalos e burros. Então os vendedores que apareciam na feira, para mostrar se os animais eram bons, galopavam e obrigavam os cavalos a saltar o rego de água. Assim via-se se eles tinham força nas pernas. As pessoas gostavam de ver; aplaudiam e os compradores faziam as suas escolhas.” (...) Hoje, Saltar o rego é uma corrida de cavalos ou burros, com concorrentes, eliminatórias, finais e prémios. Corre-se pela vitória, já não se salta para mostrar e vender os equídeos.” (Joaquim Coelho) As Almas Mouras e a área protegida do Antuã são locais que proporcionam momentos únicos e paradisíacos. Visitados os moínhos da Minhoteira, a Capela de Nossa Senhora da Alumieira, é tempo de parar na grandiosa Quinta do Barão, uma área que alberga a sede de algumas colectividades de Loureiro. No largo da Alumieira pode-se também observar o Monumento ao Emigrante, representado por um rapaz do povo, em tamanho natural, sentado, pensativo, em bronze, assinado por H. Moreira 1966, sobre base de granito; e ainda um busto de bronze do conselheiro Dr. Albino dos Reis, datado de 22 de Dezembro de 1968.
- Macieira de Sarnes - Ver
Macieira de Sarnes é uma freguesia encostada ao Município de S. João da Madeira. Esta terra tem também a sua história e, inclusivamente a sua Pré-história. Achados de pedra polida, sepulturas visigóticas, os topónimos romanos e pré-romanos, são disso exemplo. Foi curato da freguesia de Cesar, pertencendo o padroado eclesiástico à família Cernache, senhora do vínculo da Quinta de Macieira de Sarnes. Após o falecimento, em 1632, do padre António de Castro, os representantes da Casa fizeram a apresentação do novo pároco. Surgiu a contestação dos senhores da casa da Torre de Cesar, dando-se, porém, sentença final a reconhecer o padroado dos primeiros, que o mantiveram até aos últimos tempos. Segundo Pinho Leal, Macieira de Sarnes teve início numa capela de Santa Eulália, situada no lugar das Terças, a qual se mudou para a actual localização assim que foi elevada a freguesia. Houve aqui, segundo a tradição, um pequeno mosteiro de freiras beneditinas, que foi suprimido no século XVI, passando as religiosas para o Mosteiro da Avé-Maria, do Porto. Aqui destacam-se as casas do Touto, de Resende e do Passadiço, a Quinta do Conde Campobelo (do século XVII), a Capela de Santa Eulália e o Cruzeiro, datado de 1883 e com restauro de 1952. O artesanato tradicional desta freguesia é a tecelagem e a escultura em raízes de árvores.
- Macinhata da Seixa - Ver
Macinhata da Seixa é a segunda freguesia mais pequena do Município, tanto em área como em população, o que não a impede de ser uma freguesia rica em variadas iniciativas culturais e associativas. O topónimo Macinhata parece derivar de "mansionata", ou seja, lugar de uma mansão ou pousada, dado que condiz com as condições naturais do habitat, perto do qual passava a já referida via militar romana, em cujo trajecto se construíram “mansiones”, ou seja, pousadas. Outro facto que reforça a escolha deste topónimo tem a ver com a referência, nas Inquirições de D. Afonso III, da existência de “paredes”, como possíveis vestígios de ruínas de casas antigas e se chamar “Macinhata da Pousada”, em 1420. Trata-se de uma terra antiquíssima, referida no primeiro foral das Terras de Santa Maria, existindo um documento que comprova a sua existência já em 1129. Este curioso documento trata de uma doação testamentária de vários bens patrimoniais dispersos pela região de Entre-Douro e Vouga, feita por Ausenda Honorigues ao Mosteiro de Pedroso, para obter dos frades daquele convento o benefício de missas por sua alma. A paróquia de Macinhata já aparece formada no século XII e, embora não conste em documentos mais antigos, a sua fundação crê-se que é anterior a essa data, por então já ser referida com o nome de Santo André, seu orago, e por ser um “fundus” que estava na posse de presores que reorganizaram a vida comunitária da região. O seu padroado pertenceu ainda ao Mosteiro de Pedroso e à Companhia de Jesus. A sua igreja, datada de 1716, com uma bela talha, o solar do Alméu, de meados do século XVIII, a Quinta do Fundo do Lugar, as Alminhas e a Ponte do Senhor da Ponte, mandadas construir em 1746 por D. João V, o solar dos Soares de Pinho, o oratório de Nossa Senhora das Necessidades, de 1772, a Capela de Nossa Senhora do Socorro, de 1759, mas cuja origem se perde no tempo, e um conjunto de casas importantes para a história desta freguesia, são testemunho de uma antiga grandeza que marcou definitivamente a freguesia de Macinhata da Seixa. O solar da Quinta do Alméu é considerado o melhor conjunto arquitectónico da freguesia, sendo composto por uma monumental vivenda, voltada para nascente, dentro duma quinta vedada, por alto muro a ladear o flanco sudeste da antiga estrada real, com ampla entrada, jardim, capela, albergaria, casas de lavoura e de caseiros. A magnífica localização de Macinhata da Seixa, de meia encosta por entre o arvoredo, facilita a visão de belas paisagens. Esta aldeia, outrora conhecida como a aldeia das cerejeiras, delicia os visitantes que a percorrem de uma ponta à outra. Em Maio, ao percorrer os vários lugares de Macinhata da Seixa facilmente nos apercebemos que a freguesia adquire uma nova vida. Muitos bonecos surpreendem quem passa pela estrada, ao virar da esquina, no telhado de uma casa, num muro, etc. São os espantalhos do “Macinhata Espanta”, um evento que nasceu de uma ideia simples e que acabou por se transformar numa construção lógica da identidade macinhatense. Esta iniciativa original e espontânea da comunidade está intimamente relacionada com a tradição de, em tempos passados, Macinhata da Seixa ter sido uma freguesia produtora de cerejas em grande escala.
- Madail - Ver
Madaíl é a freguesia mais pequena do Município de Oliveira de Azeméis, mas nem por isso menos interessante em termos de oferta turística. Situa-se na vertente oriental do monte medievalmente denominado Castro Recarei, até ao rio Ul, ao passo que a antiga Igreja Matriz se estende na planura do lado oposto. Madaíl é um curioso topónimo de origem germânica. O documento escrito mais antigo sobre Madaíl relaciona-se com uma igreja e trata de uma tributação do seu Bispo Jurisdicional D. Martinho Pires, imediato sucessor de D. Fernando Martins, pagando este povoado à Sé do Porto direitos a mais para a sustentação do Bispo e do seu cabido, e no reinado de D. Dinis surge a contribuição suplementar com o nome de “Taxação Eclesiástica” para subsidiar a guerra contra os mouros. Foi aqui, na chamada "Casa do Manica", no lugar do Meio, que os Hospitalários montaram um dos seus primeiros hospícios regionais destinados a acolher os peregrinos pobres que se dirigiam a lugares santos. A criação deste hospício ficou a dever-se a uma disposição testamentária de Mem Peres Cativo e de sua irmã Alda Peres, que deixaram o que aqui possuíam à Ordem dos Hospitalários, da qual passou para a Comenda de Rio Meão, que a perdeu para a Comenda de Avanca, pertencente à Ordem de Cristo. Sabe-se também que D. Sancho I recompensou Martinho de Aragão pelos serviços prestados na reconquista, com património vincular desta freguesia, doando a leira reguenga e o hospital. Madaíl pertenceu ao foral da Comarca da Feira e ao Município da Bemposta, tendo beneficiado do novo foral, por alvará de D. Manuel I, em 10 de Fevereiro de 1514. A sua pertença do Município de Oliveira de Azeméis data de 24 de Setembro de 1855. A actual Igreja Paroquial foi erguida de 1940 a 1942, após o desmoronamento da sua antecessora, no ano de 1938. A anterior igreja situava-se levemente mais abaixo, do outro lado da estrada. Era um edifício pequeno e modesto, com torre à esquerda, setecentista, de vãos rectangulares. A ruralidade desta freguesia não ofusca o importante património que aqui se pode encontrar. A Casa, a Ponte e o Moínho do Manica, a par da Casa das Cambeiras, da Quinta das Camélias, os Moínhos do Ruivo, da Eira e do Ginete surpreendem e as fontes, as alminhas e os cruzeiros da Residência e do Souto são verdadeiros pontos de interesse turístico e cultural.
- Nogueira do Cravo - Ver
Nogueira do Cravo tem como primeira referência escrita um documento datado de 1049, embora o primeiro povoamento remonte a épocas muito mais antigas, como o prova, por exemplo, a terminologia usada na partilha da água de regadio. Como refere o abade João Domingos Arede "encontram-se aqui vestígios de dominação romana, cujo único relógio natural era o sol e que dividiam o dia em quatro partes, a que chamavam prima, terça, sexta e nona. No sol-posto e na meia-noite, encontram-se referências à cruz do dinheiro, indicativo de um povo cristão, que se supõe terem sido os godos." Há referências a Nogueira do Cravo na avaliação dos rendimentos das igrejas e mosteiros do País, ordenado por D. Dinis na sequência da Bula dada em Avinhão, a 23 de Maio de 1320, pelo Papa João XXII pela qual lhe concedeu, por três anos, para subsídio de guerra contra os mouros, a décima parte das rendas eclesiásticas do Reino, com excepção dos pertencentes à Ordem do Hospital. Surgem referências também nas Inquirições Afonsinas na defesa do seu prestígio e do património que via diminuído. Por volta do século XV, tornou-se propriedade dos Coutinhos, Condes de Marialva, tendo assim iniciado o padroado laical desta freguesia. Em 1876, a Estatística Paroquial indica que a paróquia é da apresentação dos Duques de Lafões, tendo este direito sido definitivamente extinto pela Lei da Separação de 1911, na sequência da Implantação da República. Nogueira do Cravo pertenceu ao termo e condado da Feira até 1799, transitando depois para o Município de Oliveira de Azeméis. De salientar que foi nesta localidade que nasceu o poeta Manuel Godinho, autor de "Luar entre as Palmeiras". Relativamente ao seu património, Nogueira do Cravo conta com a Igreja Matriz, do século XVIII, as Capelas de Santo Antão e de Nossa Senhora dos Prazeres, os Arcos, a Fonte e os Moínhos do Vale de D. Pedro, as Casas de Martins Portugal e do Lima. A Capela de Nossa Senhora dos Prazeres representa uma fundação do tipo morgadio‑capela, instituído pelo abade Miguel Valente. Trata-se de uma pequena preciosidade arquitectónica, pela raridade com que exemplares do mesmo tipo se encontram ainda nesta zona. Em relação à economia da freguesia, Nogueira do Cravo teve outrora diversas actividades de grande impacto, nomeadamente os barros (jarros, panelas, pratos, copos e barros artísticos), que são referidos na lista dos jurados, fornecidas pelas Inquirições de 1288 às Terras de Santa Maria, onde figuram forneiros e barreiros em Nogueira do Cravo. O desenvolvimento industrial desta vila terá sido fruto da exploração das Minas do Pintor, uma unidade industrial importante para a região e para o próprio Município, como já foi mencionado anteriormente.
- Oliveira de Azeméis - Ver
Oliveira de Azeméis é a sede deste vasto Município. Andando pelo centro histórico da cidade de Oliveira de Azeméis, que se desenvolve basicamente ao longo das ruas Bento Carqueja e António Alegria, que constituem o traçado da EN1 dentro da cidade, os curiosos poderão observar a Igreja Matriz (Imóvel de Interesse Público, construído no século XVIII), o Marco Miliário, a Casa dos Sequeira Monterrosos (edifício de Valor Concelhio, construído no século XIX), a Casa de Bento Carqueja, os Paços do Município, o Monumento a Bento Carqueja, o Monumento a Ferreira de Castro, a Casa dos Côrte-Real (Imóvel de Interesse Público, construído no século XVII), um edifício onde está instalada a Ourivesaria Guedes, a Casa-Museu Regional e uma Casa de Brasileiro, onde se encontra instalado um Infantário. Na Av. Dr. António José de Almeida, construída nos anos 40, paralela à EN1 mas situada a nascente desta, localiza-se uma agência bancária cujo projecto é obra do arquitecto Siza Vieira, bem como um imóvel de escritórios, do mesmo atelier. Um pouco mais adiante, está situado o edifício do Tribunal da Justiça da autoria do Professor Carlos Ramos e, na Praça José da Costa, em frente, o Jardim Municipal, onde se encontra o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, considerado um dos mais bonitos do País, e o Edifício do Mercado Municipal, recentemente objecto de profundas obras de remodelação. Visita obrigatória merecem o Parque e a Capela de La-Salette, situados num cabeço que antigamente se chamava "Outeiro do Castro ou Calvário". Este Parque constitui um excelente local de lazer, em agradável cenário verde que cobre todo o monte e proporciona excelentes miradouros para a paisagem circundante. O Museu do Vidro e a Loja da Fábrica, ambos localizados nas instalações da fábrica denominada "Centro Vidreiro do Norte de Portugal", a caminho do Parque de La-Salette, merecem também uma visita atenta, pois trata-se duma importante unidade industrial da região.
- Ossela - Ver
Ossela é conhecida no mundo inteiro pelo facto de ser a terra natal do imortal escritor Ferreira de Castro. Há quem afirme que Ossela é uma das mais antigas freguesias de Portugal, sendo já paróquia no tempo dos godos. Mas de onde lhe veio exactamente o nome ainda não se sabe ao certo. Pinho Leal, no seu "Portugal Antigo e Moderno" refere que "Há mesmo quem assevere que foi uma cidade, com o nome de Ossa, dado pelos gregos, seus fundadores. Sendo assim, tinha esta cidade sido fundada pelos anos 2700 do mundo, ou 1304 antes de Jesus Cristo, isto é, há 3180 anos!". Esta é uma das versões para o nome Ossela. Outra versão associa o nome às grandes batalhas travadas em 150 a.C. entre lusitanos e romanos, de que resultaram muitos ossos, resultado da decomposição dos cadáveres. O que parece mais verosímil é ter havido aqui, no ano 996, uma grande batalha entre cristãos, comandados pelo conde D. Forjaz Vermoiz e os mouros comandados por Almansor, rei de Cordova. Há, segundo a tradição, a opinião de que Ossela terá sido o berço natal de D. Martinho, prior de Soure e contemporâneo do nosso primeiro rei. Também sobre o lugar de Vermoim não parece haver dúvidas que se ficou a dever a uma dura batalha, travada no reinado de D. Bernardo I, o gotoso, entre os Mouros, comandados por Almançor e os Cristãos comandados por D. Froilaz (ou Forjaz) Vermuiz, que deixou o seu nome ligado a esta localidade. O padroado da igreja pertencia ao Mosteiro de Paço de Sousa. Afirma o cronista Meireles: “Ignoramos inteiramente quem doou o padroado desta Paroquia, mas na Bula de Gregório X.º datada do ano da Incarnação 1275, se confirma com outros padroados o desta igreja ao Mostr.º de Páso de Souza”. O documento nº 17 das provas é uma composição entre o mosteiro e o bispo de Coimbra D. Egas Fafes, no ano de 1249, diferendo que havia começado com o bispo D. Tibúrcio. Tendo sido as rendas da mesa abacial anexadas à Companhia de Jesus, Ossela aparece diversas vezes nessa desagradável questão. Com o rio Caima a seus pés, que lhe dá um encanto especial, Ossela tem um passado de agricultura. Actualmente, já se encontram a laborar aqui unidades fabris de razoável dimensão. Em torno de Ossela, foi criada uma lenda, segundo a qual houve, em tempos, num outeiro desta freguesia, um castelo, onde, no ano de 585, Santo Hermenegildo se terá santificado, na sequência da guerra contra os mouros. Verdade ou não, o certo é que não há vestígios de tal castelo. Após a visita à Casa-Museu Ferreira de Castro e à Biblioteca do escritor de "A Selva", merecem destaque as Capelas do Mosteiro, do Senhor da Fonte, de S. Frutuoso, das Senhoras da Lapa e da Graça; os núcleos rurais de Bustelo do Caima e do Carvalhal e o núcleo urbano da Igreja. A área natural do Pedregolhal, o belíssimo Vale do rio Caima (no fundo do vale de Ossela divisa-se a “igreja velha”, o Mosteiro, outrora presumível lugar de anacoretas contemplativos, em cuja parede se encontra uma curiosa lápide fúnebre), a paisagem salpicada pela vinha de enforcado e o Castro de Ossela (Imóvel de Interesse Público) merecem também uma observação atenta. O artesanato mais relevante e característico desta terra foi o denominado “Barro Negro” trabalhado pelos “Pucareiros”, que teve os seus grandes mestres em Barbeito e Ossela. Infelizmente, os Pucareiros de Ossela desapareceram há já vários anos sem deixar continuadores. Desempenharam também um papel importante a tecelagem e o linho, artes também já desaparecidas.
- Palmaz - Ver
Palmaz encontra-se escondida entre as montanhas, a Sudeste do Município, destacando‑se as suas belas paisagens naturais. Nos finais do século XI e inícios do XII, o opulento João Gosendes e sua mulher D. Ximena Forjaz, senhores de largos bens do Centro do País, também os tinham aqui, uns por compra outros por herança, como a de Sisil, irmã de Ximena. No final de 1110, o casal fez largas doações à Sé de Coimbra, com reserva do usufruto, sendo a de 25 de Dezembro tão solene que teve a presença do Conde D. Henrique e da raínha D. Teresa. No documento de 1098 vem bem demarcado Palmaz, entre Branca e Tugilde, junto ao Monte Besteiro, ao rio Caima. Por motivo destas doações, na larga reivindicação executada por D. Miguel Salomão, de várias propriedades que andavam alheadas, incluiu-se no elenco “in Palmaz”. Em 1135, Egas Moniz e a esposa Dórdia Pais trocaram com a Sé coninbricense a herdade que aqui haviam comprado por terras equivalentes em S. Maria de Cárquere. Houve aqui fabrico de telha comum e de vasilhame de ir ao fogo, tendo existido inclusive fornos junto da igreja. Outrora pertença do extinto Município da Bemposta, há quem lhe atribua a designação de "Princesa do Caima" pela importância que este rio representa para a freguesia desde tempos remotos. O rio Caima dá, de facto, um especial encanto a esta terra, podendo ser visitados o Parque Turístico Bento Carqueja; a Ermida da Senhora da Mó; as Capelas de S. Gonçalo, de S. Luís, de S. João e da Nossa Senhora da Memória; as quintas de Casinhoto, dos Pamplonas e de Baixo. Descendo da Igreja, no ponto mais estrangulado do rio Caima, encontra-se a ponte, crê-se que da época setecentista, que une abruptos declives. Esteve-lhe encostada, na margem direita e a montante, uma antiga fábrica de papel, ou engenho de papel, como se dizia na altura, de fabrico manual. Entre outros valores arquitectónicos e arqueológicos são de referir também a Fábrica de Papel do Caima, os moínhos, as áreas protegidas da Mó e da Raposeira, sem esquecer o importante e típico núcleo rural de Vilarinho de S. Luís, terra agrícola cercada de vegetação, situado nos confins do Município.
- Pindelo - Ver
Pindelo é também uma freguesia de remota existência, tendo como primeira referência escrita um documento com a data de 1134. Deve o seu nome à palavra latina "pinitellum", diminutivo de "pinitum" (pinhal). A povoação terá crescido no sopé do monte do Pereiro, a cerca de 500 metros de altura, outrora designado de Monte Codal. Nos tempos dos Visigodos, o território de Pindelo pertenceu à diocese do Porto, que aqui terminava, ao longo do curso do rio Antuã. Depois das invasões muçulmanas, Pindelo terá sido reconquistado pelos presores galegos, antepassados de Ega Moniz, e doada, primeiro ao Mosteiro de Pedroso e depois ao de Paço de Sousa. Antes ainda da primeira referência escrita a Pindelo surge, em 994, na documentação o nome de Pinhão, actual lugar da freguesia, cujas propriedades se estendiam por parte de Ossela. Nas Memórias de Paço de Sousa surge nova doação, em 1131, de Mónio Viegas, filho de Egas Moniz e de Dorotea Odoriz, da alguns bens ao mosteiro. Até 1540, Pindelo pertenceu aos seus primitivos senhorios, passando depois para a posse das religiosas do mosteiro da Madre de Deus de Monchique, no Porto. A própria paróquia da Santa Maria de Pindelo é de grande antiguidade. Nas Inquisições de D. Afonso III, em 1258, aparece citada, pela primeira vez, como paróquia de Santa Maria de Pydello. Contudo, o padroado passou por várias etapas e muitos proprietários. Na anexação das rendas da mesa abacial de Paço de Sousa à Companhia de Jesus, destinadas à Universidade de Évora, ficou a esta Pindelo, e depois da supressão da mesma seguiu a sorte dos bens que lhe eram próprios. Em Pindelo realizava-se uma importante Feira de Gado, no dia 23 de cada mês, no lugar de Pinhão, onde se venera o Bom Jesus da Agonia, típico santuário de remotas tradições. Também aqui existiu uma das mais antigas fábricas de papel do distrito de Aveiro, quiçá uma das mais antigas do País. Laborava no lugar de Pombarinho e apresentava no "selo de água" uma pomba. É de realçar o facto de que actualmente se podem encontrar documentos na Torre do Tombo tendo como suporte papel saído desta fábrica. No período entre 1783 e 1801, é sabido que o ofício de “sombreiro” ou chapeleiro teve grande importância económica em Pindelo. Houve também aqui uma mina de cobre, no lugar de Ladeira, concedida ao Visconde de Castro e Silva que chegou a ser explorada. Em termos de património merecem destaque a Igreja velha e o casario circundante, assim como, a Capela de Pinhão, os moínhos e a Serra do Pereiro. Sobre a construção da Capela de Pinhão existe uma lenda que diz que no alto do Monte do Pereiro, teria existido uma capela. Como contam os mais antigos, após a sua destruição, as pedras foram transportadas, às costas, pelo povo, para a construção da Capela do Bom Jesus da Agonia.
- Pinheiro da Bemposta - Ver
Pinheiro da Bemposta é uma freguesia onde se respira História. Segundo a tradição, a origem etimológica do seu nome provém de um grande pinheiro que existia junto à antiga estrada, no lugar da Areosa, debaixo do qual os passageiros descansavam. O nome Bemposta provém da sua airosa e elevada posição, de onde se abarca larga panorâmica sobre a Ria de Aveiro, desde Ovar até à Serra da Boa Viagem ou ainda até ao mar. Povoação de remota importância, aparece já referida num documento de 1109, em que um padre Rodrigo doou à Sé de Coimbra a quarta parte da vila rústica do Curval, situada entre a Branca e Alviães. Em 1114, no lugar de Figueiredo, os Bispos do Porto e Coimbra reuniram-se para tentar uma reconciliação relativamente às fronteiras das suas dioceses. Contudo, o povoamento de Pinheiro da Bemposta, situa-se em épocas bem mais remotas. Existem sólidos argumentos que defendem a existência, aqui, nas margens do rio Antuã, do histórico Mosteiro de Santa Marinha do Antuã, doado por Lucídio Vimaranes ao Mosteiro de Castromire. Por outro lado, a existência dos topónimos “Paço”, “Alcance ou Alcouce”, e o facto de Figueiredo ter sido denominado ao longo dos tempos “Figueiredo de Rei”, levam a crer que, no tempo da ocupação sarracena, por aqui se fixou figura grada das hostes mouras. O Município da Bemposta, de fundação antiquíssima e ao qual o rei D. Manuel dera foral em 13 de Julho de 1514, foi extinto por decreto de 24 de Setembro de 1855. Foi "um dos mais importantes Municípios da comarca da Estremadura", como pode ler-se numa publicação de 1527, estendendo-se pela seguinte área: Pinheiro da Bemposta, Palmaz, Loureiro, Travanca, Macinhata da Seixa e Ul (do Município de Oliveira de Azeméis), Branca e Ribeira de Fráguas (Albergaria-a-Velha), Fermelã, Canelas, Salreu e Santiais (Estarreja) e Assequins (Águeda). Volvidos vários séculos, não escasseiam aqui sinais da riqueza e grandeza outrora existentes. O maior interesse do património construído está no Cruzeiro do Pinheiro da Bemposta, Monumento Nacional, datado de 1604, com restauros posteriores. Por trás dele existe uma interessante Casa de Brasileiro; à esquerda a Casa do Cruzeiro, do século XVIII. Na EN1, seguindo na direcção do Porto, encontra-se a setecentista Casa dos Arcos. Já no lugar da Bemposta, antiga sede do extinto Município da Bemposta, existe ainda a Casa dos Paços do Município e Cadeia e o Pelourinho manuelino (Imóvel de Interesse Público, construído em meados do século XVI), contíguo à Casa de S. Gonçalo, com capela anexa. A seguir, à esquerda, outra Casa da família Côrte-Real e a Casa do Arco. Merecem também uma visita atenta a Fonte da Bemposta (recentemente recuperada); o Cruzeiro paroquial; a Igreja Matriz; a Capela de Nossa Senhora da Ribeira, incluíndo os seus retábulos e esculturas (Imóvel de Interesse Público); os núcleos rurais da Casa do Curval e de Figueiredo; as Quintas do Barral, do Calvário, do Passal e de Vera-Cruz. A igreja matriz é uma espaçosa construção de finais do século XVII e princípios do século XVIII. Da invocação de S. Paio é um dos mais imponentes edifícios da região. A Capela de Nossa Senhora da Ribeira constitui há séculos um templo de grande devoção. Foi erguida em 1611, num lugar solitário, romântico, quase paradisíaco. A história que se conta sobre a sua construção é a seguinte: Uma viúva residente neste local prometera erguer uma nova capela à Virgem Maria, caso o seu único filho fosse ordenado padre. A criança, misteriosamente, desapareceu uma manhã no final da missa, em companhia de frades peregrinos. Passados muitos anos, quando o filho era apenas uma dolorosa e inconformada lembrança, a envelhecida mãe foi, como habitualmente, para o monte apascentar as ovelhas. Ao cair da noite, quando regressava a casa, eis que surge uma comitiva a pedir dormida e alimento, hospedagem que as condições de miséria da pastora não permitia. Tinha apenas uns restos de farinha escura para umas papas, pobre refeição que os cavaleiros logo aceitaram. De entre os viajantes falava-lhe o filho, já então bispo eleito de Cabo Verde que, dando-se a conhecer, anunciou vir cumprir o voto que a mãe tinha feito: construir uma capela em honra da Virgem Maria. Mais tarde, a mãe do bispo, D. Frei Sebastião de Ascensão, foi recolhida num convento. Esta lenda foi sendo transmitida de geração em geração, embora existam motivos para afirmar que seja mais verdade que ficção. Embora já com algumas alterações, o edifício da Malaposta do Curval, classificado como Imóvel de Interesse Público, constituiu uma das 32 estações de paragem das diligências que se dirigiam do Porto a Lisboa. Aqui também se trocavam as mulas, que recolhiam nestas instalações para alimentação e descanso. Um dos outros ex-libris de Pinheiro da Bemposta é a sua centenária Sociedade Musical Harmonia Pinheirense, fundada com o título de "Sociedade Phylarmónica Harmonia Pinheirense", em 13 de Novembro de 1881.
- Santiago de Riba-Ul - Ver
Santiago de Riba-Ul apresenta-se como uma terra industrializada e com uma história cultural muito antiga, de que é testemunho a banda de música mais antiga de Portugal, a Banda de Música de Santiago de Riba-Ul. O nome desta freguesia tem por base o do seu orago e o da zona topográfica, que é a margem ou riba do rio Ul. De facto, já era assim designada num discutido documento datado de 922, embora em documentos posteriores a 1320, também se lhe atribua o nome de Vila Cova. Diz-se ter havido em Vila Cova um convento. Pinho Leal pensa ser o Mosteiro de Santa Marinha: “É paróquia muito antiga e, segundo tradição, houve aqui um mosteiro de freiras bentas, que foi destruído pelos Mouros em 718. Não há vestígios dele. Diz-se que era na margem direita do rio Ul, que atravessa esta freguesia e lhe dá o nome.” O seu padroado pertenceu ao Mosteiro de Cucujães, ao qual aparece ligada em 1139, na carta de couto do mosteiro, do qual passou, em meados do século XVI, metade para as freiras do Convento Avé Maria, do Porto, e outra metade para a comenda de S. Miguel, de Oliveira de Azeméis. No reinado de D. Dinis, por bula dada em Avinhão, a 23 de Maio de 1320, pelo Papa João XXII, foi concedido a este rei por três anos, para subsídio de guerra contra os mouros, a décima parte das rendas eclesiásticas do reino, excepção feita às pertencentes à Ordem do Hospital. Em posteriores documentos, continua a denominar-se Vila Cova d’Ul, devido provavelmente ao facto de ter a sua igreja no lugar de Vila Cova. A mudança do topónimo de Vila Cova para o de Santiago, sugerem que tomou este nome ao dar-se a mudança de assento da igreja para o local onde actualmente se localiza a Igreja Matriz. A freguesia de Santiago de Riba-Ul conserva mansões senhoriais, do tipo palacete, como é o caso da Casa dos Rebelos. Esta situa-se um pouco abaixo da igreja matriz, datando possivelmente do início do século XIX, com brasão eclesiástico composto por um escudo romano com as armas dos Rebelos. O lugar do Outeiro e a sua Capela atrai a atenção dos mais distraídos, assim como a Capela e o Largo do Senhor da Campa. O circuito continua com o núcleo da já referida Casa dos Rebelos e da Casa do Comandante; a Capela e a Casa das Garreiras; o Edifício da Associação dos Socorros Mútuos, instituição fundada em 1884; a Casa Agrícola das Cortinhas e o núcleo da Igreja Matriz. As Alminhas dos Franceses, os núcleos rurais da Ponte do Salgueiro e da Quinta de Santiago, com uma grande casa e um espigueiro tradicional, completam a ronda por esta pequena aldeia. A Ponte do Salgueiro, sita no lugar do Salgueiro, classificada de Valor Concelhio é uma ponte medieval do século XIV, que corta o rio Ul, harmonizada por zona agrícola e campestre, valendo por isso uma visita obrigatória.
- São Martinho da Gândara - Ver
S. Martinho da Gândara é uma freguesia onde a ruralidade persiste como o provam os núcleos rurais do Alto da Quintã, de Casal Dias e da Espinheira. A escassez de documentos não permite saber quais as suas origens. Contudo, o documento mais antigo, datado de 964, apresenta S. Martinho da Gândara já constituída civil e religiosamente, com igreja própria e autónoma. Pertenceu à Comarca de Esgueira, passando, em seguida, para a da Feira e, finalmente, para o Município de Oliveira de Azeméis. Povoado pré-histórico romanizado, S. Martinho da Gândara sobressai pelo seu Castro Recarei, já existente no século XI. Ainda que outros castros se apresentem nas imediações, como o de Ul e Vila Cova, em Madaíl, nenhum teve a importância do de S. Martinho, quer pela sua história, posição geográfica, quer pelos vestígios dos povos que, no decorrer dos tempos, por aqui passaram. Nele viveram celtas e pré-celtas e nele permaneceram por muito tempo, romanos e os visigodos com seu chefe Recaredo. O padre Arede descreve este castro da seguinte forma: “...monte alto e arredondado e de difícil acesso. É sito no lugar chamado do Monte Castro, da dita freguesia de S. Martinho da Gandra. Tem vestígios de muros. Como se nota pela sua figuração e situação topográfica, mostra o mesmo ter sido uma aglutinação castrense, e ainda habitado em seus terrenos circunjacentes por algumas raças primitivas, e outras em sucessivos períodos históricos, como o certificam muitos objectos encontrados no referido sítio.” O próprio topónimo define a morfologia do terreno arável, no qual assenta a freguesia. De facto, terá sido a existência aqui de várias gandras e de outras à volta, que levou o povo a denominar a freguesia de "Gandra". Mas, segundo parece, a freguesia de S. Martinho nem sempre se chamou “Gandra”. Na obra “Portugaliae Monumenta Historica”, vem uma escritura de 1002, na qual um certo Ariano doa ao Mosteiro de Lorvão várias propriedades em S. Vicente de Pereira e S. Martinho da Maçada (Martini de Mazada) com suas casas, passais e igrejas. Isto demonstra que, nesta altura, a freguesia se chamava “ de Maçada”, nome de lugar ainda hoje existente e, outrora, de grande importância. A partir desta data, todos os documentos escritos são unânimes na denominação de “Gandra”. De referir que, em Porto de Carro, um lugar da freguesia, possuía o rei D. Dinis um reguengo doado em 1346 a Pero Pais e a todos os seus sucessores a título de aforamento. A Igreja Matriz, a Capela de S. Lázaro, situada no lugar de Pardieiro, a Quinta do Troncal, o Largo e a Escola do Pardieiro são exemplos do património cultural e edificado que merecem um especial destaque. Relativamente à construção da igreja nova, em substituição da antiga, da qual já não resta o menor indício da sua existência, existe uma narração que diz o seguinte: "Narra a tradição que tudo se preparava para edificar o novo templo em lugar mais central, em Serrazina, quando se fez sentir a malévola influência dum lojista do lugar da Igreja e de seus camaradas que gastavam mais vinho que religião. Esse homem, ludibriando o povo e seus representantes, com alguns copos do verde regional, levou os carreteiros da pedra para o novo templo a usarem carros de eixo velho, para que partissem numa balcada junto à antiga igreja. Reza a tradição que isto, de facto, assim aconteceu. E o mau homem inventou a história de que era o santo padroeiro, S. Martinho, que não queria que mudassem a igreja para o lugar de Serrazina." (José Leite) Verdadeiro ou falso, o facto é que a nova igreja foi construída no mesmo lugar e um pouco a nordeste da antiga.
- São Roque - Ver
Vila Chã de S. Roque orgulha-se de ter sido a primeira terra a fabricar vidro em Portugal, na Quinta do Côvo. De facto, por ter nascido aqui, no século XV, a unidade industrial vidreira mais importante do País - a Fábrica do Côvo - foi designada como "Raínha do Vidro em Portugal". O usual designativo da freguesia até ao século XVII foi o de Vila Chã Serrana (ou Serrã), eclesiasticamente o de S. Pedro de Vila Chã, dado que era, por um lado, uma região relativamente plana, e por outro, aproximava-se das linhas de alturas do nascente do Município. O designativo São Roque surge como definitivo da difusão do culto deste santo pela Segunda metade do século XVI, época em que foi trazida para a igreja uma imagem e instituída uma irmandade. Vila Chã de S. Roque é referenciada, inicialmente, num documento de 1121, através da doação a D. Diogo Salamil pelo bispo de Coimbra D. Gonçalo, passando mais tarde para o Cabido do Porto, em cujo padroado se manteve a sua velha igreja de S. Roque. O nome de Vila Chã surge novamente em 1211, numa carta de venda, feita por um tal Gonçalo Gonçalves e Urraca Martins ao Cabido da Sé do Porto e ao seu deão, Durando, de uma herdade sita nesta freguesia e na de Olivar (antiga Oliveira de Azeméis), pela quantia de 300 maravedis. Segundo as Inquisições Afonsinas, em Vila Chã, o rei não possuía terra alguma e apenas cobrava o imposto de nove quartos de talhamento do pão. Mais tarde, em 1288, por novas Inquirições ordenadas por D. Dinis, averiguou-se que havia, desde tempos imemoriais, uma quinta privilegiada, no lugar de Vila Chã, pertença de Fernando Gonçalves, senhor da freguesia. Não entrava nela o mordomo, antigo oficial de justiça encarregado de citações e execuções e pagava-se por dois casais no lugar de Samil (Saamir), três soldos e por toda esta honra, terra privilegiada, como já se dizia nas Inquirições de 1251, nove quartos de pão. Vila Chã aproveita também do foral concedido por D. Manuel I à vila da Feira e Terra de Santa Maria. Na Idade Média, ergueu-se aqui um curioso castelo, chamado da Lomba, e que teve assento o solar da família Castro e Lemos, na vasta quinta do Côvo, tendo capela privativa, hospedaria para visitantes ilustres e uma grande coutada para caçadas anuais ao coelho e ao javali. A Quinta tem a forma de um polígono quase regular, sendo atravessada pelo rio Antuã e pela estrada que liga as cidades de Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra. Da casa primitiva pouco resta, devido às grandes alterações que sofreu ao longo dos tempos. A casa actual constitui uma das mais importantes vivendas de província, verdadeira residência senhorial. O edifício para habitação, com 40 divisões, foi reedificado em 1850, e conjuntamente com as antigas fábricas de vidro, forma uma povoação. A capela privativa, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, de linhas barrocas, foi mandada erigir pelo pai do Conde do Côvo, em 1862. Em princípios do século XX, a laboração de vidro que ali existiu durante quatro séculos consecutivos, foi definitivamente parada, dando-se novo destino às construções industriais, adaptando-as às explorações pecuária e agrícola. Nesta quinta passou Eça de Queirós tempo suficiente para colher motivos para alguns dos seus livros, como por exemplo, "A Capital" e "A ilustre Casa de Ramires". Actualmente, a Quinta do Côvo dispõe de cerca de 500 hectares de área, 50 Km de caminho para passeios equestres, uma escola de equitação e uma espécie de hotel para cavalos. Para além da famosa Quinta do Côvo, merecem ainda destaque a Igreja Paroquial, de S. Pedro, cujo edifício anterior teria sido acabado em 1590 ou 91, sendo o actual da fase de transição seis-setecentista; a Capela de Santo António, sita em Bustelo, um edifício inteiramente renovado em 1881, existindo, em frente, um cruzeiro com a mesma data; a Capela de Samir, uma capela isolada e dependente duma casa lateral (1885), inspirada nos temas tradicionais, mas obra de construtor regional.
- Travanca - Ver
Travanca é uma freguesia atravessada pela EN1, entre Macinhata da Seixa e Pinheiro da Bemposta, na margem esquerda do rio Antuã. S. Martinho de Travanca aparece citada num documento de 1104, numa doação ao Mosteiro de Grijó, feita pelos filhos de Soeiro Fromarigues, padroeiro daquele mosteiro. Desde essa data, passou a figurar como priorado de apresentação e padroado de Grijó, cujos priores, com cultura universitária e poderes notariais, influenciaram profundamente a vida económica e social da freguesia e das freguesias vizinhas. O topónimo Travanca relaciona-se com a natureza do terreno e função da maioria dos seus moradores que, nos conturbados tempos da Idade Média, exerceram aqui o trabalho de sentinelas e de controlo de mercadorias das Terras de Santa Maria para o sul e vice-versa. No século XIII viveu em Travanca uma família que instituiu aqui a honra de Baesteyros (Besteiros), que igualmente possuía propriedades no lugar de Damonde, no qual estavam também incluídos lugares da freguesia vizinha de Palmaz. Esta honra durou até ao século XVI, com o título de Quinta, Aio Foral de Angeja e dos seus anexos. Os rios e os ribeiros desta freguesia foram coutadas dos Condes da Feira, dos quais era a mesma freguesia, e assim permaneceram até 1700, data da extinção deste condado, passando depois para a Casa do Infantado que durou até 1834. Travanca dependeu da diocese de Coimbra, foi do julgado de Figueiredo e comarca de Estarreja, quando integrava o Município da Bemposta, mas como desaparecimento deste, em 1855, passou a fazer parte do Município de Oliveira de Azeméis. Sob o aspecto artístico tem que destacar-se a Capela do Espírito Santo, a qual conserva o retábulo antigo do Sacramento, em pedra ançã, obra notável da primeira época do escultor João de Ruão; a Capela de Nossa Senhora das Flores, situada no alto de um monte, que nos oferece uma panorâmica única, avistando-se a ria e até o mar; a Casa da Malaposta; a Casa Solarenga de Besteiros e a Igreja Paroquial, de carácter rural que domina a estrada nacional.
- Ul - Ver
Ul, nome céltico, cuja origem parece apontar para o étimo "uria", ou seja, ribeiro. Ul é um topónimo que tanto designa a freguesia como o rio que a banha, pelo lado norte, e aqui se juntar ao Antuã, no sítio da Ponte de Dois Rios. Ul é também o nome mais pequeno das freguesias de Portugal. A freguesia de Santa Maria de Ul já era do Município da Bemposta no ano de 1527. Pertenceu à comarca e ouvidoria da Feira e, nos meados do século XVIII, à comarca de Esgueira. A sua história está marcada por um passado muito remoto, recuando aos tempos pré‑históricos, em que a presença humana por estas paragens está sobejamente documentada através de importantes achados arqueológicos, que atestam a presença de povos muito anteriores aos romanos. Como já foi referido, alguns elementos apontam para que se situasse Talábriga, encantada cidade dos Pesures, nomeadamente o facto de terem aparecido aqui, junto ao castro de Ul e no leito da conhecida Via Romana (Lisboa-Braga) um marco miliário e um "Terminus Augustalis". "Junto a esta aldeia é o sítio da Corredoura. Diz o povo da terra que se lhe deu este nome por ser aqui que os mouros faziam corridas de cavalos, torneios e outros jogos", diz Pinho Leal que descreve a freguesia nestes termos: "Passando o rio, mais abaixo, para oeste, se sobe o Monte das Almas da Moura, ao qual em antigos documentos se dá o nome de "Mamoinhas". É atravessado pelos alicerces de um muro. Isto prova com evidência que esta terra era já habitada por um povo pré-histórico, que existiu muitos séculos antes da invasão dos fenícios e dos cartagineses, pois ainda se vêem aqui algumas mamoas pré-celtas; e foi a elas que o sítio deve o nome de Mamoinhas. Sobre um pequeno outeiro da aldeia do Avenal está uma casa, chamada o Paço, propriedade de um lavrador. Não tem vestígios alguns de remota antiguidade mas é de tradição que deve o nome a ter aqui havido um nobre paço, do senhor da freguesia". São famosos nesta terra os moínhos de água, cuja existência vem de muito longe. Documentos do século XVIII já atestam a sua presença em terras de Ul. No início, moeu-se o milho, depois o trigo e, mais tarde, passou a descascar-se o arroz. Para se avaliar o peso que a moagem artesanal chegou a ter, basta recordar que em 1951, e de acordo com um estudo do Padre Arede, era de 84 o número de moínhos em laboração, com um total de 327 “rodas”, o que dá uma média de 4 “rodas” por moínho, um número raramente atingido noutras regiões com características idênticas. Para assegurar a força motriz destes moínhos foram construídos 38 açudes, ou seja, pequenas barragens de onde partiam as “levadas” de água que accionavam aquelas “rodas”. Os moínhos de água de Ul, outrora dezenas e dezenas, actualmente marcos simbólicos de um interessante conjunto arquitectónico rural pertencente ao passado. Condições naturais únicas ditaram a Ul a primeira etapa da industrialização: os moínhos de Ul e as padarias tradicionais representaram o passo inicial para o desenvolvimento, em que as actividades dos moleiros e das padeiras, ambas de igual sobrenome, tiveram grande influência. Mais tarde, outra actividade se iniciou com o aproveitamento dos moínhos de água – a do descasque do arroz que, progressivamente se foi modernizando, ganhando importância e primazia até aos nossos dias. Actualmente, o sector da moagem, embora ultrapassado na predominância que outrora gozou, continua a manter em Ul uma grande dinâmica. E no que respeita ao descasque e embalagem do arroz, estão aqui implantadas as maiores indústrias nacionais do género, que produzem cerca de 60% da produção nacional. Nesta freguesia merecem, pois, especial destaque os moínhos de água ao longo dos rios Antuã e Ul; o fabrico tradicional do Pão de Ul e da Regueifa de Ul; a Ponte da Salgueirinha; o Largo da Igreja e a Quinta, Casa e Capela de Adães, datadas do século XVII. A Igreja Paroquial, ou de Santa Maria, sita na confluência dos rios Ul e Antuã e fronteira ao Castro, data de 1790. Este templo assenta sobre plataforma de um raro monumento romano ou romanizado, de onde foram exumados dois preciosos padrões: o marco miliário da milha XII e o Terminus Augustalis, o qual se encontra embutido na parede exterior da sacristia. Esta igreja, sobretudo por este motivo, é um importante centro cultural a preservar.
- Vila de Cucujães - Ver
Importante centro cultural e histórico, Cucujães, do latim "cucullianis", ou seja, elevação de terreno, montão, recorda o mosteiro beneditino ali fundado pelo guerreiro da reconquista, D. Egas Odoriz, nos finais do século XI, e coutado por D. Afonso Henriques, em 7 de Julho de 1139, na véspera da batalha de Ourique. A história de Cucujães é uma autêntica jóia para os investigadores do passado. Região fértil e de condições privilegiadas, esta freguesia atraiu desde cedo povos das mais remotas culturas, conforme testemunham diversos vestígios das épocas pré e proto-históricas, tais como, mós, uma ponta de lança de pedra polida, machados de pedra e de bronze, uma ponta de flecha de cobre, entre outros. Supõe-se que entre os habitantes primitivos estariam também os Turdulos ou Turdetanos que habitaram a região onde se poderá incluir Cucujães. Mais tarde vieram os romanos e com eles o topónimo actual, que provém do canto do cuco (em latim “Cuculus”); e depois, os suevos, os visigodos e os árabes. Em 7 de Julho de 1139, o couto de Cucujães, instituído por D. Afonso Henriques, foi doado ao Mosteiro Beneditino da mesma terra, nas vésperas da famosa Batalha de Campo de Ourique, nas pessoas de D. Martinho e de D. Egas Odoriz. O autor de "Portugal Antigo e Moderno", Pinho Leal, refere que Cucujães era antigamente da comarca de Esgueira, termo da Feira, tendo passado para a Feira quando se criou esta comarca, e finalmente para Oliveira de Azeméis. Refere ainda que “(...) esta freguesia é no vasto território denominado, desde o tempo dos godos, Terras de Santa Maria ou Terra da Feira. Tinha os grandes privilégios dos outros moradores deste território, sendo um dos principais, nos tempos antigos, terem os cavaleiros para todos os efeitos, for de “infanções”; e os peões, foro de cavaleiros.” Cucujães foi elevada a vila em 11 de Junho de 1927, sendo actualmente um importante pólo industrial e comercial. Como monumentos e lugares dignos de visita oferece-nos, entre outros, o claustro do Mosteiro, com as suas colunas dóricas, do século XVII e campas epigrafadas de alguns frades ilustres; a sacristia da Igreja Matriz; a Ponte da Pica (Imóvel de Interesse Público), construída no século XIV, sobre o rio Ul, por onde passava a via romana que ligava Lisboa a Braga; as Capelas de Santa Luzia, Nossa Senhora da Conceição, Santo António; as Casas Solarengas do Buraco, da Gandarinha, do Visconde de Carregoso, Andersen, do Mato; as Quintas do Picoto, da D. Beatriz Brás, do Sol, do Barreiro, da Família Macedo, do Seminário, do Abade Arede; os Palacetes Alves dos Reis e Pinto Leite; o Miradouro do Alto de Rebordões, de onde se avista o mar; a Vila Brandão, o Asilo da Gandarinha e a Misericórdia, estruturas que albergam instituições e obras sociais importantes. A nível do artesanato, são famosas as sacas de tiras da Vila de Cucujães. Estas são confeccionadas com tiras de feltro entrelaçadas numa forma de madeira, com a ajuda de um pica-pontas. São colocadas talas, ou seja, ripas de madeira com asas de arame, e remata-se com um apara de feltro. A matéria-prima é obtida numa fábrica de chapéus. As ferramentas mais utilizadas são o pica-pontas, martelo, pregos, tesoura, agulhas e raspador para cortas as tiras.
- Alameda João Ramalho - Ver
- Avenida César Pinho - Ver
- Avenida D. Maria I - Ver
- Avenida Doutor Albino dos Reis - Ver
- Avenida Doutor António José de Almeida - Ver
- Avenida Ernesto Pinto Basto - Ver
- Avenida Ferreira de Castro - Ver
José Maria Ferreira de Castro nasceu na freguesia de Ossela, concelho de Oliveira de Azeméis, em 1898 e morreu em 1974. Tinha como habilitações literárias a 4ª classe, mas foi um grande autodidacta, aprendendo em contacto com a vida e com homens sobretudo no Brasil para onde emigrou muito novo e onde suportou, durante anos, uma vida dura e difícil. Esta dura experiência da emigração brasileira perpassa todo o romance “Neo-realista de Ferreira de Castro”, voltado para a análise e denúncia das dores e sofrimentos do emigrante que foi obrigado a deixar a Pátria e a família para no estrangeiro conquistar “o pão de cada dia” e um nível social melhor. Actualmente é considerado o escritor português com maior audiência internacional e várias das suas obras foram traduzidas em diversas línguas. Escreveu os seguintes romances: “Emigrantes”, “A Selva”(romance de projecção universal), “Terra Fria”, “Eternidade”, “A Lã e a Neve”, “A Curva da Estrada”, “Missão”. São também dele as narrativas de viagem “A Volta ao Mundo e Pequenos Mundos”, “Velhas Civilizações” e o livro de divulgação de arte “As Maravilhas Artísticas do Mundo”.
- Avenida Francisco Tavares - Ver
- Azinhaga da Mina - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo à existência, no local, de uma mina de abastecimento de água.
- Azinhaga da Serração - Ver
Caminho estreito, entre propriedades rústicas e ladeado por muros, onde existiu uma serração, propriedade de Adelino Alves Moreira.
- Azinhaga Manuel Andrade Serôdio - Ver
Antigo sacerdote que terá abandonado a vida religiosa fundando em Oliveira de Azeméis um colégio de curta vida mas inovador para a época, que se terá localizado nas proximidades da Igreja Matriz de Oliveira de Azeméis.
- Beco António Pereira da Costa - Ver
Ilustre Oliveirense, nascido no lugar da Farrapa da freguesia de Oliveira de Azeméis, cedo emigrou para o Brasil, onde venceu na vida, conquistando lugar de destaque no meio empresarial do Rio de Janeiro. Também conhecido por “Nifras”, foi, assim como o seu irmão, Adelino Pereira da Costa, um dos grandes benfeitores do Hospital de Oliveira de Azeméis, ao ponto de serem considerados por aquela instituição como Grandes Benfeitores. Em muito contribuiu também para o desenvolvimento do Parque de La Salette.
- Beco Armindo Soares Pereira - Ver
Tal como o irmão, José Soares Pereira, a atribuição deste topónimo ao referido beco deve-se ao facto de Armindo Soares Pereira ter dado um prestável contributo ao desenvolvimento do lugar, não tanto com cedência de terrenos, mas sim com o trabalho que aqui empregou.
- Beco Camilo Ferreira - Ver
Natural de S. Tiago de Riba-Ul, Camilo Ferreira popularizou-se, sobretudo, pelo seu reconhecido mérito de ajuda ao próximo, sendo dotado de uma personalidade extremamente generosa.
- Beco da Fonte Juíz - Ver
Fonte do Juíz devido à sua ancestralidade, presume-se que a fonte pública que existe neste lugar, tenha sido frequentes vezes utilizada por um Juíz, para se abastecer de água. Segunda consta, num período em que as autoridades, contra a vontade das gentes locais, pretenderam desactivar a mina e a respectiva fonte, este Juíz, utilizando a sua influência política, intercedeu a favor da população, conseguindo que essa intenção "destruidora" não passasse à prática. Assim, o povo, em sue homenagem, atribuíu a este imóvel e consequentemente ao respectivo lugar, este topónimo.
- Beco da Quinta - Ver
Esta atribuição deve-se ao facto de o local onde o mesmo se situa ter existido, noutros tempos, uma quinta.
- Beco da Quinta do Chafariz - Ver
Deve-se esta atribuição ao facto de o beco em questão ladear a referida Quinta do Chafariz, uma propriedade de 1926, conforme consta do painel de azulejos na fachada da casa, vitima do desenvolvimento viário, uma vez que, devido à construção do nó de acesso ao IC2, a mesma ficou reduzida à casa e a uns escassos metros quadrados de terreno.
- Beco do Bento (La Salette) - Ver
O Sr. Bento da La Salette foi, durante dezenas de anos, a pessoa responsável pela vigilância do Parque de La Salette, serviço que fez com inigualável dedicação e zelo.
- Beco do Lampionista - Ver
Homenagem mais do que justa ao homem que acendia os candeeiros de iluminação pública, antes de existir electricidade. Nas proximidades deste arruamento existiu, durante muitos anos, uma perigosa curva já com esta designação onde ocorreram inúmeros acidentes.
- Beco do Lar dos Pobres - Ver
A atribuição deste topónimo deve-se ao facto de ali perto ter funcionado, na primeira metade deste século, uma instituição de apoio aos mais necessitados. Uma das beneficências a que se dedicava era a de distribuir sopa pelos mesmos.
- Beco do Marco Geodésico - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo à existência de um marco geodésico no topo do depósito de fornecimento de água que se situa neste local.
- Beco do Pascoal - Ver
O Pascoal era um animador local, tocador de concertina e proprietário de um tasco do lugar. Portador de um espírito vivo, fazia as alegrias de quem com ele confraternizava.
- Beco do Pereira - Ver
Homenagem, mais que justa, à conceituada, generosa e benemérita família Pereira, do lugar de Vilar, constituída a titulo de exemplo pelos já referidos e homenageados José Soares Pereira ou "Ti Zé da Lomba" e Armindo Soares Pereira.
- Beco do Senhor da Pedra - Ver
Este topónimo é atribuído a um beco do lugar de Cidacos, onde se localiza uma pequena casa, conhecida pela Casa do Senhor da Pedra, pelo facto de na fachada da mesma existir um nicho com uma escultura alusiva ao Senhor da Pedra.
- Beco do Sericalho - Ver
O Sericalho foi um habitante do lugar de Cidacos, que terá contribuído para o desenvolvimento do mesmo, através da realização de algumas benfeitorias. Só por mera curiosidade, é de salientar que o nome deste Sericalho vem referido nos Annaes do Município de Oliveira de Azeméis numa curiosa passagem que passo a citar: “O primeiro cadáver que se enterrou no cemitério, no primeiro quarteirão à esquerda da entrada, depois de benzido, foi o de uma Francisca, irmã de Anna Moça, de cidacos, em 15 de Abril de 1864. No mesmo dia se enterrou também uma creança, filha de António Sericalho, d´ahi.”
- Beco do Sobreiro - Ver
Este topónimo justifica-se, por em tempos, ter existido um sobreiro de grande porte no início deste beco e que terá servido de referência espacial para os habitantes do lugar.
- Beco do Tanque do Canário - Ver
Baseia-se esta atribuição no facto de existir no referido beco um tanque, que, supostamente seria propriedade do “Neca Canário”, uma personalidade local, conhecido por colaborar na organização de festivais de folclore no lugar de Cidacos, que estarão na origem do aparecimento do Grupo Folclórico de Cidacos.
- Beco dos Batistas - Ver
Os Batistas terão sido proprietários de uma boa parte dos terrenos da zona. Foi devido à boa vontade desta família que o lugar de Lações se terá desenvolvido, com a cedência de alguns terrenos para o alargamento de ruas.
- Beco dos Sousas - Ver
Os Sousas terão sido proprietários de alguns terrenos da zona. Foi devido à boa vontade desta família que o lugar de Lações se terá desenvolvido, com a cedência da parte destes de alguns terrenos para o alargamento de ruas.
- Calçada da Ponte Medieval - Ver
Este topónimo deve-se ao facto da referida calçada ser o meio de acesso à popularmente designada Ponte do Manica, situada no limite das freguesias de Oliveira de Azeméis e Madaíl, que devido ao seu desenho e à técnica de construção apresentados, pensamos ser consensual atribuir-lhe o período medieval.
- Calçada da Senhora Mestra - Ver
Maria Helena Dias de Carvalho, ou Senhora Mestra como era carinhosamente chamada, foi uma professora particular do ensino primário de extrema bondade e educação. Antes do lugar ter escola, muitas pessoas com ela aprenderam a ler e a escrever.
- Calçada Joaquim Francisco Soares - Ver
Joaquim Francisco Soares ou “Zé Novo” como era conhecido este proprietário no lugar ao qual conferiu algumas benfeitorias, através da cedência de terrenos e do seu próprio trabalho para a abertura de caminhos.
- Caminho Almiro Carvalho - Ver
Proprietário de alguns terrenos do lugar, Almiro Carvalho contribuiu para o desenvolvimento do mesmo.
- Caminho da Escudeira - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo ao caminho em questão devido à ancestralidade da designação do lugar onde o mesmo se situa. É mais um exemplo de uma tradição popular, que passa de geração em geração, e dificilmente se conseguem obter referências acerca da sua origem.
- Caminho da Igreja Velha - Ver
Neste lugar, situou-se em tempos remotos, a Igreja Matriz de Oliveira de Azeméis. Não havendo referências concretas, devido à antiguidade do topónimo atribuído ao local onde se situa este caminho, foi passando, esta designação, oralmente de geração em geração.
- Caminho das Fragas - Ver
Antiga designação atribuída a este caminho pelo facto de o mesmo ser ladeado por uma parede natural de superfície pedregulhosa.
- Caminho das Tabuaças - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo ao nome antigo pelo qual este caminho era conhecido.
- Caminho do Conde de Fijô - Ver
O Conde de Fijô, apesar de não ser natural de Oliveira de Azeméis, muito contribuiu para o desenvolvimento da nossa freguesia, pelas doações que fez de alguns dos seus terrenos em prol do domínio público. È de referir que este benemérito foi bastante influenciado, nas suas altruístas intenções pelo seu amigo, Dr. Manuel Pinho Rocha.
- Caminho do Fundo do Lugar - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo ao caminho em questão devido à ancestralidade da designação do lugar onde o mesmo se situa. É mais um exemplo de uma tradição popular, que dificilmente se consegue apurar a sua origem.
- Caminho do Paço Velho - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo ao caminho em questão devido à ancestralidade da designação do lugar onde o mesmo se situa. É mais um exemplo de uma tradição popular, que dificilmente se consegue apurar a sua origem.
- Caminho Doutor Manuel da Costa Pereira - Ver
Conceituado advogado de Oliveira de Azeméis, residia no lugar de Passos, da nossa cidade, nas proximidades do arruamento em causa.
- Caminho Manuel Sousa Oliveira - Ver
Empresário de Oliveira de Azeméis da indústria de moldes, também conhecido pelas suas qualidades de benemérito. Colaborou para o crescimento do lugar de Lações, quer directamente com os apoios financeiros que dava, quer indirectamente, através da criação de postos de trabalho para a população local.
- Caminho Mário Soares Pereira - Ver
Proprietário de vários terrenos no lugar ao qual conferiu algumas benfeitorias, não só através da cedência de alguns deles, como também através do trabalho com que contribuiu para a abertura de caminhos públicos.
- Caminho Velho - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo à ancestral designação do caminho em questão, que era frequentemente utilizado, em tempos idos, pelos habitantes do lugar da Escravilheira como caminho de passagem para se deslocarem ao lugar de Vilar e vice-versa.
- Largo da Republica - Ver
- Largo de S. António - Ver
- Largo João da Costa Fonseca - Ver
- Largo Luís de Camões - Ver
Luís Vaz de Camões terá nascido, ao que parece, em Lisboa aí por 1524 e morreu em 10 de Junho de 1580. Terá frequentado a Universidade de Coimbra, embora não conste o seu nome dos arquivos. O que é certo é que adquiriu vasta cultura como prova em “Os Lusíadas”. Frequentou a corte instalada em Lisboa, combateu no norte de África, onde perdeu um dos olhos. Mercê do seu carácter rixoso e aventureiro foi para o Oriente; viveu em Macau, depois em Goa e sofreu um naufrágio na costa do Cambodja, perto do rio Mecom, salvando-se a custo e ao manuscrito de “Os Lusíadas”. Regressa do Oriente em 1567 mas pára em Moçambique, onde Diogo do Couto o conhece pobre, “tão pobre que comia de amigos”. Regressa a Lisboa em 1570 e D. Sebastião atribui-lhe uma tença anual, irregularmente paga e não suficiente para viver. Foi Camões o maior poeta português e uma das maiores figuras do Renascimento em Portugal. Escreveu em género épico “Os Lusíadas”, obra de valor universal em que o poeta conta os feitos heróicos do Povo Português. Grande foi, igualmente, no género lírico, manifestando uma grande sensibilidade e técnica renascentista nos seus sonetos, canções, elogias, odes, éclogas. Camões cultivou, também, ainda que com menos brilho, o género dramático, deixando-nos três autos em verso de sete sílabas: “El-Rei Seleuco”, “Anfitriões” e “Filodemo”. Pelo seu talento e para estímulo dos jovens poetas Oliveirenses, achamos que o seu nome ajusta-se aquibem, sobremodo por ser uma terra de emigrantes.
- Largo Rizzo Terra - Ver
- Praça José da Costa - Ver
- Praceta da Fonte - Ver
A atribuição deste topónimo deve-se ao facto de, neste local, ter existido uma fonte que terá secado aquando da construção de uma urbanização.
- Praceta Escola Livre de Azeméis - Ver
A Escola Livre de Azeméis é uma das mais antigas colectividades do país e aquela, entre as várias agremiações desportivas de Oliveira de Azeméis, que mais cedo atingiu a notoriedade a nível nacional. Fundada em 1 de Dezembro de 1923 por um punhado de oliveirenses devotados a contribuir para a elevação sócio – cultural e desportiva do povo deste concelho, a Escola Livre é possuidora de um historial notável, orgulho e saudade das gerações anteriores. Só que as vicissitudes do tempo obrigaram esta colectividade a interromper a sua actividade durante cerca de 9 anos, renascendo em 1974 através da boa vontade de alguns que ousaram apostar na reabilitação deste velho e glorioso clube. Seria fastidioso enumerar aqui os títulos nacionais e regionais conquistados pelos milhares de praticantes que, ao longo destes 60 anos, serviram devotadamente o clube nas mais diversas modalidades, nomeadamente no Hóquei em Patins, Futebol, Ciclismo, Basquetebol, Educação Física, Ténis de Mesa, Atletismo, Damas, e com especial referência à natação, pois a Escola Livre pode orgulhar-se de ter sido dos primeiros clubes nacionais (se não o primeiro) a possuir uma piscina própria. Mas a modalidade que projectou a Escola Livre a nível nacional foi o Hóquei em Patins, e se Portugal é hoje uma das maiores potências da modalidade, deve a esta agremiação uma enorme quota parte de tal mérito, porque desde sempre se bateu pela divulgação e fomento da sua prática, cabendo-lhe juntamente com o Estrela Vigorosa Sport e o extinto V8, uma inesquecível obra de pioneirismo, a fundação da Associação de Patinagem do Porto. Contudo, a Escola Livre foi, também, o maior baluarte cultural deste concelho, especialmente em música, através da Tuna Musical e de um Orfeão que são saudade de quantos tiveram a dita de presenciar a sua arte ou nela participarem. Hoje, e renascida das próprias cinzas, a Escola Livre demanda a recuperação do local prestigioso que já ocupou no panorama desportivo nacional. Renunciamos ao comodismo ou vãos temores, seguindo a senda do pioneirismo no concelho, pois sem instalações desportivas, sem atletas, sem associados, sem nada, arrancou do zero absoluto, reiniciou a prática oficial do Hóquei em Patins, retomou o fomento da modalidade nas suas escolas de patinagem, e avançou para a construção de um pavilhão desportivo. Assim, a Escola Livre merece ser homenageada na toponímia oliveirense. Sebastião de Sousa (In revista “Terras da Nossa Terra”).
- Praceta Joaquim Almeida e Silva - Ver
Dedicou mais de meio século à Direcção da Liga dos Combatentes, tendo sido Secretário da mesma. Foi também, ao lado do Dr. Aníbal Cardoso Freitas, um dos grandes impulsionadores da execução do Monumento aos Mortos da Grande Guerra.
- Praceta União Desportiva Oliveirense - Ver
Tratava-se de uma agremiação das mais antigas do concelho de Oliveira de Azeméis, pois foi fundada em 26 de Outubro de 1922. Pelos seus serviços prestados ao desporto nacional foi, há muito, considerada de utilidade pública. Na verdade, ao longo da sua história, passaram por ela muitos milhares de atletas através das suas diversas modalidades. Para além dos benefícios causados a todos estes atletas, não há dúvida que a Oliveirense é das entidades da nossa terra que mais projectaram e tem um longo historial desportivo do qual passamos a enumerar alguns pormenores: Modalidades: basquetebol, ténis de mesa, ténis, hóquei em patins, atletismo, futebol Destas modalidades, três delas (futebol, hóquei em patins, ténis de mesa) já atingiram o escalão máximo do desporto português e as duas já se encontraram a disputar os respectivos Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão. Em futebol e hóquei em patins, a Oliveirense teve a honra de ceder atletas seus à Selecção de Portugal. Muito mais haveria a dizer, consideramos, no entanto, ser desnecessário alongarmo-nos, considerando que a população oliveirense tem conhecimento pormenorizado do valor da sua União e, naturalmente, orgulha-se de possuir uma das mais antigas e conhecidas colectividades do nosso país.
- Rua 12 de Dezembro - Ver
A data de 12 de Dezembro de 1976 é uma data histórica para o poder local. Consagra a data das primeiras eleições autárquicas e o início de uma nova era, em que os autarcas começam a ser eleitos directamente e livremente pelo povo. Na verdade, foi a revolução de Abril que trouxe a Portugal esta maravilhosa motivação de se juntar, à roda da mesma mesa, homens inteiramente livres, para analisarem e resolverem os problemas da sua terra. Portugal, após as primeiras eleições autárquicas, sofreu uma escalada de desenvolvimento e de progresso local que no regime anterior nunca fora possível. Mergulhado no obscurantismo e na ignorância, o povo Português não se atrevia sequer a dialogar sobre qualquer assunto que julgasse útil ao desenvolvimento da sua terra e da sua região. Com o advento da Democracia, instaurou-se o poder local e, com ele, a fé nos destinos do País. Foi assim, e a partir desta data, que todos aqueles que acreditam sinceramente na dignidade e no valor humano, na nobreza dos seus actos e na pujança da sua acção dedicada e desinteressada, conseguiram adquirir dos seus autarcas o respeito, a admiração e o reconhecimento do eleitorado. É, pois, de inteira justiça, que consagremos na toponímia da cidade de Oliveira de Azeméis esta data gloriosa. Assinado (Sebastião de Sousa).
- Rua 16 de Maio - Ver
16 de Maio de 1984 é uma data que fica marcada a letras de ouro na história de Oliveira de Azeméis. Foi neste dia que a Assembleia da República aprovou a elevação de Oliveira de Azeméis à categoria de cidade. A primeira referência histórica relativa a Oliveira de Azeméis aparece no ano de 922, ou seja, no século X. Esta data, porém, não pode servir de baptismo ao concelho, já que é referida em documento incerto num contexto de reivindicações diocesanas, cuja data parece não corresponder à época precisa em que se processaram, mas sim cerca de 100 anos mais tarde, nos alvores, portanto, do século XI. Pela análise de documentos existentes e que dizem respeito a Oliveira de Azeméis, não é difícil concluir que a primitiva paróquia de Oliveira terá nascido da guerra da Reconquista (in revista “Terras da Nossa Terra”). Oliveira de Azeméis passou a ser Comenda Nova em 1 de Junho de 1517, por Bula do Papa Leão X, confirmada a 29 de junho de 1520 a pedido do Rei Venturoso D. Manuel I (in revista “Terras da Nossa Terra”). Foi nomeado seu primeiro comendador Lourenço Mendes de Carvalho, sendo o seu último comendador José Seabra da Silva, então secretário de estado. Foi D. Maria I que, por alvará de 5 de Janeiro de 1799, lhe concedeu a categoria de Vila, data esta já consagrada na toponímia oliveirense. A partir daqui Oliveira de Azeméis sofre um surto de progresso com o desenvolvimento da sua indústria e comércio, com abertura de arruamentos e estradas e enriquecida com a passagem da linha do Vale do Vouga. Em 29 de Maio de 1981, a Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis aprovou, por unanimidade, uma proposta no sentido de sugerir ao Governo a sua elevação à categoria de Cidade. Como Oliveira de Azeméis reunia todas as condições legais para ser cidade, o Governo remeteu o assunto à Assembleia da República. Transformada numa proposta, foi aprovada no dia 16 de Maio de 1984. A notícia chegou a Oliveira de Azeméis nesse mesmo dia pelas 17 horas. Recebida com grande júbilo, a notícia foi festejada com os acordes da fanfarra dos bombeiros voluntários, com o estrelejar de foguetes e morteiros dando o público, assim, largas à alegria de ver um sonho de há tantos anos convertido em realidade. Em 16 de Maio de 1984, Oliveira de Azeméis passava à categoria de cidade, facto confirmado com a publicação no Diário da República. Assim, a data de 16 de Maio será mais um marco histórico na vida de Oliveira de Azeméis e por isso merece ser perpetuado na toponímia da Cidade.
- Rua 25 de Abril - Ver
- Rua 5 de Janeiro - Ver
5 de Janeiro de 1799 é uma data histórica, em que Oliveira de Azeméis foi elevada à categoria de Vila, por alvará de D. Maria I. Não há elementos concretos que provem a verdadeira data de origem de Oliveira de Azeméis. O Padre Dr. Manuel de Oliveira Ferreira referiu o seguinte num dos apontamentos sobre Oliveira de Azeméis, na sua obra “Verdadeira Lancóbriga”: “a paróquia de S. Miguel de Oliveira de Azeméis é tão antiga que, sem dúvida, pode competir com qualquer outra, por não se poder averiguar a origem dos seus anos, que sempre afamada se pode dizer em todos os séculos, por conter dentro dos seus limites a antiquíssima e imperatória cidade de Lancóbriga, disfarçada hoje no corrupto vocábulo de Lações. Mas, segundo consta num diploma de 922, Oliveira de Azeméis já estava transformada em freguesia rural, dividida em vários pequenos proprietários. Portanto, há documentos que nos atestam que a origem de Oliveira de Azeméis data, pelo menos, do século X. Mas foi por alvará de D. Maria I, em 5 de Janeiro de 1799 , que Oliveira de Azeméis foi elevada à categoria de Vila. Desse alvará citaremos o essencial: “D. Maria, por graça de Deus, Rainha de Portugal e dos Algarves, D’Aquém e D’Além Mar em África, Senhora da Guiné e da Conquista, Navegação, Comércio, da Etiópia, Arábia, Pérsia e da Índia, etc., faço saber aos que esta minha carta virem que eu fui servida mandar passar o alvará do teor o seguinte: HEI POR BEM E ME PRAZ EREGIR EM VILA A POVOAÇÃO DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS E SEPARAR PARA TERMO DELLA VINTE FREGUESIAS.” Estas freguesias são as que constituem hoje o concelho, mas a freguesia de S. João da Madeira só mais tarde se separou (isto não corresponde totalmente à verdade). Está suficientemente provado que esta data, 5 de Janeiro, merece constar na nossa toponímia.
- Rua Actor Alfredo Ferreira da Silva (Santiago de Riba - Ul) - Ver
Santiago de Riba-Ul sempre teve, ao longo dos anos da sua história, homens ilustres que se notabilizaram na música (ex-Pinho dos Lameiros), nas letras (ex-João Correia), na escultura (ex-Tomás Costa, Alípio Brandão, Ema Brandão e ainda agora Anselmo Brandão), na politica, na medicina, na acção social, etc., que se distinguiram ou quiçá que quedaram pela sua modéstia no anonimato. Um desses santiaguenses foi Alfredo Ferreira da Silva, parente das familias nobres PintoLeite e Penha Longa. Este personagem notabilizou-se pelo seu talento de actor e fez parte do distinto elenco do Teatro D. Maria, em Lisboa. Nasceu em 8 de Abril de 1859 e faleceu a 27 de Dezembro de 1923. as gentes da sua terra, em reconhecimento pelo seu valor, lhe atribui, com todo o merecimento, o seu topónimo a uma das ruas da freguesia.
- Rua Adelino da Costa (Nova) - Ver
- Rua Adeolato de Carvalho - Ver
Proprietário de alguns terrenos do lugar, Adeolato de Carvalho contribuiu para o desenvolvimento do mesmo.
- Rua Alberto Fernandes Coelho - Ver
Homem generoso e proprietário de alguns terrenos da zona. Foi devido à sua boa vontade que este lugar se terá desenvolvido, com a cedência de alguns terrenos para o alargamento de ruas.
- Rua Albílio Correia Oliveira Campos - Ver
- Rua Alexandre Ferreira da Costa (Gaio) - Ver
Homem de grandes qualidades, dedicou-se de corpo e alma à constituição e fundação do Núcleo da Liga dos Combatentes de Oliveira de Azeméis, do qual foi o seu primeiro presidente.
- Rua Alfredo Andrade - Ver
- Rua Alípio Brandão - Ver
Pintor e escultor, nasceu no Lugar do Outeiro, freguesia de Santiago de Riba – Ul a 18 de Agosto de 1902. Cegou em 1958 e faleceu em 04 de Junho de 1965. Aprendeu pintura com os mestres Artur Loureiro e Manuel Rodrigues. Aprendeu talha, sendo o seu mestre António Santeiro, na altura com oficina no Lugar das Tabuaças, Oliveira de Azeméis. Cultivou a escultura em madeira criando um estilo próprio, através do qual granjeou renome não só no nosso país como no estrangeiro. Fez diversas exposições, designadamente em Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Estoril, Cascais, Luanda, Paris Marselha e Florença. Embora a maioria dos seus trabalhos se encontrem na posse de coleccionadores particulares, podemos apreciar obras suas nos Museus de “Arte Contemporânea”, “Soares dos Reis”, “Sociedade Geográfica de Lisboa”, “Abade de Baçal” e nos Museus de Aveiro, Luanda e Nova Iorque. Esculpiu, em madeira, figuras de notáveis escritores tais como: Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Ramalho Ortigão, Ferreira de Castro, etc., que o evidenciaram como escultor. Foi autor do busto a Domingos Costa, que se encontra no Parque de La – Salette, de um outro a S. Mamede (em pedra), que se encontra na frontaria da Igreja de Madail, do painel de azulejos que se encontra na Estação de Caminho de Ferro de Oliveira de Azeméis, etc. Foi notório o seu trabalho de escultura na “Exposição do Mundo Português”, sob orientação do Capitão Henrique Galvão. Com Leitão de Barros trabalhou na “Nau Portugal” e “Cortejo Histórico em Lisboa”. A 19 de Setembro de 1950, pelo “Instituto de Alta Cultura”, foi-lhe concedida uma bolsa de estudo, visitando França, Itália e Espanha. Foi contratado pelo Ministério do Ultramar para restaurar monumentos nacionais em Angola, para onde partiu em Outubro de 1951. Em Luanda, teve actuação relevante no restauro do tecto da Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Foi, ainda, encarregado pelo Governo de Angola da representação de actividades artísticas de Luanda em Bulawayo, na Rodésia. Regressou a Portugal, doente, em 1956, data a partir da qual cessou a sua actividade artística. Em sua homenagem, Luanda consagrou o seu nome numa das ruas da cidade. E, por maioria de razão, a terra que o viu nascer.
- Rua Amândio Pereira Lucas - Ver
Nasceu em Matosinhos, em 1920, tendo vindo viver muito cedo para casa dos seus avós maternos, em S. Tiago de Riba-Ul. Casou com Maria Cândida Carvalho, filha do comerciante José Carvalho Costa, proprietário da Casa José Carvalho, estebelecendo residência na sede do Concelho. Logo assumiu a direcção da casa comercial do seu sogro, deixando por concluir o curso de Agronomia, que frequentou até ao terceiro ano. Foi vereador da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis durante a presidência do Dr. Artur Corrêa Barbosa, tendo responsabilidade em diversos pelouros, nomeadamente naqueles em que fosse necessária a sensibilização do poder central para a supressão de carências do Concelho. Foi Irmão da Santa Casa da Misericórdia de Oliveira de Azeméis durante mais de trinta anos e Provedor desde 1979 até à data da sua morte, em 1986. Exerceu vários cargos directivos em diversas Instituições e Associações locais, tais como a União Desportiva Oliveirense, a Cooperativa Agrícola de Oliveira de Azeméis, a Comissão de Melhoramentos do Parque de La-Salette, os Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis, a Edificadora de Oliveira de Azeméis, a Sociedade Columbófila de Azeméis, o Grémio do Comércio e a Associação Comercial de Oliveira de Azeméis. Participou activamente nas iniciativas de sensibilização do poder central para atribuição a Oliveira de Azeméis de importantes infra-estruturas em que, indubitavelmente, assentou o progresso da cidade, nomeadamente a Estação dos CTT, a Escola Industrial e Comercial, o Palácio da Justiça e a Estalagem de S. Miguel.
- Rua António Alegria - Ver
- Rua António Bernardo - Ver
- Rua António da Silva Novo - Ver
- Rua António da Silva Tavares (Santeiro) - Ver
António da Silva Tavares, de apelido “Santeiro”, natural de Oliveira de Azeméis, onde nasceu no ano de 1854 e aqui faleceu em 1930 com 76 anos de idade. Viveu a sua juventude numa época difícil, pois deslocava-se a pé, desde os 13 anos, ao Porto para fazer a sua aprendizagem numa oficina especializada de trabalhos em talha e escultura em madeira. De tal maneira se entregou a esta sua vocação que contagiou seu filho e neto, actualmente ligado à Arte em Madeira. Este nosso conterrâneo, hoje esquecido, dedicou-se de tal maneira ao trabalho que a Arte para ele não tinha segredos e tanto assim que ainda hoje se podem ver algumas das suas obras de vulto, nomeadamente na Igreja de Santa Cruz, em Braga. Foi, na sua época, o único entalhador de grande mérito da nossa terra, tendo dele recebido ensinamentos alguns nomes que se tornaram, mais tarde, artistas de nomeada, tais como Pedro Rocha Figueiredo e Alípio Brandão.
- Rua António Ferreira Resende (Carreto) - Ver
Homem de grande generosidade, proprietário de uma oficina de sapatos, não sendo muito abastado dividia o pouco que tinha com os pobres.
- Rua António José Pinto - Ver
Impulsionador do cinema em Oliveira de Azeméis que, com Antero da Silva formou a sociedade (Antero & Pinto), pondo o velho Teatro Oliveirense da Feira dos Onze a funcionar como cinema. Mais tarde, este homem dinâmico e empreendedor acompanhado pelo seu sócio lançaram-se na construção do Avenida-Cine.
- Rua António Marques - Ver
António Marques ou “Anthony” Marques, como era conhecido, nasceu no lugar de Figueiredo de Cima, Pinheiro da Bemposta, no dia 21 de Julho de 1924. De espírito irrequieto e empreendedor, entrou no mundo do trabalho aos 12 anos, idade com que partiu para Lisboa à procura da realização de sonhos que os limites estreitos da sua aldeia lhe impediam. Aos 23 anos parte para os Estados Unidos para aí criar e dirigir durante longos anos um dos maiores grupos de empresas de construção civil e obras públicas do Estado da Pensilvânia que deu emprego a milhares de portugueses. Apesar de absorvido nessa intensa actividade, António Marques jamais cortou o cordão umbilical que o estreitava à terra que o vira nascer e visitava frequentemente enquanto a saúde lho permitiu. E foi no ansiado propósito de prestar homenagem às origens que, tão cedo quanto as circunstâncias lho permitiram, deu realidade a um outro sonho, este o da construção, na nossa então provinciana vila, de uma moderna unidade hoteleira, coroada por restaurante panorâmico e giratório que seria o primeiro da Península. Anthony Marques atribuiria à unidade hoteleira a designação de Rock of Dighton, consagrando o nome do famoso rochedo encontrado no Rio Taunton e hoje religiosamente acolhido num museu ali bem próximo; na opinião do apaixonado investigador Dr. Manuel Luciano da Silva - um médico natural das Terras de Cambra que fez os estudos liceais no nosso antigo Colégio e também ele emigrado de há muito nos EUA - as inscrições encrostadas demonstram inequivocamente que os navegadores portugueses foram os primeiros a chegar à América, bem antes de Cristóvão Colombo. Aqui se faz, portanto, uma homenagem a um conterrâneo emigrante que amou profundamente a sua e nossa terra e a serviu generosamente ao oferecer-lhe este reconhecido veículo de promoção turística, embrião fecundo e promissor da conhecida realidade de hoje que continua a levar longe o nosso nome.
- Rua António Pinto de Carvalho - Ver
António Pinto de Carvalho, cujo nome já está consagrado há anos na toponímia da vila, é natural de Santa Maria de Ul, concelho de Oliveira de Azeméis. Foi, juntamente com sua esposa ROSA DE JESUS CARVALHO, o fundador do Asilo da Infância Desvalida. O seu objectivo era recolher todos os inválidos de ambos os sexos de 8 a 10 anos, tendo preferência os órfãos. Acolhia, também, os viandantes, cujo o estado de saúde os impedisse de continuar viagem. Para sustentar esta obra estabeleceu uma doação, que consistiu na compra da Quinta de Tonce, em Loureiro e foros anexos por 4.000$00 Reis. A estes rendimentos os doadores adicionaram outros bens, que estão exarados num livro pertencente ao arquivo do Asilo. Só esta obra de benemerência confere direito à justa homenagem que lhe prestamos ao incluir o seu nome na toponímia da vila.
- Rua António Sérgio - Ver
Nasceu em Damão, Índia Portuguesa a 3 de Setembro de 1883 e morreu em Lisboa a 4 de janeiro de 1969. Seu pai, António Sérgio de Sousa, era Capitão Tenente da Armada Real e natural de Lisboa. Sua mãe, Dª. Maria Henriques de Brito Sérgio de Sousa era natural de Pondá, Gôa, Índia Portuguesa. António Sérgio foi Ministro da Instrução em 1923. Fundou e dirigiu a revista "PELA GREI" e foi um dos fundadores da "SEARA NOVA". Grande Político e Democrata, foi considerado uma das grandes figuras mentais do Portugal Contemporâneo. Escreveu muitas obras de grande valor científico e literário, destacando-se entre elas as seguintes: "Notas sobre Antero de Quental", "Educação Cívica", "Considerações Históricas e Pedagógicas", "Educação Profissional", "O Seiscentismo", "História de Portugal", "Ensaios" (oito volumes), "Diálogo de Doutrina Democrática", "Antígona" e tantas outras que o guindaram ao 1º plano da cultura do seu tempo. Dedicou-se muito ao cooperativismo a ponto de ser considerado o Mestre do Cooperativismo em Portugal. Tendo em conta que António Sérgio era uma figura de grande relevo e por demais conhecido no campo do cooperativismo, a PROLEITE (Cooperativa de Lacticínios) sugeriu à Comissão de Toponímia que o seu nome fosse dado à rua que fica nas imediações dessa Cooperativa. A Comissão aceitou esta sugestão atribuindo o nome de ANTÓNIO SÉRGIO à rua que fica no local referido.
- Rua António Sérgio - Ver
Nasceu em Damão, Índia Portuguesa a 3 de Setembro de 1883 e morreu em Lisboa a 4 de janeiro de 1969. Seu pai, António Sérgio de Sousa, era Capitão Tenente da Armada Real e natural de Lisboa. Sua mãe, Dª. Maria Henriques de Brito Sérgio de Sousa era natural de Pondá, Gôa, Índia Portuguesa. António Sérgio foi Ministro da Instrução em 1923. Fundou e dirigiu a revista "PELA GREI" e foi um dos fundadores da "SEARA NOVA". Grande Político e Democrata, foi considerado uma das grandes figuras mentais do Portugal Contemporâneo. Escreveu muitas obras de grande valor científico e literário, destacando-se entre elas as seguintes: "Notas sobre Antero de Quental", "Educação Cívica", "Considerações Históricas e Pedagógicas", "Educação Profissional", "O Seiscentismo", "História de Portugal", "Ensaios" (oito volumes), "Diálogo de Doutrina Democrática", "Antígona" e tantas outras que o guindaram ao 1º plano da cultura do seu tempo. Dedicou-se muito ao cooperativismo a ponto de ser considerado o Mestre do Cooperativismo em Portugal. Tendo em conta que António Sérgio era uma figura de grande relevo e por demais conhecido no campo do cooperativismo, a PROLEITE (Cooperativa de Lacticínios) sugeriu à Comissão de Toponímia que o seu nome fosse dado à rua que fica nas imediações dessa Cooperativa. A Comissão aceitou esta sugestão atribuindo o nome de ANTÓNIO SÉRGIO à rua que fica no local referido.
- Rua Artur Costa Sousa Pinto Basto - Ver
- Rua Artur Escaruma - Ver
Figura típica da cidade de Oliveira de Azeméis, consertava sapatos e era estimado por toda a população local.
- Rua Artur Pereira da Silva - Ver
Artur Pereira da Silva, ou “Artur dos Lagos” como era conhecido no lugar ao qual conferiu algumas benfeitorias, nomeadamente através da cedência de terreno para a abertura da Rua que liga a Ordenha à Lomba e para a construção da recentemente encerrada Escola de Vilar.
- Rua Augusto Barros - Ver
Nasceu em Santa Maria da Feira a 25 de Novembro de 1898 e faleceu em Oliveira de Azeméis a 21 de Dezembro de 1969. Iniciou uma longa carreira ligada aos jornais, como tipógrafo, em Santa Maria da Feira, e como chefe da tipografia do “Jornal de Aveiro”, dirigido por Homem Cristo. Aqui terá começado, também, o gosto pela escrita. Enquanto cumpria o serviço militar como sargento – enfermeiro, em Lisboa, foi colaborador do jornal “A Época” (depois “A Voz”). Veio muito cedo para Oliveira de Azeméis para trabalhar no jornal “A Opinião” que dirigiu durante 48 anos. Aí tudo executava, desde o processo de escrita, composição tipográfica manual, até à dobragem e selagem. “A Opinião”, para além da defesa dos ideais do regime em vigor até 1974, marcou ainda um determinado tempo oliveirense através da defesa intransigente e polémica da região e do registo dos seus acontecimentos sociais e políticos. Autodidacta de grande curiosidade intelectual, cultivou amizades muito diversificadas que vão do homem comum a personalidades da sua época e da sua terra como António Luís Gomes (filho) e Ferreira de Castro. O “Correio de Azeméis”, salutar rival nas suas lides jornalísticas locais, durante longos anos, pela pena de José Maria Pinto, fazia-lhe a evocação na altura do seu falecimento: “(. . .) Augusto de Barros, pelo seu saber, pelo seu talento, pela sua cultura geral que era profunda, era, na realidade, um grande mestre. Apreciador de teatro e de música que durante muito tempo cultivou, foi regente do Orfeão Oliveirense e actor amador aqui em Oliveira de Azeméis e na sua terra, Santa Maria da Feira, que ele adorava.
- Rua Augusto Valente - Ver
Justa homenagem a um benfeitor da Freguesia de Oliveira de Azeméis que, para além de muito contribuir para esta enquanto seu membro, fez também parte de várias comissões e instituições locais.
- Rua Aurélio Pinho Costa - Ver
Aurélio Pinho Costa nasceu em Vila Nova de Gaia e veio muito cedo para Santiago de Riba-Ul onde ficou para sempre. Foi um distinto industrial e comerciante e com as suas iniciativas contribuiu muito para o desenvolvimento desta freguesia. Possui um carácter íntegro, honesto e irradiando simpatia, criou muitos amigos que o ajudou na criação de várias sociedades comerciais e industriais e empresas que prosperaram e deram muito movimento a esta cidade. Foi um autêntico oliveirense que serviu esta cidade como poucos e às vezes com muito sacrifício. Ocupou lugares de direcção na União Desportiva Oliveirense, na Edificadora de Oliveira de Azeméis e na Santa Casa da Misericórdia, onde foi durante muitos anos um zeloso tesoureiro. Em todas as instituições e colectividades, a sua presença impunha prestígio e bom ambiente devido à sua educação, honestidade e longa experiência de vida. Faleceu a 4 de Abril de 1983, na sua residência de Carcavelos com 84 anos.
- Rua Aveiro - Ver
Capital do distrito do qual o nosso Município faz parte, pelos menos à data da presente argumentação, uma vez que, devido a uma actual reforma administrativa, os distritos terão tendência a ser extintos, passando a ser designados por Grandes Áreas Metropolitanas. Historicamente falando a primeira referência conhecida a Aveiro data do ano de 959, onde, no testamento da Condessa Mumadona Dias, são legadas, ao Convento de Guimarães, salinas em Allavarium. A produção de sal, bem precioso para a conservação dos alimentos, e a sua situação geográfica, tornam Aveiro um importante centro marítimo e comercial, contudo, essa situação geográfica, que tanto tinha sido favorável ao desenvolvimento, acabaria por lhe causar um declínio acelerado, com o assoreamento da barra. Quando D. José I, em 1759, lhe dá o estatuto de Cidade, Aveiro tem uma população muito reduzida. Só com a abertura da Barra nova, em 1808, se verifica um novo surto de progresso, complementado com a passagem do Caminho-de-ferro, tornando a Cidade num importante pólo de desenvolvimento. É esse desenvolvimento económico que é responsável por um novo ordenamento urbano, onde as casas "Arte Nova" e os revestimentos azulejares imprimem um carácter alegre e colorido à cidade. Em 1972, a criação da Universidade de Aveiro dá origem a um novo surto de desenvolvimento.
- Rua Bairro do Centro Vidreiro - Ver
Bairro residencial dos operários do CV, que demonstra a pujança que teria esta Indústria na época e a sua importância social.
- Rua Bento Carqueja - Ver
- Rua Bento Landureza - Ver
Bento Ferreira Landureza nasceu em Oliveira de Azeméis, na Rua Direita, em 19 de Setembro de 1882. Filho de Francisco Aires Ferreira, professor do ensino primário, e de Maria da Conceição Pinheiro, seria baptizado seis dias depois na Matriz de S. Miguel, pelo Abade João José Correia dos Santos, servindo de padrinho o comerciante da Rua de Santo António, Bento Gouveia, de quem recebeu o nome. Pelo casamento com D. Albertina Ferreira da Silva Guimarães, ligar-se-ia, assim, a uma conhecida figura oliveirense. Enveredando inicialmente pela carreira comercial, foi no jornalismo regional que Bento Landureza veio a consumir as suas energias e a dar largas ao seu temperamento. Nascido no dia em que se comemorava o 36º aniversário da aparição da Nossa Senhora da La-Salette, dir-se-á que tal coincidência determinaria o entusiasmo, a generosidade e a dedicação com que integrou a Comissão Patriótica Oliveirense, inesquecível punhado de oliveirenses a quem devemos o Parque de La-Salette, orgulho de todos nós. Bebendo, desde novo, os ideais republicanos, por eles se bateu com muito empenho, esquecendo-se de si próprio e dos seus. Fundando o semanário “Correio de Azeméis” em 5 de Outubro de 1922, Bento Landureza transformá-lo-ia numa tribuna de defesa das convicções que abraçara e manteve fidelidade até à morte e dos interesses do nosso concelho, ficando notáveis algumas das campanhas a que nas suas colunas deu corpo. Durante cerca de trinta anos queimou na fornalha do jornalismo o melhor de si e até do seu património. Só a sua tenacidade e a sua inquebrantável força de vontade poderiam levar de vencida as inúmeras dificuldades que constantemente lhe levantavam, mas perante as quais nunca vergou. Entregando o facho ao filho Francisco José Landureza, o fundador do “Correio de Azeméis passaria os últimos anos de vida em Angola, junto de familiares. Regressaria a Oliveira de Azeméis pouco antes da sua morte, ocorrida em 21 de Abril de 1962. Os altos serviços prestados por Bento Landureza a Oliveira de Azeméis e ao concelho tornam a sua memória credora de respeito e da gratidão das gerações que lhe sucederam.
- Rua Bento Manuel Azevedo Teixeira Lopes - Ver
- Rua Bombeiros Voluntários - Ver
- Rua Carlos Osório - Ver
Nasceu em Oliveira de Azeméis a 5 de Dezembro de 1903 e faleceu nesta mesma cidade a 20 de Janeiro de 1980. Em toda a sua vida, Carlos Osório foi um exemplar oliveirense, indo ao encontro de todas as oportunidades que pudessem, de qualquer modo, engrandecer a sua terra. Se o seu esforço era útil para Oliveira de Azeméis, ele dava-o indiferente a canseiras ou honras que lhe pudessem surgir, aceitando humildemente aquelas para recusar estas, fazendo-o com altivez por entender que cada um tem obrigação de ser útil à sua terra, na medida das suas possibilidades. Foi dentro desta forma de pensar que procurou engrandecer a sua terra, ajudando a engrandecer as suas associações e instituições.
- Rua Cerca do Mosteiro - Ver
O topónimo “Cerca” é muito antigo e tem perdurado até hoje na tradição popular. Colocou-se, porém, à Comissão de Toponímia o problema de saber qual a natureza dessa “Cerca”, para atribuir ao arruamento um topónimo mais conciso. Ouvido o Dr. Miguel de Castro e respigando de um trabalho seu a publicar na imprensa local, os elementos justificativos abaixo apresentados, decidiu-se denominar de rua “Cerca do Mosteiro” por estar provado que cercava um pequeno mosteiro. Efectivamente, é de tradição muito remota que houve ali um mosteiro de frades, pequena comunidade monacal de alguns religiosos que se reuniam, conforme costume da época, para melhor se consagrarem aos problemas do espírito e cultivarem as terras em redor. No Portugaliae Monumenta histórica, Sricptores, T I, em “Os Livros de Linhagens” do Conde D. Pedro, Título LXIV, lê-se: “de D. Sesnado Hueris que fundou o Moesteiro d’Oliveira . . . no século XI”. Note-se que este Sesnado Hueris ou Oeiriz foi Governador de Coimbra de no século XI. No foral de D. Manuel I, dado às terras da Feira em 1514, na parte referente a Oliveira de Azeméis, há referência a um Mosteiro localizado na nossa vila, sob a designação “Casal dos Frades”. Há tempos, numas ruínas de um edifício nas imediações do lugar conhecido por “Cerca”, o Dr. Miguel de Castro encontrou uma pedra, possivelmente o braço transversal de um cruzeiro do mosteiro aí existente, que foi guardada na Câmara Municipal, em que se lê a seguinte inscrição: “JNR / qui apud Dominum”, cuja tradução é a seguinte: “Jesus Nazareno Rei dos Judeus que está junto de Deus”.
- Rua Cipriano Nunes Martins - Ver
Nasceu na Rua António Alegria de Oliveira de Azeméis em 1911. Foi um dos fundadores da UDO e do Grémio do Comércio. Dirigiu a Associação dos Bombeiros, o Asilo da Infância Desvalida, a Comissão de Melhoramentos de La-Salette e foi Irmão na Santa Casa da Misericórdia. Todo o trabalho realizado em prol das Associações por onde passou, fê-lo com extrema humildade não deixando transparecer o valor das suas realizações. Foi também Vereador da Câmara Municipal e sócio de algumas firmas comerciais de renome na nossa praça. Homem de afável trato e de reconhecida honestidade, sempre pronto a contribuir para o desenvolvimento da sua querida terra.
- Rua Comandante Carlos Carvalho - Ver
Homem de grandes qualidades e de uma personalidade bastante altruísta, terá dedicado grande parte da sua vida ao serviço dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis, nos quais iniciou a sua actividade em 1944, como aspirante, tendo integrado em Junho de 1990 o Quadro de Honra daquela corporação, como Comandante, em Junho de 1990.
- Rua Comandante João Lourenço da Silva - Ver
Foi um dos fundadores da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis. Para criar esta Associação teve de desenvolver muita actividade. Juntamente com mais dois sócios dedicados, nomearam uma Comissão para angariar fundos. Desta Comissão ficou a fazer parte o Comandante João Lourenço da Silva. Conseguiram, nessa angariação, uma importância bastante razoável no valor de 2.192$20 reis com a qual compraram máquinas, armamentos, elaboraram os estatutos e organizaram o corpo activo, ficando, assim, criada a benemérita Associação e legalmente instituída. Deu todo o seu esforço, e a sua dedicação à Associação Humanitária dos Bombeiros foi sem limites, o que tem justificado ser lembrado na toponímia da cidade, junto ao seu quartel.
- Rua Comendador António da Silva Rodrigues - Ver
- Rua Comendador Manuel Lino da Costa - Ver
Ilustre Oliveirense radicado no Brasil, para onde partiu, como muitos outros conterrâneos, para fazer fortuna. Contribuiu com avultadas quantias em prol do desenvolvimento de instituições locais, nomeadamente dos Bombeiros Voluntários e do Hospital de Oliveira de Azeméis. Teve sempre um carinho especial por todos aqueles que, como ele atravessaram o Atlântico em busca de melhores condições de vida, sendo “uma mão amiga” para os mesmos, quando, sem qualquer referência e protecção, ao outro Continente chegavam.
- Rua Comendador Seabra da Silva - Ver
A circunstância de José de Seabra da Silva ter sido agraciado com a Comenda de S. Miguel de Oliveira de Azeméis, por Decreto de 02/03/1779, e de este Comendador ter contribuído para que D. Maria I tivesse honrado esta Comenda com a mercê de Vila em 1799, cujo alvará ele assina, leva-nos a sugerir seu nome para uma placa numa rua desta cidade. Realmente trata-se de um notável homem de Estado e de uma conhecida figura de certo peso e relevo na História Nacional, não só pelo seu papel de Ministro de Estado e Adjunto do Marquês de Pombal, em cuja desgraça caiu, mas ainda pelos vexames e perseguições de que, inocentemente, foi alvo, como nos dão a conhecer os factos da sua época e todas as obras e enciclopédias, entre as quais a “Nova Carta Chorográfica de Portugal” do Marquês d’Ávila e Bolama, vol. II, p. p. 387-396. Nasceu a 3 de Outubro de 1732 em Vilela (Paços de Ferreira) e faleceu a 13 de Março de 1813 na Figueira da Foz, sendo filho de Lucas de Seabra da Silva e de sua mulher D. Josefa de Morais Ferraz. Formou-se em leis pela Universidade de Coimbra com tal classificação que o Marquês de Pombal, que assistiu ao seu exame, logo o nomeou Desembargador da Relação do Porto e depois seu secretário, vindo, depois, a ser Procurador da Coroa, Guarda – Mor da Torre do Tombo, entre outros lugares importantes, não obstante tivesse sido destituído do Governo por duas vezes e desterrado para Angola. Sabe-se mesmo que cedeu a sua condecoração de Comendador de Oliveira de Azeméis em benefício da terra, não chegando nunca a receber os 2.500 cruzados que ela rendia e deixando-os para obras da Igreja. Cremos, por isso, que merece ser perpetuado o seu nome numa rua da cidade.
- Rua Comissão Patriótica - Ver
Em 1870, assolando o País uma temerosa seca, lembraram-se os habitantes de Oliveira de Azeméis de exorar a misericórdia divina, fazendo uma esplêndida função religiosa na sua Igreja Matriz: levaram o seu santo Cristo, primor artístico, em procissão de penitência, até ao cimo do Outeiro do Crasto, ao nascente da cidade, em 5 de Julho, e ali, num edificante sermão alusivo ao objecto, foi exposta a ideia concebida pelo Reverendo Abade João José Correia dos Santos, de se construir neste local uma capela sob a invocação de Nossa Senhora de La-Salette. Adoptada a ideia com entusiasmo , deu-se começo ao projecto, mas só depois de variadas vicissitudes é que a imagem da Senhora, vinda do Porto, foi solenemente benzida em 19 de Setembro de 1875. Passados ainda cinco anos, concluída a capela, dotada e satisfeitos os demais requisitos, tratou-se da transladação da Senhora, que se achava na Igreja, para a sua ermida no Outeiro do Crasto. Nunca Oliveira de Azeméis viu tamanha expansão religiosa como quando se tratou desta cerimónia, que se verificou no dia 19 de Setembro de 1880. Daí em diante, a festa anual à Virgem de La-Salette, no primeiro Domingo de Agosto, tem sido quase sempre revestida de maior pompa. Mais tarde pensou-se em aumentar as dimensões da capela, para o que foi esboçado, generosamente, um projecto pelo nosso patrício, o distinto Eng. António Tomás Ferreira Cardoso, projectando-se também transformar num parque o Outeiro onde a capela assenta, sendo o projecto deste parque generosamente feito pelo ilustre Director dos Jardins Municipais do Porto, Jerónimo Monteiro da Costa e por seu filho, o distinto arquitecto – projectista José Monteiro da Costa. Para a realização desses melhoramentos constituiu-se uma comissão, que se denominou Comissão Patriótica Oliveirense e principiou por conseguir de muitas pessoas o pagamento da contribuição de vinte reis semanais. Foi assim que esta Comissão, imbuída de grande amor à sua terra, nos legou o Parque de La-Salette, a sala de visitas de Oliveira de Azeméis.
- Rua Conceição Rosa Pereira - Ver
Distinta proprietária de uma fábrica de calçado em Lações, terá conseguido, após a morte do seu marido que estava à frente dos destinos da empresa, governar a mesma, chegando até aos nossos dias de geração em geração.
- Rua Conde Santiago de Lobão - Ver
- Rua Conselheiro Araújo e Silva - Ver
- Rua Conselheiro Boaventura de Sousa - Ver
- Rua Conselheiro Boaventura de Sousa - Ver
- Rua Conselheiro Serpa Pimentel - Ver
- Rua Constantino Dias de Carvalho - Ver
Dos mais destacados beneméritos Oliveirenses, ainda que um tanto sonhador. Ansiou grandes melhoramentos para Oliveira de Azeméis, mas de tão humilde que era, não conseguiu os apoios necessários. Trabalhador e disponível, não será facilmente esquecido por todos os que com ele privaram. A sua dedicação à terra perpetuou-se para além da morte, através do testamento que deixou, legando a maior parte da sua fortuna para a instalação da Casa – Museu Regional de Oliveira de Azeméis.
- Rua Coronel Engenheiro José Luciano da Silva Cravo - Ver
- Rua D. Afonso Henriques - Ver
- Rua D. Diva Abreu Freire - Ver
Diva Morais da Silva de Abreu Freire, nasceu em 1910 em S. Martinho da Gândara. Senhora de grande generosidade, que após a criação da Escola Cantina, em 1945, contribuiu activamente, como braço direito do Dr. António Luis Gomes, na criação da Obra Social de São Martinho da Gândara, instituição pioneira para a época, que se distinguiu no âmbito da acção social realizando diversas iniciativas sempre com o intuito de ajudar o próximo e de minimizar o sofrimento dos mais desfavorecidos. Foram estas, aliás, as grandes premissas que orientaram esta benemérita durante toda a sua vida. Faleceu em 27 de Julho de 2002, deixando, para além de muita saudade, sentida por todos os que com ela conviveram, a concretização e a perpetuação de uma Obra de grande vulto e reconhecimento.
- Rua D. José de Castro Lemos - Ver
José Maria de Castro e Lemos, popularmente conhecido por D. José do Côvo, como o recordam ainda hoje os menos jovens, foi uma figura peculiar, “desprezando as comodidades modernas do seu tempo, como por exemplo o telefone e a energia eléctrica”. É ainda o Padre Pereira da Costa, visita assídua da casa, que se lhe refere: “Generoso e amigo dos pobres, um dia por semana, às quartas-feiras, franqueia-lhes a quinta e socorre-os com frequência nas suas necessidades, procurando evitar sempre qualquer sinal de publicidade; é ainda obsequioso, amável e delicado, revelando uma grande nobreza de alma”. José Maria de Castro e Lemos, 13.º titular da Casa do Côvo, faleceu, solteiro, em 18 de Janeiro de 1955, aos 71 anos de idade, sendo os bens repartidos pelos dois únicos sobrinhos, filhos do irmão Juiz Desembargador Dr. Sebastião Maria de Castro e Lemos.
- Rua D. Luís - Ver
D. Luís I nasceu no Palácio das Necessidades, a 31 de Outubro de 1838, tendo recebido o nome de Luís Filipe Maria Fernando Pedro de Alcântara António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando, e morreu na Cidadela de Cascais, a 19 de Outubro de 1889. Filho segundo de D. Maria II (1819-1853) e de D. Fernando III (1816-1885), assumiu o governo a 14 de Outubro de 1861, tendo casado com D. Maria de Sabóia. Era primorosamente educado, com temperamento de literato e artista. Embora tivesse dominado a paz no reinado, houve um levantamento de tropas, em 1862 e em finais de 1867 o movimento da Janeirinha e em 19 de Maio de 1870, o duque de Saldanha impôs a demissão do governo, e passou a assumir a presidência do novo ministério. O reinado de D. Luís assinalou-se materialmente pelo progresso, socialmente pela paz e pelos sentimentos de convivência e politicamente pelo respeito pelas liberdades públicas, intelectualmente por uma geração notável (Eça de Queiroz, Antero de Quental, etc.). Pretende-se com esta atribuição toponímica, não só a homenagem a este monarca, como também o registo da visita por ele feita à Fábrica de Papel do Caima.
- Rua D. Manuel II - Ver
D. Manuel II (1889-1932) este jovem Rei, passou por Cucujães por altura da inauguração da Linha do Vale do Vouga, isto em 1908, primeiro ano do seu curto reinado, que veria o fim com a implantação da República.
- Rua da Abelheira - Ver
Abelheira, do latim “Apicularia”, significando “ninho ou esconderijo de abelhas nos troncos de árvores ou buracos das paredes”, foi o nome dado, por tradição imemorial, ao espaço envolvente que vai do antigo lugar e hoje rua de Paços até à passagem de nível, abrangendo ainda a área da rua Manuel José da Silva. Antes da urbanização da zona era um lugar inóspito (só muito recentemente é que o seu nome figura nos livros de registo paroquial da Matriz, sinal de que antes não havia casas) e inacessível, como se diz na biografia do referido Manuel José da Silva, por ficar nas vertentes do Castelhão, outro curioso topónimo que desapareceu da nossa Toponímia, para dar lugar ao cemitério local. Dadas, porém, as características topográficas do lugar e o facto de Oliveira de Azeméis se ter feito à custa do trabalho conjugado e persistente do seu povo, como acontece com o trabalho das abelhas, pois inicialmente tanto a sede como este lugar não passavam de lugares ermos e abandonados aos insectos e às feras (consta, aliás, que aqui se chegou a refugiar um famoso javali, segundo notícias dos jornais dos finais do século XIX), dar o nome de Abelheira a lugar com tais características é, de algum modo, contribuir para que tal tradição, bem curiosa, não morra por completo. Oliveira de Azeméis, 24 de Abril de 1985.
- Rua da ACREV - Ver
Fundada em 1978, a Associação Cultural e Recreativa de Vilar, grande motor do associativismo local, dedica-se essencialmente ao ciclo turismo, mais recentemente ao pedestrianismo, fazendo ainda parte desta instituição um Grupo de Cavaquinhos. É também de salientar que foi esta associação que deu origem ao Cortejo de Carnaval de Oliveira de Azeméis.
- Rua da Bela Vista - Ver
Tal como o topónimo objectiva e literalmente nos indica, esta rua está implantada numa zona de cota alta com uma vista aprazível sobre a cidade.
- Rua da Cachana - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo à ancestral designação. A Rua da Cachana localiza-se em terrenos que pertenceram outrora à conhecida Quinta da Cachana.
- Rua da Cantina - Ver
Cantina, que nunca chegou a funcionar, estava destinada a servir os funcionários do Centro Vidreiro e localizava-se na rua sem saída à qual se atribui este topónimo.
- Rua da Comenda - Ver
Instituída a 01/06/1517 por Bula do Papa Leão X a pedido do rei Venturoso D. Manuel I, a Comenda de S. Miguel de Oliveira de Azeméis, sujeita a Real Ordem Militar de Cristo, com sede no Templo de Tomar, não passaria de simples “benesse”, como tantas outras, se se limitasse a usufruir o título ou a servir apenas de fonte de receita para as expedições ultramarinas desenvolvidas pela Escola de Sagres. Felizmente, porém, embora se estipulasse que devia render 218.320 reis anuais para a dita Ordem de Cristo, tal instituição não resultou tanto em favor daquelas instituições ou da referida Ordem, mas e sobremodo em favor da própria terra em que tal Comenda foi instituída, já porque foi concedida como mercê a titulares sem ambições e de grande peso na nossa história (cujo título não os engrandeceu, mas antes a terra beneficiada), já porque o último titular desta Comenda, Conselheiro José Seabra da Silva, fez com que tal benefício desse lugar à Vila de Oliveira de Azeméis, como se disse noutro lugar. Assim sendo e dado verificar-se que foi a partir da criação desta Comenda que Oliveira de Azeméis começou a surgir para a história como centro populacional em franco progresso (apesar de não ser então reconhecida com direito a foral, como o foi o Pinheiro da Bemposta nessa altura), a ponto de, já em 1716, ter tentado obter a categoria de Vila, o que veio a obter no mesmo século. Ligar o nome deste desaparecido título a uma rua, cuja área fazia parte do antigo Tombo da Comenda de S. Miguel de Oliveira de Azeméis, é, de certo modo, consagrar a importância do título, como acontece, aliás, no próprio brasão do município, em que o mesmo facto está simbolizado nas cruzes de Cristo.
- Rua da Cruz Vermelha - Ver
Este topónimo deve-se à localização, nesta rua, do Edifício onde funcionou, durante alguns anos o núcleo da Cruz Vermelha em Oliveira de Azeméis. O núcleo local deste movimento internacional, agora apenas representado na sua vertente de formação, com a criação da Escola de Enfermagem, teve uma forte participação, na nossa freguesia, nas valências da Acção Social, Socorrismo e Transporte de Doentes. Para dar continuidade e expansão a este projecto a Escola de Enfermagem será instalada, definitivamente, no edifício referido, designado por hábito antigo, como Edifício do Antigo Quartel da GNR.
- Rua da Escola - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo à existência de uma Escola Primária, actualmente designada por Escola Básica de Lações, nesta rua.
- Rua da Fábrica dos Botões - Ver
Fábrica que terá existido, assim como a fábrica da cerâmica, nas imediações do Parque de La Salette, junto à conhecida Casa das Heras e se dedicava à produção de botões de vidro. Comercialmente designada por Sociedade Industrial Vidreira de Azeméis Limitada – SIVAL, foi propriedade de Domingos José de Pinho, Narciso Ferreira Tavares e António Abreu. Esta empresa, após a II Guerra, devido ao surgimento dos botões de plástico, entrou em recessão tendo os proprietários da mesma optado pela produção do vidro corrente. Posteriormente e uma vez que o Centro Vidreiro do Norte de Portugal detinha a exclusividade da produção do vidro, a SIVAL acaba por ser adquirida pelo Sr. Mateiro.
- Rua da Fonte do Barreiro - Ver
Este topónimo alude não só ao facto de no local, onde se situa o referido arruamento, existir uma fonte, mas também pela propriedade barrenta dos terrenos.
- Rua da Galiza - Ver
A atribuição deste topónimo, como é evidente não tem nenhuma ligação lógica ou formal com o lugar de cidacos, pretende-se apenas fazer uma alusão ou de uma certa forma uma homenagem às excelentes relações que existem entre o nosso município e aquela província do norte de Espanha.
- Rua da Imprensa Oliveirense - Ver
A nossa imprensa local, que tantos e assinalados serviços tem prestado ao concelho e ao seu povo, é digna de figurar na nossa toponímia. Com um longo historial na vida do concelho já desde os primórdios deste século, teve como órgãos de informação o “Jornal do Povo”, “O Oliveirense”, “O Radical”, e a “Opinião”, jornais que hoje já não se publicam, com excepção do “Opinião”, que vendido a outra empresa, deixou de fazer parte da nossa imprensa local. Em 1922 foi fundado o “Correio de Azeméis” e, mais tarde, o “A Voz de Azeméis”, o “Jornal de Cucujães” e o “Azemel”. A imprensa oliveirense é uma imprensa bastante rica e muito tem contribuído na informação e formação para o progresso e engrandecimento do concelho e para a expansão do seu nome no país e além fronteiras.
- Rua da Indústria - Ver
Oliveira de Azeméis, com a demarcação da sua zona industrial possui uma área onde se têm instalado uma série de indústrias que têm já um grande reflexo na economia nacional e onde trabalham muitas centenas de famílias. Devido ao facto do Concelho de Oliveira de Azeméis, ter uma forte componente de indústria, decidiu-se assim homenagear este sector de actividade, atribuindo esta designação a uma artéria situada na própria Zona Industrial de Oliveira de Azeméis.
- Rua da Lomba - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo à antiga designação do lugar e pelo facto de o mesmo ter essa configuração topofráfica.
- Rua da Marinha Grande - Ver
Cidade geminada com Oliveira de Azeméis a 7 de Outubro de 2002, devido às afinidades ligadas ao desenvolvimento das indústrias do vidro, moldes e plásticos. Os laços que ligam esta cidade com o nosso Município terão ficado ainda mais estreitos devido ao fluxo de recursos humanos e de trocas de experiências de funcionários da indústria vidreira que partiram de Oliveira de Azeméis para a Marinha Grande e vice-versa com o intuito de se estabelecerem na arte do vidro, quer numa, quer noutra localidade. Pouco se sabe da história da Marinha Grande do séc. XV e séculos anteriores. Todavia alguns autores consideram que os primeiros habitantes terão ido para esta localidade para se encarregarem da vigilância do Pinhal, estando na origem dos primeiros marinhenses. No aglomerado da Marinha Grande, a população terá crescido, em cerca de dois séculos (de 1527 a 1712), de 80 para 548 habitantes. No século XVIII, a Marinha Grande e área envolvente ganha uma nova dinâmica, com a fixação e o desenvolvimento da indústria vidreira. De facto a transferência, em 1747, da fábrica de vidros de Coina para a Marinha Grande e a fundação em 1769 da que viria a ser designada Fábrica Nacional de Vidros, liderada na sua primeira fase por Guilherme Stephens, constituem marcos muito importantes nessa dinâmica.
- Rua da Ordenha - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo à rua em questão devido à existência de uma ordenha naquele local, propriedade de Carlos Oliveira Amorim, popularmente conhecido no lugar por “Paulino”.
- Rua da Pedreira - Ver
Antigo Topónimo do lugar. O Lugar onde se situa esta rua, terá sido sempre designado pelos seus habitantes como "Lugar da Pedreira", devido à existência de uma pequena pedreira no local.
- Rua da Portela - Ver
Portela, situada no trajecto da velha Estrada Mourisca que vinha de Lisboa para o Porto, também designada por Estrada Medieval, depois Estrada Real e Nacional, é um dado histórico – toponímico de reconhecido interesse e valor não só para a perfeita identificação das antigas vias, mas ainda para a história local, visto apelar para “entrada em povoado castrejo”, ou em cidade antiga. Ora, dado que houve nas Terras de Santa Maria uma cidade (“Ciuitas”) chamada “Portela”, que há quem situe no Crasto da Portela de Romariz e, dado que aqui na sede no morro do Castilhão, hoje cemitério e Pavilhão da Escola Livre, também teria havido um crasto cujo nome se ignora, conservar o nome deste topónimo pré – histórico no seu preciso lugar que é a rua que vem da casa do Alméu, em Macinhata da Seixa, para o Largo do Cruzeiro, é contribuir para que tal tradição se não perca e possa servir de pista para ulteriores descobertas arqueológicas. Oliveira de Azeméis, 24 de Abril 1985.
- Rua da Presa do Arco - Ver
Dá nome a esta rua uma construção existente no local, concebida para suportar a estrada.
- Rua da Relva - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo à rua em questão devido à ancestralidade da designação do lugar onde o mesmo se situa. É mais um exemplo de uma tradição popular, que dificilmente se consegue apurar a sua origem.
- Rua da Urtiga - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo à designação da antiga Quinta medieval que aqui existiu e mais recentemente ao lugar onde a referida rua se localiza. Devido à ancestralidade da origem deste nome e sua referência à Quinta da Urtiga não nos foi possível averiguar o seu significado, sabendo-se, no entanto, que esta seria uma das mais prósperas casas de lavoura da época.
- Rua das Aldas - Ver
Aldas é um curioso topónimo que Santa Rosa de Viterbo, no vocábulo ALNA do seu Elucidário, aponta como proveniente do gótico Alina, côvado, vara, medida linear de três palmos (aplicado à medição de tecidos e terrenos), e que Joseph Piel, nos seus “Nomes Germânicos”, dá como proveniente de ALDS (tempo) ou de ALTHEIS (velho). Contudo, e sem pretender desacreditar tão autorizados autores, acho que as razões alegadas são demasiado simplistas, para se aplicarem à toponímia sem documentos comprovativos, sobretudo a segunda hipótese, por os topónimos de origem germânica se formarem, normalmente, a partir do genitivo e aqui se verificar a existência dum acusativo do plural. Supomos, por isso e porque a natureza do solo o sugere, tratar-se de um divergente popular do étimo latino “ARIDAS”, terras secas, impróprias para a cultura, cuja evolução se explica por síncope do “i” inter – vocálico e pela vulgar permuta das consoantes líquidas “r” em “l”, como sucedeu em Ur que deu Ul e em Ourives que deu origem a Oulives. Mas isto não significa que rejeitemos “in limine” a hipótese de ter origem no antropónimo germânico masculino ALDILA (não Ilduara, como há quem sustente), que se documenta no nosso Onomástico em 939 e que, além de dar origem a ALDÂO, também pode dar origem a ALDAS, através de uma pluralização familiar. Em tais circunstâncias, e tendo em conta o lugar rústico que abrange nas imediações da Portela, Reguengo e Alméu, bem como o facto de existir na cidade do Porto uma rua com o mesmo nome, é claro que estamos em face de um topónimo de real valor filológico e que deve manter-se para que não se apague de todo a tradição do antigo povoamento local e assim se vinque a feição histórica deste lugar.
- Rua das Padarias - Ver
Deve-se este topónimo, à existência no local da “União de Padarias”, empresa esta que faz o abastecimento de pão de algumas das padarias da região.
- Rua de Cidacos - Ver
Cidacos é para Oliveira de Azeméis o nome de lugar talvez mais carregado de significado e, portanto, de interesse histórico. Basta, aliás, ter em conta que já nas Inquirições Afonsinas ele aparece como “HONRA” e o sítio mais povoado da freguesia. Por outro lado, a filologia aponta-o como um nome antroponímico de origem árabe, formado de “SIDI”, que, naquela língua, quer dizer SENHOR, a que se juntou o sufixo –ACO pluralizado, com o significado de domínios, prédios ou atributos especiais atribuídos ao senhor, como vulgarmente sucede em nomes familiares (sirva de exemplo MAROCAS, de Maria + ocas, a apelar para a feição gorda da pessoa assim chamada). O étimo SIDI deu CID e ZIDI ou ZIDE, nomes que aparecem vulgarmente no nosso Onomástico Medieval a partir de 907. Aliás, assim se chamou o famoso Rui Dias de Bivar, o Campeador (1030 – 1099), herói moçarebe da Península, e é muito crível que aqui se tivesse fixado e dominado também um Cid e sua família, a quem os cristãos ou moçarebes chamariam “Cidacos”, querendo assim significar “domínios de Cid”. Não há, por isso, quaisquer razões para se defender que este topónimo tenha origem em “Civitas + Aquae”, mas as razões apontadas são mais que suficientes para se conservar o topónimo e estampá-lo numa placa de rua, na área envolvente do respectivo lugar.
- Rua de Fonte Joana - Ver
Entendeu esta comissão atribuir o nome de Fonte Joana a uma rua do lugar do mesmo nome. Embora desconheçamos a sua origem, somos forçados a admitir que algum facto originou a atribuição deste nome ao lugar. Segundo pessoas mais idosas referem existir ali uma fonte (que ainda hoje existe) numa propriedade de uma família muito abastada, cujo proprietário se chamava D. Joana. Segundo contam as mesmas pessoas, todo o lugar de Fonte Joana era pertença dessa família, que possuía, também, outras grandes propriedades noutras povoações. Toda esta fortuna se foi desfazendo através dos tempos. Não sabemos a data exacta em que viveu essa família. A referida fonte foi posta ao serviço do público pela proprietária e depreende-se que se chamasse Fonte Joana. Embora não corresponda à verdade esta história, julgamos que deveríamos perpetuar o nome do lugar numa das ruas por tradição histórica.
- Rua de Lações - Ver
É o nome do antiquíssimo e importante lugar da nossa cidade, pois deve remontar ao século IX ou princípio do século X, depois da primeira Reconquista Cristã. Foram quintas ou terrenos tomados de presúria, depois da fuga dos mouros para o sul. Como os lavradores ou habitantes das mesmas herdades necessitaram, para a sua assistência espiritual, de uma capela ou ermida, foi construída pelo Conde Betotes, chefe militar e dono de latifúndios na nossa região, um pequeno templo com a invocação de S. Miguel que já era padroeiro da primitiva igreja, chamada S. Miguel de “Ulveira”. O nome de Lações é proveniente de “Dezanos” que significa habitantes de Deza, centro habitacional de cristãos na região da Galiza e que marcharam para o sul e se fixaram na nossa região, ao virem incorporados nos exércitos cristãos capitaneados por Afonso I, das Asturias.
- Rua de S. Bartolomeu - Ver
Há referências, ainda que bastante remotas, que terá existido em Lações uma capela com a invocação de S. Bartolomeu. O recente restauro, a que foi sujeito o retábulo principal da Igreja Matriz de S. Miguel veio trazer mais um argumento para esta suposição, uma vez que, no miolo da pedra que está por detrás do referido retábulo se encontrou uma imagem que nos sugere ser alusiva a S. Bartolomeu.
- Rua de S. Lourenço - Ver
A atribuição deste topónimo justifica-se pela existência, naquele lugar, de uma capela de devoção a S. Lourenço. É de salientar uma pequena imagem de S. Lourenço, de calcário, datado do séc. XVII. O edifício está implantado num plano superior e desafogado. É relativamente grande, tendo sido construído nos últimos anos do século passado. Tanto o edifício como retábulo foram inspirados no tipo regional. É de salientar uma pequena imagem de S. Lourenço, de calcário, datado do séc. XVII.
- Rua de Santa Rita - Ver
A atribuição deste topónimo justifica-se pela existência, naquele lugar, de uma capela de devoção a Santa Rita, defronte da Capela de S. Loureço. Datado de 1709, metido e escondido entre construções, é um edifício diminuto e baixo, com o chão lageado com gneisse e com porta rectangular.
- Rua de Vilar - Ver
Do latim vulgar villãre, que significa “povoação”, deve-se a atribuição deste topónimo à rua em questão devido à ancestralidade da designação do lugar onde a mesma se situa. É mais um exemplo de uma tradição popular, que dificilmente se consegue apurar a sua origem.
- Rua do Açude - Ver
Antiga designação da referida rua, pelo facto de a mesma atravessar o açude do Moinho do Meio.
- Rua do Alto da Fábrica - Ver
- Rua do Arquitecto Aristeu Ravásio - Ver
Natural de S. Martinho da Gândara, o arquitecto Aristeu Ravásio foi autor de vários projectos que deram origem a algumas edificações, de traça um tanto arrojada para a época, no concelho de Oliveira de Azeméis.
- Rua do Calvário - Ver
Como o perfil da rua cobre o itinerário presumível da via sacra e vai desembocar no Calvário, topónimo medieval que designava o local onde os fiéis representavam e comemoravam o sacrifício de Jesus Cristo, a Comissão de Toponímia escolheu para este arruamento o nome de Rua do Calvário, designação aliás ainda mantida pela tradição oral e documentos antigos.
- Rua do Castelhão - Ver
O nosso cemitério começou a construir-se em Junho de 1860 e, no chamado Alto do Castelhão, fizeram erguer precisamente no seu topo, em Janeiro de 1863, uma capela, que ainda hoje existe e que praticamente foi transferida da que estava implantada na antiga Praça dos Vales, hoje o nosso Jardim Público, e com a mesma invocação de Nossa Senhora do Carmo. Os terrenos pertenciam aos herdeiros do então Capitão – Mor de Milícias de Oliveira de Azeméis, José Lino Pires, ascendente histórico da família oliveirense do mesmo nome. Ainda, por vezes, as pessoas de idade da nossa cidade dizem, quando se sentem mal de saúde, que já estão em condições de "ir andando para o seio do Castelhão”. Sou da opinião que este monte (que é alto, visto do lado de Lações) foi assento de um castro neolítico, cerca de 3.000 anos antes de Cristo, pertencente, certamente, ao povo Pésure, que nessa recuada época habitava a nossa região. A comprovar este facto está a tradição, pois significa “altura fortificada”. Não há, desse período pré-histórico, documentos escritos, como é óbvio, mas existem provas lícitas (machados de pedra polida) e o facto comprovado de os romanos, quando ocuparam a nossa região, terem construído a via romana que contornava o dito castro na sua caminhada para o norte. Esta fortaleza seria abastecida, naturalmente, pelo pequeno curso de água que corre na sua base e que se chama a Ribeira.
- Rua do Centro Vidreiro - Ver
Homenagem mais do que justa à empresa localizada no lugar de Lações, na freguesia de Oliveira de Azeméis, que durante décadas ali funcionou sendo um motor do desenvolvimento local, quer em termos económicos como sociais, uma vez que empregava um grande número de pessoas. Como já muito foi dito, mas importa não esquecer, Oliveira de Azeméis foi pioneira, a nível nacional, na arte de trabalhar e produzir o vidro.
- Rua do Cruzeiro - Ver
- Rua do Emigrante - Ver
Ao pequeno arruamento ao lado da Câmara Municipal e na continuação do recinto onde está uma escultura ao emigrante, decidiu a Comissão de Toponímia dar o nome de Rua do Emigrante. Duas razões importantes estão na base da decisão: O arruamento pode considerar-se uma espécie de prolongamento do recinto onde se ergue a referida escultura; outra razão, a mais importante, foi a determinação convicta da Comissão de Toponímia homenagear todos os emigrantes que, mourejando longe da sua Pátria, nunca esqueceram a sua terra, antes, a sua ausência frutificou em carinho e em muitas e variadas realizações em prol do progresso da sua terra natal. É da observação de todos os oliveirenses a série de construções urbanas de melhoramentos e benemerência que, por todas as freguesias do nosso concelho e por esse Portugal fora, nos dão a verdadeira imagem do Emigrante Português, de trabalho e dedicação à sua terra. É este Emigrante que o novo topónimo pretende homenagear.
- Rua do Guizo - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo ao arruamento em questão devido à ancestralidade da designação do lugar onde o mesmo se situa. É mais um exemplo de uma tradição popular, que dificilmente se consegue apurar a sua origem. È de referir contudo que poderá esta nomenclatura estar baseada na remota existência de uma planta, da família das leguminosas, que apesar de originária da América do Sul e Central, dá-se em zonas húmidas e alagáveis como é o caso do lugar em questão.
- Rua do Moinho do Meio - Ver
Situa-se sobranceira à margem do Rio Antuã e atribui-se este topónimo ao facto de, nas imediações, existirum moinho, actualmente inactivo, ao que desde sempre os locais o designaram por Moinho do Meio.
- Rua do Porto de Carro - Ver
Antiga designação do lugar onde se situa esta rua, foi durante muitos e longos anos um local de paragem de diligências de carros puxados por animais que por aqui circulavam para efectuarem as suas trocas comerciais.
- Rua Domingos José da Costa - Ver
- Rua dos Combatentes - Ver
- Rua Doutor Agostinho Gomes - Ver
Agostinho Gomes nasceu na freguesia de Couto de Cucujães a 07 de Janeiro de 1918 e faleceu a 11 de Julho de 1998 em Mafamude, Vila Nova de Gaia. Após a instrução primária e secundária, frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde concluiu a licenciatura em Filologia Românica e o curso de Ciências Pedagógicas, exercendo professorado em diversos estabelecimentos de ensino. Para além da colaboração em diversos jornais e revistas como autor literário, está integrado em diversas antologias e foi traduzido e objecto de críticas literárias em França, Bélgica e Espanha tendo publicado vários livros destacando-se como poeta.
- Rua Doutor Alfredo Ferreira Cortez - Ver
Grande dramaturgo dos inícios deste século. Nasceu em Estremoz em 1880 mas foi na Rua António Alegria da nossa então vila, na companhia de sua esposa, D. Dulce Maria de Carvalho Lopes Godinho e das suas quatro filhas que viveu durante vários anos e aí escreveu a maior parte da sua obra. De destacar, pela qualidade cénica e literária, as obras de sua autoria como Tá-Mar (1936), Saias (1938), Baton (1936) e Lás-Lás (1940).
- Rua Doutor Ângelo Marques Pinheiro - Ver
Homem de grandes qualidades, quer pessoais quer profissionais, foi o primeiro pediatra do Hospital de Oliveira de Azeméis, cargo que exercia com distinção a par das funções de director do respectivo Serviço de Pediatria. Colaborou também na Administração Regional de Saúde e na Caixa de Previdência local.
- Rua Doutor Aníbal Beleza - Ver
- Rua Doutor Aníbal Cardoso Freitas - Ver
Médico ilustre da prestigiada Família Freitas, combateu na Grande Guerra de 1914 a 1918 de onde regressou bastante doente, o que o levou à morte bem cedo. Contudo foi ainda um dos mais activos fundadores da Liga dos Combatentes de Oliveira de Azeméis, tendo sido seu presidente e responsável pelo Monumento aos Mortos da Grande Guerra.
- Rua Doutor António Luís Gomes (Pai) - Ver
- Rua Doutor António Luís Gomes(Filho) - Ver
Era formado em Direito, insigne pensador, orador brilhante e fluente. Exerceu advocacia e foi juiz de vários Tribunais Cíveis, de Contribuição e Impostos, Director Geral da Fazenda Pública, Secretário Geral do Ministério das Finanças e, interinamente, Secretário Geral da Presidência da República. Foi aposentado como Administrador do Banco de Portugal. Foi um republicano impoluto e um democrata esclarecido que conquistou renome nacional, não obstante a sua demarcação política do governo reinante. Foi nomeado Professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, escola que prestigiou com o seu saber e independência. Foi grande Humanista, Investigador e Conferencista, que ilustrou muitas sessões literárias e científicas de Academias, Universidades e outras instituições de cultura. Do vasto repertório de artigos e conferências pronunciadas pelo ilustre oliveirense, destacamos alguns títulos: “TRADIÇÕES DE SÉCULOS NUMA REALIZAÇÃO ACTUAL”- conferência no Salão Nobre do Ateneu Comercial; “OVAR – A FAUNA E O HOMEM”- conferência na Câmara Municipal de Ovar em 4 de Abril de 1954; “MALHÔA – O GRANDE”- artigo na Gazeta das Caldas em 15 de Maio de 1955; “TERRAS DO ALTO MINHO”- conferência na Câmara Municipal de Viana do Castelo em 26 de Julho de 1954; “A PROPÓSITO DE MALHÔA - IDEAL NA ARTE IDEAL NA VIDA”- publicação com prefácio do Prof. de Arte Dr. Reinaldo dos Santos; “LIVROS RAROS QUINHENTISTAS DA BIBLIOTECA DE VILA VIÇOSA”; “JUVENTUDE GLORIOSA”- conferência no Seminário dos Franciscanos em 2 de Fevereiro de 1955; “O SENTIMENTO E A VONTADE EM SANTO AGOSTINHO”- conferência na Igreja de Santo Agostinho em Leiria, em 3 de Maio de 1955; “DOMÍNIO DO FACTOR HUMANO NA VIDA SOCIAL”- conferência na Câmara Municipal de Braga; “UNIVERSITÁRIOS DE COIMBRA,GESTORES MUNICIPAIS”- conferência na Câmara Municipal de Coimbra;“D. MANUEL II, UNIVERSITÁRIO E INVESTIGADOR”- lição inaugural do Curso de Férias da Faculdade de Letras de Coimbra em Julho de 1957; “D. CARLOS I E D. LUIS FILIPE”- Fevereiro de 1958; Em 1945 fundou a Obra Social de S. Martinho da Gândara, para a qual escolheu como patrono o nome de seu pai, cuidando assim de se eximir a possíveis honrarias. A esta Obra Social dedicou todo o seu carinho e para ela canalizou benemerência e apoios de amigos que garantiram a sua sobrevivência, já que a obra nunca foi subsidiada pelo Governo (mercê da independência do Dr. António Luís Gomes em relação Governo). Esta Obra Social, à qual a freguesia de S. Martinho da Gândara e o Concelho de Oliveira de Azeméis muito deve, projectou-se em diversas realizações. Em Janeiro de 1953, dotou a Obra Social de uma escola infantil para crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 6 anos; em 1952 criou a Aula de Instrução Primária para adultos e, também em 1952 criou cursos móveis de Agricultura, Pecuária e de Silvicultura, entre outros. A Obra Social é dotada de uma biblioteca, enriquecida com publicações periódicas, revistas, jornais, obra de carácter agrícola e de cultura geral. Tem assistência clínica com consultas para adultos, pediatria, puericultura, visitas médicas domiciliárias, análises, radiografias. É relevante a assistência escolar da Obra Social: a cantina escolar distribui uma refeição quente às crianças das quatro escolas da freguesia, fornece livros, artigos escolares e bolsas de estudo ao abrigo das quais muitos oliveirenses têm completado cursos universitários. Por estas e por outras razões se impõe que o nome do Dr. António Luís Gomes identifique um arruamento de Oliveira de Azeméis.
- Rua Doutor António Maria Pereira Vilar - Ver
- Rua Doutor Artur Correia Barbosa - Ver
- Rua Doutor Basílio Lopes Pereira - Ver
- Rua Doutor Domingos Nunes Delgado - Ver
Médico de extrema competência, de bom carácter e de elevado aprumo profissional, chegando a ser, devido a estas qualidades, quer pessoais quer profissionais, Delegado de Saúde no nosso Concelho. Era muito estimado não só pela sua disponibilidade, sempre que dele necessitavam, mas também pelo seu feitio alegre, criando boa disposição nos seus utentes. Fez parte dos Corpos Gerentes da Santa Casa da Misericórdia e do Lar Pinto de Carvalho, até ao seu falecimento.
- Rua Doutor Emesto Soares dos Reis - Ver
- Rua Doutor Ilidio de Freitas - Ver
- Rua Doutor Joaquim de Freitas - Ver
- Rua Doutor Jorge Pinto - Ver
Director clínico do hospital de Oliveira de Azeméis. Para além de todas as qualidades profissionais que tinha, era um indivíduo de bons sentimentos.
- Rua Doutor José Alexandre S. Oliveira - Ver
Era médico pediatra e exercia as funções de director do Serviço de Pediatria do Hospital de Oliveira de Azeméis, quando morreu a 19 de Dezembro de 1993. Era um homem trabalhador, competente, honesto, sabedor e era dotado de qualidades humanas de afabilidade, amizade, educação e tolerância. Modernizou o serviço de pediatria e lutou sempre pela melhoria dos serviços e tudo dentro do seu espírito de tolerância e vontade de servir. Era médico muito estimado, tanto dos seus colegas de serviço, como pelos seus numerosos utentes. Sempre trabalhou para o progresso dos serviços de saúde nesta cidade. Organizou as Jornadas Nacionais de Pediatria em Oliveira de Azeméis e após a sua morte, aquando das XVI Jornadas Nacionais de Pediatria em Oliveira de Azeméis, foi-lhe prestada uma homenagem póstuma, como bom e prestante cidadão que foi na área da saúde.
- Rua Doutor José Lopes de Oliveira - Ver
Médico que se terá tornado famoso pela utilização de métodos clínicos tradicionais. Com uma personalidade algo polémica, não deixou, contudo, de dar o seu grande contributo à Sociedade Oliveirense. Foi Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, de 27 de Dezembro de 1911 a 23 de Abril de 1912.
- Rua Doutor Leopoldo Soares dos Reis - Ver
- Rua Doutor Manuel Amador Valente - Ver
O Dr. Manuel Ferreira da Costa Amador Valente para além de distinto advogado, Vereador e Administrador do Concelho foi ainda Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis em dois mandatos: 1918-19 e de 2 de Janeiro a 28 de Maio de 1926. Esteve também ligado à comunicação, sendo director, proprietário e impulsionador do “Jornal do Povo”, bissemanário que se publicou desde 1880 a 1910. Mas, a sua grande paixão era, indubitavelmente o teatro, tendo ele criado o Grupo Dramático de Oliveira de Azeméis que, de 1924 a 1930, dirigiu e ensaiou realizando vários espectáculos, alguns dos quais com originais seus, no velho Teatro da Feira dos Onze. Homem de boa alma, tinha no seu Solar de Cidacos um refúgio para os desamparados.
- Rua Doutor Manuel Arriaga - Ver
- Rua Doutor Manuel Correia Bastos Pina - Ver
Nasceu no lugar da Costeira, freguesia de Carregosa, a 19 de Novembro de 1830. Formou-se em Direito em 1853 e chegou a praticar advocacia na Vila da Feira (agora cidade de Santa Maria da Feira). Após longa e brilhante carreira que percorreu na vida eclesiástica, em 1870 foi nomeado Bispo Coadjutor e futuro sucessor do Bispo de Coimbra e, em 19 de Maio de 1872, foi sagrado Bispo de Coimbra. A Diocese de Coimbra deve-lhe relevantes serviços, como exemplo, a fundação do Bairro Operário e o Museu Diocesano, onde reuniu inúmeros objectos preciosos e artísticos. Mandou restaurar a Sé Velha e muitos outros templos da Diocese. Pelos seus elevados méritos foi eleito Académico de Mérito da Escola de Belas Artes de Lisboa. Mas ele também não esquecia a sua terra natal, que tanto amava. E, em testemunho desse amor, mandou construir o Santuário da Nossa Senhora da Lurdes. Foi o D. Manuel Correia de Bastos Pina que, descobrindo a grande inteligência de Alírio Gomes de Melo, seu conterrâneo, o convenceu a deixar o Seminário do Porto para o levar para o Seminário de Coimbra. Discursou muitas vezes na Câmara dos Pares em defesa das regalias do Clero Paroquial, discursos que eram inspirados no alto patriotismo e zelo pastoral. A sua biografia está fielmente descrita no livro “D. Manuel Correia de Bastos Pina, Bispo de Coimbra e Conde de Arganil”, de Marques Gomes. É uma figura ilustre Oliveirense que não pode ser esquecida na nossa toponímia.
- Rua Doutor Manuel Gonçalves Pinho Rocha - Ver
- Rua Doutor Miguel Castro - Ver
- Rua Doutor Sá Carneiro - Ver
Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro nasceu no Porto a 19 de Julho de 1934. Advogado na comarca do Porto, foi deputado independente na Ala Liberal durante o regime de Marcelo Caetano (1969-1973). Depois do 25 de Abril de 1974, fundou o Partido Popular Democrático (PPD), tornando-se seu presidente. Participou no I Governo Provisório em Maio e Junho de 1974 como ministro sem pasta. Enquanto dirigente do Partido Social Democrata (nova designação do PPD), aliou-se ao Centro Democrático Social (CDS) e ao Partido Popular Monárquico (PPM) criando a Aliança Democrática (AD) em 1979, a qual, ao vencer as eleições, o tornou primeiro-ministro. Nas eleições gerais de 1980 obteve a maioria absoluta. Sá Carneiro viria a falecer em circunstâncias trágicas, em 4 de Dezembro desse mesmo ano, quando o avião no qual seguia se despenhou em Camarate, pouco depois da descolagem do aeroporto de Lisboa, quando se dirigia ao Porto para tomar parte num comício destinado a apoiar o candidato presidencial da coligação, o general António Soares Carneiro. Não obstante o sucedido, o seu candidato viria a perder as eleições que se realizaram poucos dias depois para o general Eanes, que foi assim reeleito para o seu segundo mandato à frente dos destinos do País. Conjuntamente com ele faleceu o ministro da Defesa, o democrata-cristão Adelino Amaro da Costa.
- Rua Doutor Silva Lima - Ver
- Rua Doutor Silva Pinto - Ver
- Rua Doutor Simões dos Reis - Ver
- Rua Doutor Tomás António Fernandes - Ver
Brilhante advogado da nossa cidade com uma personalidade extremamente generosa, sendo muito amigo dos mais carenciados. Foi com esta generosidade e dedicação que doou alguns terrenos de sua propriedade com o intuito de desenvolver o lugar de Lações.
- Rua Dr. José Pereira Tavares - Ver
Natural do Pinheiro da Bemposta, homem das letras e da Literatura, dedicou uma boa parte da sua vida ao Liceu de Aveiro, do qual foi Reitor. É, actualmente, patrono da Escola E. B. 2, 3 Dr. José Pereira Tavares, no Pinheiro da Bemposta.
- Rua Dr. Salvador Tavares Machado - Ver
- Rua Eça de Queirós - Ver
- Rua Eduardo Paúl - Ver
Eduardo Alves Dias Paúl nasceu a 17 de Agosto de 1881 na freguesia de Vitória, na cidade do Porto, filho de Paulo José Paúl e de Amélia Alves Dias. Faleceu a 1 de Outubro de 1952. Ainda de tenra idade, foi deixado aos cuidados da sua avó paterna, em virtude de os pais terem deixado a cidade Invicta, para se fixarem na sua terra natal, Trancoso. Foi um mero acaso que o fez enveredar pela fotografia, aquando da morte de um seu colega de escola. Não tendo qualquer fotografia do filho, a família deste seu colega resolveu mandar chamar um fotógrafo para lhe tirar uma fotografia no caixão, para assim ficarem com uma recordação do seu ente querido. Durante os preparativos, o fotógrafo chamou o pai do falecido para ver, através do visor do vidro fosco da máquina, o enquadramento da fotografia, tendo Eduardo Paúl, que na altura tinha 12 anos de idade, pedido ao fotógrafo para que também o deixasse ver, tal era a sua curiosidade. Ao verificar o enquadramento da fotografia, ficou de tal forma maravilhado com o que se lhe deparou que, quando chegou a casa, disse à sua avó que não queria continuar a estudar porque queria ir aprender a arte de fotógrafo. Sua avó ainda insistiu que não deixasse os estudos, mas os seus esforços foram baldados. Estava decidido a ser fotógrafo. Assim, a sua avó pagou a um fotógrafo 4 libras para que o ensinasse a retocar clichés, para depois lhe ser mais fácil arranjar emprego. Conseguido o emprego numa casa fotográfica da cidade, deambulou por várias casas da especialidade, até adquirir a prática julgada necessária, para se poder tornar independente. Casado muito novo, com menos de 20 anos, enviuvou pouco depois e voltou a casar com uma irmã da falecida esposa, e nessa ocasião resolveu estabelecer-se em sociedade com o sogro, que era o sócio capitalista, com a Fotografia Águia na rua do Almada, num prédio que depois foi demolido aquando da abertura da rua Ramalho Ortigão. Já nessa ocasião era considerado, na cidade do Porto, um dos mais notáveis fotógrafos de sempre. Por razões familiares e pessoais, decidiu abandonar o Porto e instalar-se provisoriamente em Espinho. Seguidamente, em 8 de Dezembro de 1914, chega a Oliveira de Azeméis à Estação de Caminho de Ferro, com a ideia de emigrar para o Brasil, para a cidade do Rio de Janeiro, o que acabou por não concretizar, demovido pela influência de alguns amigos de Oliveira de Azeméis, que na altura estudavam no Porto e de lá o conheciam. Então, radicou-se cá, onde voltou a casar, constituindo nova família, tendo desde logo começado a granjear a simpatia e amizades, dado os seus dotes artísticos e de comunicabilidade que possuía. Também nas agremiações desportivas, culturais e humanitárias de Oliveira de Azeméis teve um papel preponderante, tendo sido, inclusivamente, o primeiro Presidente da União Desportiva Oliveirense. No aspecto divulgador de tudo quanto se prendia com o progresso e as belezas de Oliveira de Azeméis, foi um incansável batalhador, estando sempre pronto a trabalhar gratuitamente para o seu engrandecimento, conhecimento e divulgação. Não é possível hoje reconstruir a memória de Oliveira de Azeméis nos princípios do século, senão através da perspectiva artística dos inúmeros trabalhos que levaram a sua assinatura em fotografias urbanas e paisagísticas, colecções de postais, retratos de personalidades e figuras típicas que fazem melhor a história da vila e da região no seu tempo do que muitas centenas de páginas descritivas. Do seu atelier saíram centenas ou até milhares de clichés de inúmeras realizações de vária ordem e das belezas e recantos de Oliveira de Azeméis, que percorreram os cinco continentes, pelo que o podemos considerar um autêntico embaixador da sua terra adoptiva que tanto amava. Por tudo quanto Eduardo Paúl fez por Oliveira de Azeméis é, pois, de inteira justiça que se lhe perpetue o seu nome numa rua da nossa cidade, como prova de reconhecida gratidão. A rua onde instalou o seu atelier é mais conhecida por rua do Paúl do que pelo nome do seu patrono, Dr. Simão dos Reis. O uso popular, ao longo dos tempos, fez justiça a uma obra que ultrapassou o mero intuito comercial e diz muito do prestígio que granjeou e do carinho que os oliveirenses lhe dedicaram. Não seria demais, portanto, reconhecer de direito o que o povo e a vida consagraram de facto e conceder o nome de Eduardo Paúl à actual rua Dr. Simão dos Reis, transitando o nome deste para outra artéria da cidade.
- Rua Emídio Amaral Semblano - Ver
Este homem foi um exemplo raro de dedicação ao desporto, ao serviço de Oliveira de Azeméis e da União Desportiva Oliveirense. Fundador deste clube, manteve-se na Direcção durante toda a sua vida, sem interrupção, passando por todos os cargos e funções, desde Presidente, Secretário, Tesoureiro, guarda-redes e até treinador.
Foi, por fim e merecidamente, nomeado Sócio Honorário, a maior distinção dada pelo Clube.
- Rua Eng. Adelino Amaro da Costa - Ver
Nasceu em Lisboa, a 18 de Abril de 1943 e formou-se em engenheira civil pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa. Em 1975, após o 25 de Abril, fundou com Diogo Freitas do Amaral o Centro Democrático-Social (CDS), com as dificuldades impostas pela radicalização da política portuguesa, que dificultaram a implantação do partido a nível nacional, devido aos boicotes sucessivos à sua actividade partidária, sendo considerado nessa época quase como um partido neo-fascista. As eleições para a Assembleia Constituinte legitimaram de uma vez por todas o partido, formando um grupo parlamentar. Se não teve grandes intervenções de fundo, distinguiu-se nessa época como um tribuno sagaz, irónico e competente, tornando-se o principal ideólogo do partido. Em 1978 ajudou a celebrar o acordo político que viabilizou o 2.º governo constitucional, dirigido por Mário Soares, e que teve a participação de membros do partido, como Sá Machado e Rui Pena. No ano seguinte, com o falhanço do acordo político com o PS, negociou pelo CDS a criação da Aliança Democrática (AD), que juntou o PPD, o PPM e o CDS, numa coligação eleitoral, que se apresentou às eleições em todos os círculos eleitorais, à excepção da Madeira. Após os quatro governos de iniciativa do presidente da república Ramalho Eanes, que se sucederam de Agosto de 1978 a Janeiro de 1980, completando parcialmente a 2.ª legislatura da Assembleia da República, após a exoneração de Mário Soares de primeiro-ministro, as eleições intercalares de 2 de Dezembro de 1980 deram a maioria absoluta à AD. Amaro da Costa foi nomeado ministro da defesa nacional, tendo sido empossado com todo o restante governo em 3 de Janeiro de 1980, o primeiro ministro civil da defesa desde o 25 de Abril de 1974. A passagem pelo governo foi muito curta, devido à sua morte no desastre de aviação ocorrido em Camarate na noite de 4 de Dezembro de 1980, quando se dirigia de avião com o primeiro-ministro Sá Carneiro e respectivas mulheres para o Porto, para um comício eleitoral no âmbito da campanha para a Presidência da República, que decorria nessa altura.
- Rua Engenheiro Arantes de Oliveira - Ver
- Rua Engenheiro Carlos Ribeiro - Ver
- Rua Fernando Paúl - Ver
- Rua Francisco Abreu e Sousa - Ver
Natural da Marinha Grande, veio ainda muito novo para Oliveira de Azeméis para trabalhar na fábrica de vidros do Côvo. Passados muitos anos como operário da fábrica do Côvo, apercebeu-se que a mesma estava na iminência de fechar o que, ao verificar-se, redundaria num enorme prejuízo para os seus operários e agregado familiar, bem como para toda a região. Foi então que em 1897, juntamente com D. António de Castro Lemos, fundava a fábrica de vidros de Bustelo na freguesia de S. Roque, que mais tarde denominaram fábrica “ A Vidreira”, a qual foi extinta pelo “Centro Vidreiro” (hoje, também, já extinto). Por razões que desconheço, deixou a fábrica de Bustelo e veio, em 1902, sem qualquer ajuda, fundar a fábrica “A Boémia” que ainda hoje mantém a mesma denominação e é pertença do “Centro Vidreiro” , firma criada em 1926. Estas duas fábricas, fundadas por Francisco Abreu e Sousa Júnior, contribuíram decisivamente para o progresso económico da região e, também, em grande parte, para a economia nacional. Francisco Abreu e Sousa, pelo impulso que deu à indústria do vidro em Oliveira de Azeméis, e sendo esta indústria uma das mais antigas do norte, merece ser homenageado pelo povo de Oliveira de Azeméis, consagrando o seu nome numa das ruas da cidade.
- Rua Francisco Dias de Carvalho - Ver
Descendente de Sebastião Dias de Carvalho, da Casa da Botica, de Cidacos e proprietário de alguns terrenos no local, Francisco Dias de Carvalho contribuiu para o desenvolvimento do mesmo.
- Rua Francisco Landureza - Ver
Nascido e criado no seio de uma família notável pela educação distinta, pelos conhecimentos e acções culturais e também por amplo desafogo económico que, na época, já se caracterizava em franco declínio. Homem de trato afável, sorridente sem hipocrisia, a todos atendia com elegância e interesse. E também à emergente cidade de Oliveira de Azeméis colocou a sua acção e interesse, dando vida ao semanário Correio de Azeméis, onde foi profícuo pela clareza dos seus ideais e suas lutas, tornando-se pessoa pouco querida pelos luminares políticos então estabelecidos e predominantes. Em devido tempo tomou a gestão do seu "Correio" onde foi redactor, repórter, compositor e impressor.
- Rua Frei Caetano Brandão - Ver
- Rua Frei Simão de Vasconcelos - Ver
Natural de Cesar, foi monge professo da Ordem de Cister mas, devido ao seu temperamento rebelde e irrequieto, foi secrelarizado por um breve pontifício de 17 de Março de 1816. Fanático do liberalismo, foi muito perseguido, maltratado e mais tarde morto pelos realistas, a ponto de a sua casa do Outeiro ser cercada e saqueada. Seguiu a ideia do pai e do irmão e isto lhe custou uma morte cruel e desumana. O escritor Alberto Pimentel escreveu um romance sobre Frei Simão muito curioso e magistralmente escrito com o título “Guerrilha de Frei Simão”. O seu funeral teve honra nacional. Sendo uma das grandes figuras do liberalismo em Portugal e muito influente nos meios eclesiásticos, o seu nome merece constar da nossa toponímia.
- Rua General Humberto Delgado - Ver
- Rua Grupo Folclórico de Cidacos - Ver
Foi fundado em 1960 com o intuito de não se perder o folclore da região. Com seriedade absoluta quanto a trajes, cantares e danças, tem o grupo tido muito êxito. Já esteve presente nos seguintes locais: Cidacos, Matosinhos, Estoril, Meadela, S. João de Braga, Gulpilhares, S. Torcato, Figueira da Foz, Santa Marta de Portuzel, Vila do Conde, Espinho, Abravezes, Palácio dos Desportos do Porto, Águeda, Aveiro, Santarém, Custóias, Maia, Pombal, Vila Verde, Algarve, Viseu, Coimbra, etc. Já se exibiu, também, por treze vezes na T. V. e foi filmado uma vez a cores em Cidacos. Tem três discos gravados e um L. P. Em 1962, o grupo ficou em 2º lugar no primeiro festival do concurso do distrito de Aveiro. Em 1964, representou Oliveira de Azeméis no cortejo das Gentes da Beira em Coimbra. O Grupo Folclórico de Cidacos tomou parte, em 1977, nas “Fêtes Internationales de La Vigne” em Dijon, Santernay e Beaure, dançando nestas cidades. Entre 75 grupos estrangeiros (era o único português) ganhou a taça “Cidade de Dijon”. O reportório compõe-se de todas as danças que se conseguiram reunir no concelho de Oliveira de Azeméis. São tudo danças de índole popular. Achamos razão suficiente para homenagearmos com o nome de uma rua este grupo, que além de ser uma homenagem à arte e ao folclore do nosso concelho, já levou a terras estrangeiras o nome de Oliveira de Azeméis, dignificando-o.
- Rua Hospedaria da Malaposta - Ver
Oliveira de Azeméis passou a ser uma povoação mais conhecida e frequentada a partir do momento em que nela se criaram melhores condições de vida e motivos de interesse para estranhos. E um dos factos que, para isso, pôde contribuir foi o facto de ter casa própria para hospedar condignamente quem demandasse a região ou, ocasionalmente, pretendesse instalar-se aqui, desde os almocreves e cocheiros, aos homens de negócio e da administração central. Pois, logo que, em 1517, a freguesia de S. Miguel de Oliveira foi honrada com o título de Comenda Real da Ordem de Cristo, um hospedeiro de renome chamado António Amorim, veio aqui fundar a primeira hospedaria conhecida, na Rua do Padrão, hoje Bento Carqueja, a qual, mais tarde, passou a servir de casa de pernoita para o serviço da Mala – Posta. Viveram-se nela momentos de grande entusiasmo e animação, ocasionados por algumas festas locais e recepções a altas personalidades; mas também pôde assistir a inesquecíveis momentos de luto e de lágrimas, ocasionados por alguns desastres aqui ocorridos, bem como incêndios espectaculares, que ficaram nos registos e crónicas da época. Por isso e porque esta primitiva hospedaria deu origem à explosão de outras congéneres, na mesma rua do Padrão, e a um maior desenvolvimento e conhecimento da terra, a sua existência deverá ser perpetuada numa das ruas desta cidade.
- Rua Igreja Matriz - Ver
Sabemos que a cidade de Oliveira de Azeméis data, pelo menos, do século X. Quanto à sua Igreja, que deve ser da mesma antiguidade, escreveu o Padre Manuel de Oliveira Ferreira: “Nos arrabaldes ou Igreja de Porto de Carro e sítio de Santardão existe uma leira de terra cujo nome primitivo foi de Sargacinha e se chamou depois Igrejinha, onde constava, por tradição, ter existido a primeira Igreja desta freguesia. A tradição diz igualmente que a segunda existira em S. Miguel de Lações. A terceira foi construída no sítio ainda hoje denominado Igreja Velha. Acerca da quarta, há um documento que diz que foi no mesmo local e, sobre as suas minas, erigiu-se a que agora vemos e que vem a ser a Quinta” – estamos a citar os Anais de 1910. Sabe-se que a actual Igreja Matriz foi restaurada em 1865, sendo o seu estilo reconhecido como grande valor artístico. Por isto é justo que dêmos o nome de Igreja Matriz à rua que lhe é paralela do lado norte.
- Rua João da Silva Pinto - Ver
Homem de vasto conhecimento para a sua época, digno da admiração das pessoas que com ele privaram. Este Oliveirense, nascido em Lações, lugar onde viveu e morreu, foi agricultor, Conselheiro de diversos Presidentes de Câmara, Avaliador reconhecido no seu tempo junto da comunidade, que o considerava imparcial, justo e apaziguador, que, como ninguém, resolvia quezílias entre famílias motivadas por direitos não reconhecidos (limites, consortes, direitos e deveres de águas de rega, etc.). Pertenceu à extinta Comissão de Festas de La Salette, entre outras que o passar dos tempos já nos fez esquecer.
- Rua João da Silva Praça - Ver
Um autodidacta que terá projectado várias obras de grande interesse para a então vila de Oliveira de Azeméis, entre elas a Avenida Dr. António José de Almeida que, com superior visão, a quis de vinte metros de largura, sendo reduzida para quinze por indisponibilidade dos proprietários dos terrenos.
- Rua João Marques de Carvalho - Ver
Filho de José Marques Pais de Carvalho, desta cidade, e de sua mulher D. Maria Soares de Almeida, de Vila Chã de Cambra, João Marques de Almeida Carvalho nasceu em 1905 nesta cidade, onde faleceu a 26/07/1963, tendo casado em 1946, no Porto, com D. Olinda Pereira de Carvalho. Não tendo herdeiros forçados e sendo senhor de uma grande e rica casa sita na rua António Alegria, onde nasceu, houve por bem aconselhar seu testamenteiro Sr. Constantino José de Carvalho e outros amigos a que fundassem uma Associação de carácter cultural e artístico, denominada Casa Museu Regional de Oliveira de Azeméis e, para alcançar tal desiderato, determinou em seu testamento, feito a 09/03/1962, que tal Museu fosse instalado em sua própria casa, com alguns objectos nela guardados. No mesmo testamento contemplou a Corporação de Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis com a importância em dinheiro suficiente para se comprar uma ambulância para aquela Corporação, bem como a Comissão de Melhoramentos do Parque de La-Salette com terra lavradia em Válega, o Seminário das Missões de Cucujães com um prédio no Lugar do Pego, composto por casa de moinhos com 5 mós, casa de eira e terrenos, e a Santa Casa da Misericórdia desta Cidade com a importância de 10 mil escudos. Dado tratar-se de um grande benemérito oliveirense que não só pugnou pelo progresso da sua terra, mas ainda se empenhou a sério na criação de um Museu local, é justo que Oliveira de Azeméis lhe preste homenagem e perpetue o seu nome numa rua local, de preferência a Travessa da Rua António Alegria, que vem sair em frente à referida Casa Museu.
- Rua Joaquim da Silva Landeau - Ver
- Rua Joaquim Guimarães Teixeira - Ver
Exemplar atleta da equipa de futebol da Oliveirense, jogava no plantel principal aquando da estadia desta modalidade do clube na 1.ª divisão. Para além de um dos melhores jogadores do país, como homem caracterizou-se pela sua lealdade.
- Rua José da Silva Pinto - Ver
Conhecido proprietário de terras, do lugar de Lações, devido à sua generosidade que muito contribuiu para o desenvolvimento do lugar através da cedência de partes das suas propriedades para o alargamento de caminhos, como também pelo facto de custear algumas obras para benefício público.
- Rua José Maria Garcia Espassandim - Ver
Homem de grande generosidade e de grande dedicação à nossa cidade e mais concretamente ao lugar de Vilar, embora seja ele natural de Vila Nova de Gaia. Foi a sua conhecida tenacidade e determinação, geralmente empregue no desenvolvimento e no progresso, que contribuiu para que se instalasse no lugar de Vilar a electricidade e o primeiro telefone público. Também para com a educação teve o Sr. Garcia uma dedicação especial, contribuindo com o pagamento mensal da renda do edifício onde se encontrava instalada, na sua época, a Escola de Vilar.
- Rua José Moreira Dias - Ver
Personalidade do lugar das Barrocas, que terá pertencido a várias comissões e associações locais, implementando e fomentando o desenvolvimento do lugar. Foi presidente da U.D.O.
- Rua José Soares Pereira - Ver
José Soares Pereira ou “Ti Zé dos Lagos” como era conhecido este proprietário no lugar ao qual conferiu algumas benfeitorias, nomeadamente na cedência de terreno para a abertura da Rua da Fonte do Barreiro.
- Rua José Vitorino Barreto Feio - Ver
- Rua Júlio Mateiro - Ver
- Rua Laura Moya dos Santos - Ver
Distinta professora particular do ensino primário.
- Rua Luís de Camões - Ver
Luís Vaz de Camões terá nascido, ao que parece, em Lisboa aí por 1524 e morreu em 10 de Junho de 1580. Terá frequentado a Universidade de Coimbra, embora não conste o seu nome dos arquivos. O que é certo é que adquiriu vasta cultura como prova em “Os Lusíadas”. Frequentou a corte instalada em Lisboa, combateu no norte de África, onde perdeu um dos olhos. Mercê do seu carácter rixoso e aventureiro foi para o Oriente; viveu em Macau, depois em Goa e sofreu um naufrágio na costa do Cambodja, perto do rio Mecom, salvando-se a custo e ao manuscrito de “Os Lusíadas”. Regressa do Oriente em 1567 mas pára em Moçambique, onde Diogo do Couto o conhece pobre, “tão pobre que comia de amigos”. Regressa a Lisboa em 1570 e D. Sebastião atribui-lhe uma tença anual, irregularmente paga e não suficiente para viver. Foi Camões o maior poeta português e uma das maiores figuras do Renascimento em Portugal. Escreveu em género épico “Os Lusíadas”, obra de valor universal em que o poeta conta os feitos heróicos do Povo Português. Grande foi, igualmente, no género lírico, manifestando uma grande sensibilidade e técnica renascentista nos seus sonetos, canções, elogias, odes, éclogas. Camões cultivou, também, ainda que com menos brilho, o género dramático, deixando-nos três autos em verso de sete sílabas: “El-Rei Seleuco”, “Anfitriões” e “Filodemo”. Pelo seu talento e para estímulo dos jovens poetas Oliveirenses, achamos que o seu nome ajusta-se aquibem, sobremodo por ser uma terra de emigrantes.
- Rua Madalena Sotto - Ver
Maria Madalena Pereira Othão, que viria a usar o nome artístico de Madalena Sotto, nasceu em Carvalhais de Lavos, na Figueira da Foz, a 21 de Julho de 1916 e teria dez anos quando "chegou" a Oliveira de Azeméis pela primeira vez, acompanhando seus pais: Othão Luís, pintor laureado e primeiro director do promissor estabelecimento de ensino, que era a Escola de Artes e Ofícios, onde leccionou Desenho Geral e Especializado, e D. Aida Augusta Pereira, primeiramente mestra de Trabalhos Femininos, mais tarde de Costura, Bordados e Tapeçaria. Aluna brilhante, Madalena Sotto frequentou com aproveitamento o curso de tapeçaria, chegando a leccionar essa arte, como Auxiliar de Oficina, funções que interrompeu em 1939, quando os pais foram transferidos em comissão de serviço para a Figueira da Foz. Com uma vertiginosa carreira, repartida pelo teatro e pelo cinema, que se estendeu desde 1939 a 1978, Madalena Sotto fez a sua estreia na famosa Companhia de Alves da Cunha, no dia 18 de Janeiro de 1940, no sempre saudoso Teatro Sá da Bandeira, da cidade do Porto, em "Os Velhos", peça em três actos escrita no ano de 1893 pelo genial D. João da Câmara. Precisamente num dos primeiros espectáculos, e por intervenção pessoal de Bento Landureza, seu particular amigo e da família, Madalena Sotto concedeu no camarim, momentos antes de mais uma entrada em cena, uma entrevista ao jornalista Luís Barradas (Almedina), em que a artista confessa ser a primeira concedida a um "jornal da província". Uma entrevista que, juntamente com outros trabalhos sobre a nossa terra, seria publicada num opúsculo a que o autor deu o título de "O Milagre da Virgem de La Salette".
- Rua Manuel Alegria - Ver
- Rua Manuel Alves Soares - Ver
- Rua Manuel Brandão - Ver
- Rua Manuel da Costa Correia Júnior - Ver
- Rua Manuel José da Silva - Ver
Nasceu em S. Martinho da Gândara em 1917 e, desde 1941, reside no lugar de Abelheira, cujo lugar também se propõe para nome de rua. Quando se instalou neste lugar, os acessos só eram possíveis a pessoas que lá se deslocavam a pé e, mesmo assim, com alguma dificuldade. Dado o seu dinamismo e vontade de ver as coisas mudarem, meteu, sozinho, mãos à obra, no sentido de arranjar acessos o que, através dos tempos, foi conseguindo à custa de algum dinheiro e muitas horas de lazer. Estes acessos viriam, também, a servir a freguesia de Santiago de Riba – Ul. Com os melhoramentos acima descritos deu-se início às primeiras construções naquele lugar. Motivou muitos dos seus amigos e conhecidos a construírem também, conseguindo, desta forma, o aglomerado existente. A Câmara Municipal, em sessão de 24 de Outubro de 1966, resolveu dar o seu nome à principal rua do lugar, como forma de reconhecimento pelo seu dinamismo em prol desse aglomerado urbano. Para além desta actividade exerceu e exerce ainda as seguintes funções: - Membro da Comissão do Lar dos Pobrezinhos durante 20 anos; da Comissão do Melhoramentos do Parque de La-Salette durante 20 anos; Regedor da freguesia, durante 19 anos; - Director da União Desportiva Oliveirense durante 8 anos; - Sócio fundador e gerente da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, 4 anos; - Elemento da Comissão pró Pavilhão U. D. O. durante 3 anos; da Comissão para a construção do Parque Infantil em La-Salette; - Elemento da Comissão para a Estalagem de S. Miguel, em que se mantém; da Direcção da Santa Casa da Misericórdia; da Comissão das Obras Paroquiais; membro da Junta de Freguesia; - Sócio e elemento de angariação de fundos para os Bombeiros Voluntários.
- Rua Manuel Lúcio Gomes Rodrigues - Ver
- Rua Manuel Mendes Tarrafa - Ver
Nasceu a 28 de Maio de 1896 na então vila de Ovar. Faleceu a 16 de Outubro de 1966 na Casa de Saúde da Boavista, no Porto, ficando sepultado no cemitério de Agramonte. Depois de uma infância difícil, por insuficiência de meios económicos dos seus progenitores, estudou, rodeado de muitos sacrifícios, acabando por se colocar como informador fiscal, primeiramente em Matosinhos, depois em S. Pedro do Sul, Vale de Cambra e Oliveira de Azeméis. Na nossa terra se fixou e viveu rodeado de sua mulher e de seus filhos durante muitos anos. Foi em Oliveira de Azeméis que escreveu a maioria da sua obra literária. Por conveniência de serviço, foi colocado nas longínquas Terras do Douro, onde se reformou. Regressado à sua residência em Oliveira de Azeméis, que considerava sua “segunda terra natal”, foi convidado pelo Senhor Júlio Mateiro para trabalhar no Centro Vidreiro a título de pessoa de plena confiança da gerência. Charadista, poeta, escritor de elevado mérito, polémico por natureza, por temperamento, democrata convicto, é vastíssima a sua obra literária, em vários domínios da literatura portuguesa. E, para dar uma ideia do seu valor cultural, citaremos algumas delas: “O Paraíso da Esfinge” - novela charadista – 1941 “O Último Varento” – teatro (farsa rimada) “Os Amigos pela Alegria” – novela (edição do autor - O. de Azeméis – 1946) “De Perfil (Raio X)” – verso – 1947 “Marco Miliário da Milha XII” “Arqueologia” – 1948 “Testamento do Frei Simão” – Biografia – 1950 “Marido Precisa-se” – comédia em 3 actos” – 1952 “Sua Excelência” (crítica) – 1960 “In Memoriam” (Saudade Enfinda) – 1960 Muitas mais poderíamos citar e que o autor não chegou a publicar. Toda a sua valiosa obra é produto exclusivo de um auto – didactismo, cem por cento adquirido à custa de esforços e sacrifícios sem conta. A luta titânica que desenvolveu, durante dois anos (1946/1948), com contundentes mas admiráveis artigos publicados no jornal “O Correio de Azeméis”, aquando da campanha do Marco Miliário da Milha XII demonstrou, para a posterioridade, o seu grande amor a Oliveira de Azeméis, onde granjeou imensas simpatias. Contudo, somos testemunha viva de que Oliveira de Azeméis nunca lhe agradeceu condignamente a sua dedicação pela defesa que, por ela, e em qualquer momento, estava pronto a enfrentar quer por palavras quer pela escrita. Chegou a hora de Oliveira de Azeméis, e por louvável iniciativa de um seu velho amigo e admirador o Dr. Miguel Castro, lhe prestar, embora tardiamente, a simples mas justíssima homenagem, com pleno acordo da Comissão de Toponímia da Câmara Municipal, propondo o seu nome para uma rua da cidade, e isto, talvez, como último acto do seu mandato como autarquia, prestes a terminar no fim do ano de 1985.
- Rua Manuel Oliveira Guerra - Ver
Manuel de Oliveira Guerra nasceu em Oliveira de Azeméis, a 24 de Agosto de 1905. O pai, Augusto de Oliveira Guerra, natural da Marinha Grande, um especialista nas artes do vidro, há-de ficar para sempre ligado à história da indústria vidreira em Oliveira de Azeméis. Após haver frequentado a Escola do Conde de Ferreira, e quando, aos 11 anos, se embrenhava já na indústria do vidro, atingiu-o o chamado "mal de Pott", uma das várias manifestações da tuberculose óssea que o levou ao Sanatório Marítimo do Norte, em Francelos, onde permaneceu durante nove anos. Neste estabelecimento, criado pelo sábio Dr. Ferreira Alves, Oliveira Guerra entregou-se à leitura e ao estudo, aproveitando as lições de uma professora que lhe procurava minorar o sofrimento, completando então, no Liceu de Aveiro, o 1.º ciclo, única habilitação académica oficial. Iniciando-se na escrita, colabora no "Girassol" - boletim do sanatório - e quando, em 5 de Outubro de 1922, o "Correio de Azeméis" sai dos prelos pela mão de Bento Landureza, aparece entre os seus primeiros colaboradores, contando apenas 17 anos. Dado como curado, em 1925, regressa ao fabrico do vidro, dando à estampa, em 1932, a sua primeira obra - "Padre Nosso" - que originou grande polémica, mas que se esgotou em escassos dias. O pai chama-o ao gabinete e aplica-lhe grave raspanete, o que levou o autor a suspender a publicação de "Avé Maria" e a abandonar a carreira literária. Após um intervalo de quase trinta anos, Manuel Guerra reedita "Padre Nosso", publica, finalmente, "Avé Maria", mais tarde "Caminho Longo", "Algemas" e "Coisas Desta Negra Vida". Entrega-se apaixonadamente no estreitamente das relações do Norte com a Galiza, fazendo publicar os "Cadernos de Estudos Galaico - Portugueses", trabalho interrompido pela morte precoce em Miragaia, aos 58 anos de idade, a 4 de Junho de 1964. O referido incidente familiar terá feito com que repouse em Espinho, e não em Oliveira de Azeméis, junto dos seus maiores.
- Rua Marechal Carmona - Ver
- Rua Marechal Carmona - Ver
Antonio Óscar de Fragoso Carmona nasceu em Lisboa em 1869, tendo-se formado no Colégio Militar (1882-1888) e na Escola do Exército (1889-1892). Foi oficial de Cavalaria, atingindo o grau de marechal em 1947. Politicamente destacou-se como ministro da Guerra (1923), presidente do Ministério (1926-1928) e ministro dos Negócios Estrangeiros (1926). Como presidente do Ministério, desde 9 de Julho de 1926, e já que não existia presidente foi nomeado, interinamente, por decreto, para o cargo de Presidente da República a 16 de Novembro de 1926. Foi eleito, por sufrágio directo, presidente em Março de 1928 e sucessivamente reeleito sem opositor. 13.2.1949), No entanto, a 13 de Fevereiro de 1949, a oposição chegou a apresentar a candidatura do general Norton de Matos, que se retirou antes da votação. Foi portanto Presidente de 16 de Novembro de 1926 a 18 de Abril 1951, data em que falece, em Lisboa. É de salientar, como um dado importante para a história do nosso município, que o Marechal Carmona, como Presidente da República, pernoitou no Palacete da família Brandão, na Rua António Alegria da nossa cidade, quando aqui veio em 18 de Novembro de 1930 inaugurar o Monumento dos Mortos da Grande Guerra.
- Rua Maria Conceição Santos - Ver
Mulher de trabalho, com uma peculiar e perspicaz visão da vida e do progresso, de apurado sentido de humor e de uma personalidade extremamente vincada. Tinha uma dedicação especial pela sua terra, Oliveira de Azeméis, querendo e lutando para que esta se desenvolvesse ainda mais, cultural e socialmente. Foi também a tenacidade e a persistência de D. Maria Conceição Santos que fez com que diversas industrias se instalassem no nosso concelho. Teve sempre uma preocupação especial para com as pessoas mais carenciadas e com maiores dificuldades, deixando esse sentimento bem patente, pelo facto de ter doado a respectiva habitação bem como o terreno integrante ao Lar S. Miguel, desta cidade. Faleceu em 19 de Fevereiro de 2005 com 83 anos de idade, deixando, para além de muita saudade, sentida por todos os que com ela conviveram, a concretização e a perpetuação de uma Obra de grande vulto e reconhecimento.
- Rua Maria Vilhena dos Santos - Ver
Esposa do Dr. Tomás Fernandes que, como o seu marido, tinha também um espírito extremamente generoso, sendo uma benemérita por excelência da nossa cidade. Dos seus feitos conhecidos em prol dos mais desfavorecidos destaca-se o facto de dar aos seus caseiros, em determinadas alturas, broa e garrafões de vinho.
- Rua Marquês de Abrantes - Ver
- Rua Mestra Aida Augusta Pereira - Ver
Natural da freguesia de S. Julião, Figueira da Foz, onde nasceu a 7 de Junho de 1883. Tinha como habilitações o Curso de Magistério Primário, o curso da Escola Industrial Bernardino Machado e o curso de Português do Liceu de Coimbra, como Mestra de Trabalhos Femininos. Por decreto de 1 de Outubro de 1927 foi colocada na situação de adida na Escola de Artes e Ofícios de O Comércio do Porto, em Oliveira de Azeméis. Nesse ano, na companhia de seu marido, Othão Luís instalam-se no n.º 193 da Rua Conde Santiago de Lobão e prontamente começam a trabalhar no sentido de abrir a Escola logo que possível. Note-se que esta apenas tinha paredes, o Casal Othão teve que a equipar totalmente. A Mestra de Trabalhos Femininos era inteligente, extrovertida, dinâmica e criativa, dotada de um grande poder de observação e de um enorme sentido de humor, tendo-se facilmente integrado na sociedade Oliveirense.
- Rua Mestre Guilherme Pereira da Silva - Ver
- Rua Mestre Pedro Rocha - Ver
Mestre Pedro Rocha, chamado Mestre Pedro, nasceu em Oliveira de Azeméis, em 24 de Junho de 1882 e faleceu em 17 de Janeiro de 1967. Frequentou o curso de Desenho e Modelação na Escola Industrial de Marquês de Pombal, em Lisboa. Cerca dos anos 30, leccionou na Escola de Artes e Ofícios de Oliveira de Azeméis. Foi um dos melhores artistas em talha de madeira de que há memória nesta terra e o grande mestre de vários outros que lhe seguiram os passos. Conhecem-se dele várias peças, hoje raríssimas obras de arte e muito procuradas, encontrando-se algumas na Escola Secundária Soares de Basto e na Escola Preparatória de Bento Carqueja, outras em mãos de particulares. O seu nome não pode, por isso, ser olvidado da terra em que nasceu e que tanto honrou.
- Rua Moisés Almeida (Carteiro) - Ver
Personalidade bem conhecida, não só pelo seu carisma como pela extrema simpatia e educação, sobre o qual os menos jovens guardam na sua memória a figura de um Homem, funcionário dos correios, instituíção em que exercia a função de carteiro, extremamente zeloso não só no cumprimento da tarefa que lhe era confiada como também na forma irrepreensível e impecável como se apresenteava no seu aprumado uniforme e com a peculiar caratecrística de acompanhar as suas firmes passadas com um sonoro e afinado assobio, quase que em constante diálogo com a passarada que pelos céus da nossa terra esvoaçava. Já num passado recente, quem não se recorda do simpático senhor que passava os dias sentado na beirada da fachada lateral do tribunal? Debruçado numa das suas caricatas e exclusivas bengalas, lá estava ele, sempre pronto a saudar e deixar uma palavra amiga e confortante a quem lá passasse. Faleceu aos 82 anos de Vida, a 19 de Outubro de 2005, o carteiro Moisés, deixando "um rasto de profunda saudade entre os muitos que o conheceram, que com ele contactaram, que saborearam o calor da sua jovialidade, da sua amizade, da sua esmerada educação".
- Rua Monte do Castilhão - Ver
Topónimo que alude à existência de uma estação arqueológica no local, cujo povoado, segundo o que as ligeiras prospecções arqueológicas que lá foram realizadas conseguiram apurar, terá sido ocupado entre a Idade do Bronze e a Idade Média. Infelizmente, devido à acentuada urbanização do local, a estação está quase destruída. Servirá esta atribuição toponímica para preservar a memória de ancestrais ocupações nesta freguesia do concelho de Oliveira de Azeméis.
- Rua Nossa Senhora do Carmo - Ver
A capela de Nossa Senhora do Carmo, em Cidacos, foi edificada em 1749 pelo Padre Manuel Dias de Carvalho, bacharel em cânones, da casa chamada de Botica, no mesmo lugar. Porém, na penha da imagem, que está no altar desta capela, está gravada a data de 1663.
- Rua Padre Alírio de Melo - Ver
Alírio Gomes de Melo nasceu em Carregosa, Oliveira de Azeméis, em13 de Abril de 1894 e faleceu em Oliveira de Azeméis em 30 de Julho de 1973. Está sepultado em jazigo de família no Cemitério de Carregosa. Frequentou o Seminário das Missões de Cucujães e, por influência do então Bispo de Coimbra D. Manuel Correia de Bastos Pina, mudou para o Seminário de Coimbra, onde se formou. Foi professor neste Seminário durante dezenas de anos nas disciplinas de Geografia, Francês e Filosofia. Mais tarde, foi nomeado Pároco de Vagos, passando a leccionar Religião e Moral no Liceu de Aveiro. Foi, também, durante vários anos, professor no Seminário de Aveiro. Foi fundador do jornal “Correio do Vouga”, um dos jornais mais antigos de Aveiro. Colaborou no jornal “As Novidades”- órgão católico do clero; colaborou na revista “Lumen”, uma das revistas mais científicas de então, onde publicou, em Separata, “Uma Guerra de Cem Anos”. Colaborou, também, noutras revistas como “Estudos”, “Gil Vicente”, “Tripeiro”, etc. Deixou várias obras publicitadas de crítica literária: “Eça de Queirós”, “Exilado da Realidade”, “A Minha Resposta ao Sr. António de Eça de Queirós”, “Chateaubriand, Cem Páginas”, “A Arte de Ler”, “Panorama da Crítica e da História, a Rima em Alguns Poetas”, “A Maneira Literária e a Maneira Filosófica do Doutor Angélico”, “A Versatilidade de Renan”, “A Psicologia da Conversão”, “Há Ateus ou Não Há Ateus”, A Psicologia da Incredulidade”. Como Poeta deixou inéditos mais de meia centena de sonetos, onde se revela como grande sonetista e onde transborda o seu misticismo e o seu amor à natureza e à sociedade. Torna-se impossível citá-los.
- Rua Padre Correia dos Santos - Ver
Pároco local que ficará para sempre ligado ao historial do Parque de La Salette, uma vez que foi graças à peregrinação de penitência que encabeçou e ao voto erguido em 1879, num verão de grande seca, que se originou a construção da primitiva ermida a Nossa Senhora de La Salette.
- Rua Padre Doutor Manuel Oliveira Ferreira - Ver
- Rua Padre Joaquim Ferreira Salgueiro - Ver
- Rua Padre Manuel José Oliveira - Ver
Nasceu a 27 de Dezembro de 1886 na Casa do Poço, em Pindelo. Por influência do Dr. Pinho Rocha, fez o seu testamento a favor do Asilo da Infância Desvalida, actual Centro de Apoio Familiar Pinto de Carvalho, por saber que, nesta Instituição, a sua vontade de formar novas e úteis camadas jovens, iria ter total aproveitamento. Este grande benfeitor faleceu em Espinho a 19 de Outubro de 1968, com 81 anos.
- Rua Pero Moreno - Ver
Pero Moreno, ou Pero Fernandes Moreno, foi o primeiro senhor do Côvo e o primeiro fundador da indústria do vidro em Oliveira de Azeméis. Mestre vidreiro e castelhano de origem, emigra para Portugal e casa em primeiras núpcias com Baralides de Olmedo, irmã do Mestre Olmedo, de cujo matrimónio nasceram cinco filhos. Depois da morte de Baralides, por volta de 1520, vem para o norte e estabelece-se com um forno de vidro, no Côvo, no extremo sul de Vila Chã de S. Roque, do antigo termo da Feira, hoje do concelho de Oliveira de Azeméis. . . Para assegurar os seus esforços e o seu vasto mercado, Pero Moreno fez um requerimento, a que se refere o alvará régio de 1528, onde pede o exclusivo da venda e do fabrico do vidro, desde a vila de Coruche, a sul do Tejo, até à fronteira da Galiza. A indústria do vidro a que se dedica, para o seu desenvolvimento, exige, então, demoradas e frequentes deslocações por terras distantes para vender os seus produtos, procurar compradores e adquirir alguns materiais indispensáveis à sua laboração. Não tendo outros meios de transporte, Pero Moreno consegue, em 28 de Abril de 1533, licença régia para andar em “mula ou faca”. É na carta de favor, concedida por D. João III, que aparece pela primeira vez com o nome de Pero Fernandes. É possível que o estabelecimento de Pero Moreno no Côvo, de início, tivesse carácter provisório, mas as condições do local, particularmente favoráveis à indústria vidreira, pela abundância das águas e da lenha, a vizinhança da principal estrada de ligação entre o Norte e o Sul, e a proximidade do Porto, terra da sua mulher, acabariam por o decidir a fixar aqui a sua residência permanente. O Côvo era, então, um sítio ermo, de chão inculto, coberto de selváticas e luxuriantes vegetações. Instalado aqui definitivamente, Pero Moreno, depois de construídas as casas de habitação no sopé da encosta, lado do pente e sobranceiro ao rio, começa a arrotear e a trabalhar os terrenos mais próximos e adequados à cultura. Para salvaguardar os seus interesses, o mestre vidreiro coloca a mata do Côvo sob a protecção dos Senhores da Feira. O contrato de Emprazamento é celebrado no Porto, em Outubro de 1545. Por este contrato, segundo reza a escritura, Pero Moreno obriga-se a conservar a mata e a pagar anualmente, em Setembro, pelo S. Miguel, a renda ou foro de 1500 reis, “em ouro e de prata” boa de receber (corrente) e meia dúzia de vidros bons, tudo posto no castelo da Feira. “Também não poderá dar, doar, vender, trocar nem alhear a mata”. Enquanto outros centros vidreiros, coevas ou posteriores, tiveram de sucumbir por falta de combustível ou pela sua oposição que lhe moviam os povos vizinhos ao sentirem-se prejudicados pelo elevado consumo de lenhas, o forno do Côvo, graças a este prazo, pôde trabalhar quase ininterruptamente durante quatro séculos, sem nunca a lenha lhe escassear. Pouco tempo se gozou, no entanto, dos benefícios deste contrato. Segundo o auto de partilhas de 1551, a morte do primeiro Senhor do Côvo ocorreu já no mesmo ano de 1945? portanto em 19 de Outubro. No Côvo apenas ficou a única filha de Pero Moreno e Violante Fernandes, D. Antónia. Como fundador que foi da grande indústria local, a do vidro, que veio a contribuir para um maior progresso da terra, o seu nome não deve ser esquecido na toponímia de Oliveira de Azeméis.
- Rua Pintor João Marques - Ver
Filho de Abílio Marques e de Isabel Marques de Jesus, nasceu na freguesia de Ul, deste concelho, em 25 de Junho de 1882, tendo falecido na freguesia de S. Jorge de Arroios da cidade de Lisboa em 7 de Março de 1973. Frequentou o Seminário de Coimbra que abandonou sem concluir os seus estudos, por ter reconhecido que não tinha qualquer vocação para o sacerdócio. Matriculou-se, então, na Escola Brotera de Coimbra, onde concluiu o curso de desenho. Em seguida foi para Lisboa, tendo sido muitos anos desenhador da Escola Médica de Lisboa, hoje Faculdade de Medicina, de onde se aposentou com 70 anos de idade. Nos seus tempos livres foi colaborador, como desenhador, nos diários “O Século” e “Diário de Notícias”. Foi discípulo de pintura (aguarela) do Prof. Leopoldo Baristini, de nacionalidade italiana, na Escola Brotera em Coimbra. Fez várias exposições individuais e colaborou sempre nas exposições colectivas da Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa, tendo, também, feito uma exposição individual no Salão dos Bombeiros Voluntários em Oliveira de Azeméis. Em exposições colectivas foi várias vezes galardoado com medalhas, inclusive numa exposição realizada no Rio de Janeiro. Por ter sido um valor dentro das artes plásticas portuguesas, entendemos que o seu nome é digno de figurar na toponímia da nossa cidade.
- Rua Professor Ângelo da Fonseca - Ver
Professor catedrático da Clínica de Cirúrgica e da Clínica Urológica e Director dos Hospitais da Universidade de Coimbra, nasceu a 14 de Dezembro de 1872, em Cucujães, e morreu em Coimbra a 7 de Julho de 1942. Matriculou-se em 1891 em Matemática e em Filosofia na Universidade de Coimbra, vindo a obter a formatura nesta última faculdade em 30 de Julho de 1900, e a licenciatura em 15 de Janeiro de 1901. Na licenciatura dissertou sobre “Mecanismo de Acção Medicatriz”, em que obteve a classificação de muito bom - 16 valores. Doutorou-se na mesma faculdade em 27 de Abril do mesmo ano. Em 1902 concorreu a professor catedrático da cadeira de “Patologia Externa” com a dissertação sobre “Prostituição em Portugal”, obtendo provimento em 4 de Dezembro de 1902. Em 1906 foi nomeado Clínico Extraordinário dos Serviços Hospitalares da Universidade e, em 4 de Novembro de 1910 tomou posse de Administrador dos Hospitais. Em Agosto de 1911 passou a desempenhar as funções de Director Geral da Instrução Pública, a convite do então ministro Dr. António José de Almeida. Notabilizou-se em Urologia e, em 1909, estabeleceu na Universidade o primeiro curso desta Clínica. Assumindo no ano imediato a direcção da Clínica Cirúrgica, o Dr. Angelo da Fonseca revolucionou a respectiva técnica operatória, acompanhando todos os progressos que a Urologia fazia nos grandes centros científicos. Procedeu à reforma dos antigos edifícios hospitalares, do Colégio das Artes, do Colégio de S. Jerónimo, do Colégio das Ordens Militares de Santiago e de Avis, apetrechando-os materialmente e reorganizando os seus Serviços Técnicos Administrativos. São, também, da sua iniciativa as Quinzenas Hospitalares, sessões de estudo que se realizavam nos hospitais da Universidade. Era Comendador da Ordem de Afonso XII, Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada, Grão Cruz da ordem de Instrução Pública e membro da Sociedade Portuguesa de Ciências, da Associação Portuguesa de Urologia, do Instituto de Coimbra, da Société Internationale de Urologie, da Société Belge de Urologie e da Associação Espanhola de Urologia. A Universidade de Coimbra ficou-lhe a dever a defesa calorosa e intransigente da Faculdade de Letras em 1919, então transitoriamente extinta, e que teria soçobrado se não fora a sua actuação pessoal posta ao serviço dessa causa. Escreveu várias dezenas de obras científicas, entre as quais se destacam: “O Gonococo, sua Inoculabilidade, Forma e Noções Corantes”; “Tuberculose Óssea”; “Estudo Histológico”; “As Inoculações Cerebrais e o Tétano Cerebral”; “A Peste”; “Ensaios de Patologia Exótica”; “A Prostituição em Portugal”; e tantas outras cujo valor científico o tornou um Catedrático e um Cientista de valor internacional. O Prof. Dr. Angelo da Fonseca, pelo seu mérito científico, e por ser natural de Oliveira de Azeméis, merece como homenagem dos seus concidadãos, figurar na toponímia de Oliveira de Azeméis.
- Rua Professor António Costeira - Ver
O Prof. António Costeira nasceu a 18 de Outubro de 1935. Depois de completar o curso da Escola do Magistério Primário do Porto, em 1955, leccionou na Escola Conde de Ferreira, em Oliveira de Azeméis. Tendo iniciado bem cedo a prática do hóquei em patins, António Costeira foi elemento decisivo na equipa da Escola Livre de Azeméis, clube pioneiro a quem se deve a divulgação da modalidade em toda a região Norte de Portugal. Depois de uma década ao serviço da Escola Livre, onde também jogou andebol, António Costeira representou, ao longo de oito anos, a Associação Desportiva Sanjoanense. Posteriormente, o professor regressou à sua terra natal para dirigir a União Desportiva Oliveirense. Ao seu serviço, António Costeira desempenhou um importante papel, no qual se evidenciaram a dedicação, o espírito de sacrifício e o empenho em prol do crescimento sustentado daquele que, hoje, é o clube mais representativo de Oliveira de Azeméis. Faleceu em 2003 com 67 anos de idade, poucos dias após ter sido condecorado pelo Governo com a Medalha dos Bons Serviços Desportivos.
- Rua Professor Doutor Ferreira da Silva - Ver
Nasceu em Cucujães na Quinta da Boavista, antigo convento, junto à Igreja Matriz, em 28 de Junho de 1853. Depois de cursar distintamente a Academia Politécnica, o Instituto Industrial e o Seminário Episcopal do Porto, frequentou a Universidade de Coimbra, onde se formou com brilhantismo em Filosofia, em 1876. Durante este curso publicou várias obras científicas. Foi lente de Filosofia na Academia Politécnica do Porto e Director do laboratório Municipal de Química do Porto, onde publicou ensaios de grande valor em Química. Foi encarregado do Governo de vários trabalhos sobre análises químicas, sendo depois agraciado pela importância e valor desses trabalhos. Foi, também, lente da Escola de farmácia do Porto, membro da Sociedade Química de paris, Par do Reino e cavaleiro da Legião de Honra. Sobre a personalidade de Ferreira da Silva, escreveu o discípulo Dr. Alberto de Aguiar umas notas em 1899, em que diz: "...ao terminar a documentação da prodigiosa actividade do sábio Quimíco, não se imagine que esgotámos completamente a simples lista das suas obras e apreciações que tem provocado as suas descobertas e trabalhos. Seria tarefa para uma biografia de vulto.". É uma das mais ilustres figuras oliveirenses que merece a nossa homenagem consagrando-o na nossa Toponímia.
- Rua Professora Ascensão Gandra Santos - Ver
Filha do Dr. Artur da Costa Sousa Pinto Basto e de D. Maria da Conceição Gandra, nasceu a 15 de Dezembro de 1893. Concluiu em 1910, apenas com 17 anos, o curso de professora primária, tendo leccionado largas dezenas de anos várias gerações e feito da sua nobre profissão um autêntico sacerdócio. Em 15 de Março de 1947 reformou-se por imperativo de deveres familiares e, nessa mesma data, foi alvo de uma singela mas significativa homenagem por parte dos seus alunos, colegas, amigos e antigos alunos. Mesmo depois de se ter aposentado, continuou a leccionar particularmente, não como necessidade económica mas por necessidade espiritual, o que lhe chegou a trazer alguns dissabores, não obstante a maioria dos alunos serem ensinados graciosamente.
- Rua Professora Elisa de Castro Costa - Ver
Filha de Rafael Costa e de D. Maria José de Castro, nasceu a 1 de Julho de 1880. Foi a primeira professora da Escola de Madail em 1909, mandada construir por Joaquim Loureiro que, em seguida, a ofereceu ao Estado. Manteve-se na referida Escola de 1909 a 1911. Depois foi colocada na Escola de Vila Chã, concelho de Vale de Cambra (na época concelho de Macieira de Cambra). Em seguida foi colocada na Escola Feminina na Praça José da Costa, onde trabalhou e educou muitas centenas de alunas. Aí promoveu, pela primeira vez nesta cidade, a Festa da Árvore. Transferida, mais tarde, para a Escola Feminina no antigo Largo da Feira dos Onze, aí leccionou durante muitos anos. Aposentada em 1938, depois de 43 anos de serviço, foi condecorada em 27 de Maio de 1938, por Portaria do Sr. Ministro da Educação Nacional publicada no Diário do Governo, 2ª Série, n.º 116, de 21 de Maio do mesmo ano, com o grau de Cavaleiro da Instrução Pública, por S/ Ex.a. o Presidente da República, em sessão solene realizada no Palácio de Cristal no Porto. O teor da Portaria diz o seguinte: “Por ter passado à inactividade ao cabo de uma vida consagrada à causa da educação popular com muito bom serviço e irrepreensível conduta moral, duplo exemplo a apontar”.
- Rua Professora Noémia Aguiar - Ver
Distinta professora da Escola Primária de Soares de Basto, de Palmaz, habilitada pela antiga Escola Normal de Lisboa. Foi graças à sua dedicação, juntamente com o seu marido, Raul Aguiar, que a dita Escola Primária de Palmaz pôde contar com uma cantina, que se manteve aberta até 1958, data da aposentação da Professora Noémia.
- Rua Raúl Aguiar - Ver
Presidente da Junta de Freguesia de Palmaz e industrial. Foi também Tesoureiro do 1.º Conselho Administrativo da Escola de Artes e Ofícios de Soares Basto. Influente administrador da Fábrica de Papel do Caima, foi graças a si que a Escola Primária Soares Basto, em Palmaz, teve uma cantina.
- Rua Rodolfo F. A. Albuquerque - Ver
Nasceu em Oliveira de Azeméis a 3 de Junho de 1901. Pessoa de trato afável, simpático e extremamente educado, detentor de um espírito alegre e extrovertido com o qual animava a juventude Oliveirense do segundo quartel do século XX. Foi fundador da União Desportiva Oliveirense e seu sócio n.º I. Integrou o seu grupo de futebol, primeiro como jogador e mais tarde como treinador. Fez também parte de várias direcções, sendo seu Presidente a partir de 1934, onde marcou presença deixando trabalho feito e estando sempre pronto a ajudar o clube que, reconhecido, o nomeou Sócio Honorário. Esteve também ligado a outras instituições como os Escuteiros e a Federação Portuguesa de Futebol. Ainda no campo desportivo chegou a escrever algumas crónicas para o Correio de Azeméis.
- Rua S. João da Madeira - Ver
Concelho vizinho com o qual temos relações quer profissionais quer afectivas. Este topónimo deve-se também à retribuição ao município de S. João da Madeira pelo facto de lá existir uma Rua com o nome de Oliveira de Azeméis, uma vez que, até cerca de 1926, a povoação de S. João da Madeira esteve administrativamente anexada ao Concelho de Oliveira de Azeméis, data esta em que essa freguesia se autonomizou. Actualmente e desde 16 de Maio de 1984 S. João da Madeira é cidade.
- Rua S. Miguel - Ver
Padroeiro do Município de Oliveira de Azeméis, S. Miguel é um dos três Arcanjos referidos pelo nome na Bíblia. O nome Miguel, de origem hebraica, significa "Quem como Deus" e era o grito de guerra dos anjos fiéis a Deus na batalha celestial contra Lúcifer e os anjos que se revoltaram contra Deus. S. João, no Apocalipse (XII, 7-10) descreve S. Miguel como o chefe das milícias celestes na luta contra Lúcifer e os anjos revoltosos. S. Miguel vence Lúcifer que é banido do Céu para o Inferno. Por estas descrições, S. Miguel é geralmente representado vestindo uma armadura metálica, com asas nas costas, e lutando contra Satanás, representado por um dragão ou ser demoníaco.
- Rua Sampaio Maia - Ver
- Rua Soares Basto - Ver
Francisco Alves Soares Basto nasceu no lugar de Carril, freguesia de S. Romão do Corgo, concelho de Celorico de Basto, a 6 de Março de 1857. Enquanto jovem, partiu para o Brasil, aí exerceu a actividade comercial e conseguiu reunir uma fortuna considerável. Quando regressou a Portugal, nos primeiros anos do séc. XX, fixou-se no lugar de Fermil, freguesia de Veade, do concelho de Celorico de Basto. Terão sido a sua confiança no jornal “O Comércio do Porto” e o conhecimento da obra de seu director e proprietário, Bento de Sousa Carqueja, a determinar o destino que entendeu dar ao seu património. Devido ao seu testamento, foi construído um edifício destinado à instalação de uma Escola de Artes e Ofícios. Recentemente atribuíram à escola secundária de Oliveira de Azeméis o nome de Soares Basto.
- Rua Tomás da Costa - Ver
- Rua Tomás Figueiredo Araújo Costa - Ver
- Rua Vasco Ortigão - Ver
- Rua Velha de Santo António - Ver
- Rua Visconde Almeida Garrett - Ver
- Travessa 5 de Janeiro - Ver
5 de Janeiro de 1799 é uma data histórica, em que Oliveira de Azeméis foi elevada à categoria de Vila, por alvará de D. Maria I. Não há elementos concretos que provem a verdadeira data de origem de Oliveira de Azeméis. O Padre Dr. Manuel de Oliveira Ferreira referiu o seguinte num dos apontamentos sobre Oliveira de Azeméis, na sua obra “Verdadeira Lancóbriga”: “a paróquia de S. Miguel de Oliveira de Azeméis é tão antiga que, sem dúvida, pode competir com qualquer outra, por não se poder averiguar a origem dos seus anos, que sempre afamada se pode dizer em todos os séculos, por conter dentro dos seus limites a antiquíssima e imperatória cidade de Lancóbriga, disfarçada hoje no corrupto vocábulo de Lações. Mas, segundo consta num diploma de 922, Oliveira de Azeméis já estava transformada em freguesia rural, dividida em vários pequenos proprietários. Portanto, há documentos que nos atestam que a origem de Oliveira de Azeméis data, pelo menos, do século X. Mas foi por alvará de D. Maria I, em 5 de Janeiro de 1799 , que Oliveira de Azeméis foi elevada à categoria de Vila. Desse alvará citaremos o essencial: “D. Maria, por graça de Deus, Rainha de Portugal e dos Algarves, D’Aquém e D’Além Mar em África, Senhora da Guiné e da Conquista, Navegação, Comércio, da Etiópia, Arábia, Pérsia e da Índia, etc., faço saber aos que esta minha carta virem que eu fui servida mandar passar o alvará do teor o seguinte: HEI POR BEM E ME PRAZ EREGIR EM VILA A POVOAÇÃO DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS E SEPARAR PARA TERMO DELLA VINTE FREGUESIAS.” Estas freguesias são as que constituem hoje o concelho, mas a freguesia de S. João da Madeira só mais tarde se separou (isto não corresponde totalmente à verdade).
- Travessa 1º de Maio - Ver
- Travessa Alípio Brandão - Ver
Pintor e escultor, nasceu no Lugar do Outeiro, freguesia de Santiago de Riba – Ul a 18 de Agosto de 1902. Cegou em 1958 e faleceu em 04 de Junho de 1965. Aprendeu pintura com os mestres Artur Loureiro e Manuel Rodrigues. Aprendeu talha, sendo o seu mestre António Santeiro, na altura com oficina no Lugar das Tabuaças, Oliveira de Azeméis. Cultivou a escultura em madeira criando um estilo próprio, através do qual granjeou renome não só no nosso país como no estrangeiro. Fez diversas exposições, designadamente em Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Estoril, Cascais, Luanda, Paris Marselha e Florença. Embora a maioria dos seus trabalhos se encontrem na posse de coleccionadores particulares, podemos apreciar obras suas nos Museus de “Arte Contemporânea”, “Soares dos Reis”, “Sociedade Geográfica de Lisboa”, “Abade de Baçal” e nos Museus de Aveiro, Luanda e Nova Iorque. Esculpiu, em madeira, figuras de notáveis escritores tais como: Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Ramalho Ortigão, Ferreira de Castro, etc., que o evidenciaram como escultor. Foi autor do busto a Domingos Costa, que se encontra no Parque de La – Salette, de um outro a S. Mamede (em pedra), que se encontra na frontaria da Igreja de Madail, do painel de azulejos que se encontra na Estação de Caminho de Ferro de Oliveira de Azeméis, etc. Foi notório o seu trabalho de escultura na “Exposição do Mundo Português”, sob orientação do Capitão Henrique Galvão. Com Leitão de Barros trabalhou na “Nau Portugal” e “Cortejo Histórico em Lisboa”. A 19 de Setembro de 1950, pelo “Instituto de Alta Cultura”, foi-lhe concedida uma bolsa de estudo, visitando França, Itália e Espanha. Foi contratado pelo Ministério do Ultramar para restaurar monumentos nacionais em Angola, para onde partiu em Outubro de 1951. Em Luanda, teve actuação relevante no restauro do tecto da Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Foi, ainda, encarregado pelo Governo de Angola da representação de actividades artísticas de Luanda em Bulawayo, na Rodésia. Regressou a Portugal, doente, em 1956, data a partir da qual cessou a sua actividade artística. Em sua homenagem, Luanda consagrou o seu nome numa das ruas da cidade. E, por maioria de razão, a terra que o viu nascer.
- Travessa António Bernardo - Ver
- Travessa Bento Landureza - Ver
Bento Ferreira Landureza nasceu em Oliveira de Azeméis, na Rua Direita, em 19 de Setembro de 1882. Filho de Francisco Aires Ferreira, professor do ensino primário, e de Maria da Conceição Pinheiro, seria baptizado seis dias depois na Matriz de S. Miguel, pelo Abade João José Correia dos Santos, servindo de padrinho o comerciante da Rua de Santo António, Bento Gouveia, de quem recebeu o nome. Pelo casamento com D. Albertina Ferreira da Silva Guimarães, ligar-se-ia, assim, a uma conhecida figura oliveirense. Enveredando inicialmente pela carreira comercial, foi no jornalismo regional que Bento Landureza veio a consumir as suas energias e a dar largas ao seu temperamento. Nascido no dia em que se comemorava o 36º aniversário da aparição da Nossa Senhora da La-Salette, dir-se-á que tal coincidência determinaria o entusiasmo, a generosidade e a dedicação com que integrou a Comissão Patriótica Oliveirense, inesquecível punhado de oliveirenses a quem devemos o Parque de La-Salette, orgulho de todos nós. Bebendo, desde novo, os ideais republicanos, por eles se bateu com muito empenho, esquecendo-se de si próprio e dos seus. Fundando o semanário “Correio de Azeméis” em 5 de Outubro de 1922, Bento Landureza transformá-lo-ia numa tribuna de defesa das convicções que abraçara e manteve fidelidade até à morte e dos interesses do nosso concelho, ficando notáveis algumas das campanhas a que nas suas colunas deu corpo. Durante cerca de trinta anos queimou na fornalha do jornalismo o melhor de si e até do seu património. Só a sua tenacidade e a sua inquebrantável força de vontade poderiam levar de vencida as inúmeras dificuldades que constantemente lhe levantavam, mas perante as quais nunca vergou. Entregando o facho ao filho Francisco José Landureza, o fundador do “Correio de Azeméis passaria os últimos anos de vida em Angola, junto de familiares. Regressaria a Oliveira de Azeméis pouco antes da sua morte, ocorrida em 21 de Abril de 1962. Os altos serviços prestados por Bento Landureza a Oliveira de Azeméis e ao concelho tornam a sua memória credora de respeito e da gratidão das gerações que lhe sucederam.
- Travessa Celeste Ramalho (Celestinha) - Ver
Educadora particular do ensino pré-primário e primário, profissão esta a que se dedicou com toda a devoção.
- Travessa Comendador Seabra da Silva - Ver
A circunstância de José de Seabra da Silva ter sido agraciado com a Comenda de S. Miguel de Oliveira de Azeméis, por Decreto de 02/03/1779, e de este Comendador ter contribuído para que D. Maria I tivesse honrado esta Comenda com a mercê de Vila em 1799, cujo alvará ele assina, leva-nos a sugerir seu nome para uma placa numa rua desta cidade. Realmente trata-se de um notável homem de Estado e de uma conhecida figura de certo peso e relevo na História Nacional, não só pelo seu papel de Ministro de Estado e Adjunto do Marquês de Pombal, em cuja desgraça caiu, mas ainda pelos vexames e perseguições de que, inocentemente, foi alvo, como nos dão a conhecer os factos da sua época e todas as obras e enciclopédias, entre as quais a “Nova Carta Chorográfica de Portugal” do Marquês d’Ávila e Bolama, vol. II, p. p. 387-396. Nasceu a 3 de Outubro de 1732 em Vilela (Paços de Ferreira) e faleceu a 13 de Março de 1813 na Figueira da Foz, sendo filho de Lucas de Seabra da Silva e de sua mulher D. Josefa de Morais Ferraz. Formou-se em leis pela Universidade de Coimbra com tal classificação que o Marquês de Pombal, que assistiu ao seu exame, logo o nomeou Desembargador da Relação do Porto e depois seu secretário, vindo, depois, a ser Procurador da Coroa, Guarda – Mor da Torre do Tombo, entre outros lugares importantes, não obstante tivesse sido destituído do Governo por duas vezes e desterrado para Angola. Sabe-se mesmo que cedeu a sua condecoração de Comendador de Oliveira de Azeméis em benefício da terra, não chegando nunca a receber os 2.500 cruzados que ela rendia e deixando-os para obras da Igreja. Cremos, por isso, que merece ser perpetuado o seu nome numa rua da cidade.
- Travessa Conde Santiago de Lobão - Ver
- Travessa da Espinheira - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo à antiga designação do lugar, talvez pela existência de algumas árvores ou plantas com espinhos, naquela zona.
- Travessa da Presa da Cachana - Ver
Esta travessa, objecto da presente fundamentação, localiza-se nas proximidades da Quinta da Cachana, onde existiu uma presa. Justifica-se também esta atribuíção ao facto de o lugar em questão ser, desde imemoráveis tempos, designado por Cachana, que se presume que tenha sido a familia que por lá habitou.
- Travessa de Lações - Ver
É o nome do antiquíssimo e importante lugar da nossa cidade, pois deve remontar ao século IX ou princípio do século X, depois da primeira Reconquista Cristã. Foram quintas ou terrenos tomados de presúria, depois da fuga dos mouros para o sul. Como os lavradores ou habitantes das mesmas herdades necessitaram, para a sua assistência espiritual, de uma capela ou ermida, foi construída pelo Conde Betotes, chefe militar e dono de latifúndios na nossa região, um pequeno templo com a invocação de S. Miguel que já era padroeiro da primitiva igreja, chamada S. Miguel de “Ulveira”. O nome de Lações é proveniente de “Dezanos” que significa habitantes de Deza, centro habitacional de cristãos na região da Galiza e que marcharam para o sul e se fixaram na nossa região, ao virem incorporados nos exércitos cristãos capitaneados por Afonso I, das Asturias.
- Travessa do Calvário - Ver
Como o perfil da rua cobre o itinerário presumível da via sacra e vai desembocar no Calvário, topónimo medieval que designava o local onde os fiéis representavam e comemoravam o sacrifício de Jesus Cristo, a Comissão de Toponímia escolheu para este arruamento o nome de Rua do Calvário, designação aliás ainda mantida pela tradição oral e documentos antigos.
- Travessa do Cruzeiro - Ver
- Travessa do Sanatório - Ver
Homenagem à instituição que se dedicou, durante muitos anos, ao tratamento da tuberculose, tendo funcionado até ao 25 de Abril com cerca de 25 camas para internamento de infectados e posteriormente funcionou apenas como dispensário de tuberculose. Chegou a ser director desta casa de saúde o conhecido e conceituado médico Oliveirense, Dr. Fernando de Oliveira e Silva.
- Travessa Domingos Pinho - Ver
Domingos Pinho foi um dinâmico comerciante de Oliveira de Azeméis, fundador de diversas unidades empresariais, de destacar a Fábrica de Botões de Oliveira de Azeméis e a não menos conhecida Tapiol.
- Travessa dos Cobres - Ver
A Indústria dos Cobres terá sido bastante popular e com alguma pujança na freguesia de Oliveira de Azeméis. Infelizmente hoje poucas empresas a representam. Pretende-se pois, com esta atribuição, homenagear esta arte que se foi perdendo no tempo.
- Travessa dos Lagos - Ver
Deve-se a atribuição deste topónimo que desde tempos imemoráveis popularmente designou esta artéria, pelo facto da mesma se situar num local de constante formação de lagos, principalmente em épocas de grande pluviosidade.
- Travessa dos Lapidários - Ver
Homenagem a uma técnica inerente à arte de trabalhar o vidro, muito utilizada no Centro Vidreiro.
- Travessa Doutor António Maria Pereira Vilar - Ver
- Travessa Doutor Correia Bastos Pina - Ver
Nasceu no lugar da Costeira, freguesia de Carregosa, a 19 de Novembro de 1830. Formou-se em Direito em 1853 e chegou a praticar advocacia na Vila da Feira (agora cidade de Santa Maria da Feira). Após longa e brilhante carreira que percorreu na vida eclesiástica, em 1870 foi nomeado Bispo Coadjutor e futuro sucessor do Bispo de Coimbra e, em 19 de Maio de 1872, foi sagrado Bispo de Coimbra. A Diocese de Coimbra deve-lhe relevantes serviços, como exemplo, a fundação do Bairro Operário e o Museu Diocesano, onde reuniu inúmeros objectos preciosos e artísticos. Mandou restaurar a Sé Velha e muitos outros templos da Diocese. Pelos seus elevados méritos foi eleito Académico de Mérito da Escola de Belas Artes de Lisboa. Mas ele também não esquecia a sua terra natal, que tanto amava. E, em testemunho desse amor, mandou construir o Santuário da Nossa Senhora da Lurdes. Foi o D. Manuel Correia de Bastos Pina que, descobrindo a grande inteligência de Alírio Gomes de Melo, seu conterrâneo, o convenceu a deixar o Seminário do Porto para o levar para o Seminário de Coimbra. Discursou muitas vezes na Câmara dos Pares em defesa das regalias do Clero Paroquial, discursos que eram inspirados no alto patriotismo e zelo pastoral. A sua biografia está fielmente descrita no livro “D. Manuel Correia de Bastos Pina, Bispo de Coimbra e Conde de Arganil”, de Marques Gomes. É uma figura ilustre Oliveirense que não pode ser esquecida na nossa toponímia.
- Travessa Escola Livre de Azeméis - Ver
A Escola Livre de Azeméis é uma das mais antigas colectividades do país e aquela, entre as várias agremiações desportivas de Oliveira de Azeméis, que mais cedo atingiu a notoriedade a nível nacional. Fundada em 1 de Dezembro de 1923 por um punhado de oliveirenses devotados a contribuir para a elevação sócio – cultural e desportiva do povo deste concelho, a Escola Livre é possuidora de um historial notável, orgulho e saudade das gerações anteriores. Só que as vicissitudes do tempo obrigaram esta colectividade a interromper a sua actividade durante cerca de 9 anos, renascendo em 1974 através da boa vontade de alguns que ousaram apostar na reabilitação deste velho e glorioso clube. Seria fastidioso enumerar aqui os títulos nacionais e regionais conquistados pelos milhares de praticantes que, ao longo destes 60 anos, serviram devotadamente o clube nas mais diversas modalidades, nomeadamente no Hóquei em Patins, Futebol, Ciclismo, Basquetebol, Educação Física, Ténis de Mesa, Atletismo, Damas, e com especial referência à natação, pois a Escola Livre pode orgulhar-se de ter sido dos primeiros clubes nacionais (se não o primeiro) a possuir uma piscina própria. Mas a modalidade que projectou a Escola Livre a nível nacional foi o Hóquei em Patins, e se Portugal é hoje uma das maiores potências da modalidade, deve a esta agremiação uma enorme quota parte de tal mérito, porque desde sempre se bateu pela divulgação e fomento da sua prática, cabendo-lhe juntamente com o Estrela Vigorosa Sport e o extinto V8, uma inesquecível obra de pioneirismo, a fundação da Associação de Patinagem do Porto. Contudo, a Escola Livre foi, também, o maior baluarte cultural deste concelho, especialmente em música, através da Tuna Musical e de um Orfeão que são saudade de quantos tiveram a dita de presenciar a sua arte ou nela participarem. Hoje, e renascida das próprias cinzas, a Escola Livre demanda a recuperação do local prestigioso que já ocupou no panorama desportivo nacional. Renunciamos ao comodismo ou vãos temores, seguindo a senda do pioneirismo no concelho, pois sem instalações desportivas, sem atletas, sem associados, sem nada, arrancou do zero absoluto, reiniciou a prática oficial do Hóquei em Patins, retomou o fomento da modalidade nas suas escolas de patinagem, e avançou para a construção de um pavilhão desportivo. Assim, a Escola Livre merece ser homenageada na toponímia oliveirense.
- Travessa Irmã Maria do Horto - Ver
A Irmãzinha do Horto, como era conhecida a religiosa Maria Oliveira, foi uma sacrificada servidora do Asilo da Infância Desvalida, actual Centro de Apoio Familiar Pinto de Carvalho, tendo sido mãe adoptiva de muitas jovens sem abrigo.
- Travessa José da Costa - Ver
- Travessa Manuel Alegria - Ver
- Travessa Professor Tiago Ferreira Godinho - Ver
Conceituado professor primário, de uma dedicação extrema ao ensino e aos seus alunos. Foi também um dinâmico colaborador do Clube de Ténis de Azeméis e do Asilo da Infância Desvalida, actual Centro de Apoio Familiar Pinto de Carvalho, entre outras instituições. Faleceu em 2000.
- Travessa S. Miguel - Ver
Padroeiro do Município de Oliveira de Azeméis, S. Miguel é um dos três Arcanjos referidos pelo nome na Bíblia. O nome Miguel, de origem hebraica, significa "Quem como Deus" e era o grito de guerra dos anjos fiéis a Deus na batalha celestial contra Lúcifer e os anjos que se revoltaram contra Deus. S. João, no Apocalipse (XII, 7-10) descreve S. Miguel como o chefe das milícias celestes na luta contra Lúcifer e os anjos revoltosos. S. Miguel vence Lúcifer que é banido do Céu para o Inferno. Por estas descrições, S. Miguel é geralmente representado vestindo uma armadura metálica, com asas nas costas, e lutando contra Satanás, representado por um dragão ou ser demoníaco.
- Travessa Santo António - Ver
- Travessa Soares de Basto - Ver
Francisco Alves Soares Basto nasceu no lugar de Carril, freguesia de S. Romão do Corgo, concelho de Celorico de Basto, a 6 de Março de 1857. Enquanto jovem, partiu para o Brasil, aí exerceu a actividade comercial e conseguiu reunir uma fortuna considerável. Quando regressou a Portugal, nos primeiros anos do séc. XX, fixou-se no lugar de Fermil, freguesia de Veade, do concelho de Celorico de Basto. Terão sido a sua confiança no jornal “O Comércio do Porto e o conhecimento da obra de seu director e proprietário, Bento de Sousa Carqueja, a determinar o destino que entendeu dar ao seu património. Devido ao seu testamento, foi construído um edifício destinado à instalação de uma Escola de Artes e Ofícios. Recentemente atribuíram à escola secundária de Oliveira de Azeméis o nome de Soares Basto.
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